Com pessoal deste, não vamos lá!
Não sei o que CP conseguirá com os sindicatos médicos. Do que conheço, de ambos os lados, é de grande desequilibrio nas capacidades técnicas e negociais, com vantagem para os sindicatos. Vamos esperar pelos resultados.
Entretanto veja-se, em matéria de gestão de RH, esta orientação (?) da ARSLVT assinada por um dos vogais:
Venho solicitar lhes que este texto seja distribuído por todos os directores de Serviço, pois só assim poderei contar com o diálogo inevitável que se sugeria e realçar que o objectivo é introduzirmos uma efectiva melhoria assistencial, mas avaliada a sua vantagem clínica em cada Serviço (propondo se necessário ajustamentos devidamente justificados) pois o objectivo é muito claramente aumentarmos a eficiência dos Serviços e não agrava-la.
URGÊNCIAS EM LISBOA / Funcionalidade dos Serviços.
Vimos reenviar o seguinte texto e solicitar que nos informem qual o horário actual de cada Serviço, em regime normal, até ao dia 15 de Outubro.
Desejamos que este documento seja uma plataforma de diálogo e nesse sentido estamos abertos à crítica e a às sugestões que houverem por bem.
Este texto deve ser divulgado por todas as Direcções de Serviço.
A actividade hospitalar tem estado centrada predominantemente nas urgências, em lugar da actividade clínica hospitalar regular e programada. Esta lógica afecta a boa prática clínica e não rentabiliza os investimentos vultosos nos equipamentos, parados grande parte da tarde. Assim se retardam as altas e não se tira partido da possibilidade de oferta ao exterior , de evidente rentabilização económica.
A cobertura de horário médico de manhã e tangencialmente de tarde ( inédita em toda a Europa há muitos anos ) com os Serviços de Urgência como tampão, foram resolvendo as complicações clínicas do período da tarde, mas com as consultas a funcionarem inevitavelmente por períodos insuficientes.
É necessário reflectir nas descontinuidades do trabalho diário nos Serviços, decorrentes não só do horário "matinal" mas também das folgas das urgências ( cirurgias em atraso, acompanhamento irregular dos doentes internados, consultas desmarcadas, diálogo com os familiares dos doentes durante as visitas dificultados...).
Ora o objectivo a atingir é termos os hospitais a funcionarem normalmente das 8 às 20 horas (com deslocações possíveis de + ou - 30 minutos) com a criação de dois turnos nas várias carreiras, de modo a termos uma pequena sobreposição dos dois turnos para reuniões do Serviço. Assim teríamos consultas até mais tarde, programadas e de atendimento no próprio dia, ( se enviados pela triagem da urgência) sujeitas sempre a um crivo que marcaria consulta programada, versus atendimento necessário no próprio dia.
Estas modificações serão possíveis fazendo uma pedagogia de flexibilização dos horários nos Serviços, ajustando-os aos objectivos desejáveis, através de um diálogo com cada médico, que até poderão ter horários variáveis ao longo da semana, obrigando apenas a uma disciplina mais compatível com a eficácia clínica de cada Serviço .
Este objectivo deve estar satisfeito até 31 de Dezembro de 2006, para todos os Hospitais e Serviços .Tais transformações devem obrigar a médio prazo ao pagamento adequado da qualidade do desempenho, que a não se verificar irá facilitar a fuga dos melhores para outras unidades. Sendo que esta reflexão é indissociável para que as verdadeira elites profissionais se envolvam de facto nas transformações inadiáveis .
Assim as urgências devem tender para começarem às 20 horas e até às 8 horas.
Nos fins de semana e feriados funcionariam 24 horas.
Se todas os Serviços funcionarem das 8 às 20 horas em regime normal , não mais teremos horas de "deserto " nas tardes hospitalares e talvez as listas de espera se reduzam .Acrescente-se a enorme redução da necessidade de recurso às urgências.
Por outro lado, o reduzido movimento nocturno e nos fins de semana nas actuais urgências, não justifica a manutenção da abertura de algumas especialiddes em tantos polos, devendo ser concentradas ( nesses períodos).
Em face destas reflexões apontam-se as seguintes transformações que devem ser equacionadas :
- Criação de equipas de urgência Médico / Cirúrgicas na área de Urgência, fixas, das 8 às 20 horas, com apoio de retaguarda dos Serviços de especialidades, a funcionarem em 2 turnos, das 8 às 20 horas em regime normal (dias normais).
- Nos fins de semana e feriados, as urgências com especialidades como actualmente.
- Concentração das urgências em menos focos, melhorando as condições de atendimento e dispondo de um pool de especialistas da “área”, a escalar em cada urgência.
Com os meus cumprimentos
F.Crespo
Entretanto veja-se, em matéria de gestão de RH, esta orientação (?) da ARSLVT assinada por um dos vogais:
Venho solicitar lhes que este texto seja distribuído por todos os directores de Serviço, pois só assim poderei contar com o diálogo inevitável que se sugeria e realçar que o objectivo é introduzirmos uma efectiva melhoria assistencial, mas avaliada a sua vantagem clínica em cada Serviço (propondo se necessário ajustamentos devidamente justificados) pois o objectivo é muito claramente aumentarmos a eficiência dos Serviços e não agrava-la.
URGÊNCIAS EM LISBOA / Funcionalidade dos Serviços.
Vimos reenviar o seguinte texto e solicitar que nos informem qual o horário actual de cada Serviço, em regime normal, até ao dia 15 de Outubro.
Desejamos que este documento seja uma plataforma de diálogo e nesse sentido estamos abertos à crítica e a às sugestões que houverem por bem.
Este texto deve ser divulgado por todas as Direcções de Serviço.
A actividade hospitalar tem estado centrada predominantemente nas urgências, em lugar da actividade clínica hospitalar regular e programada. Esta lógica afecta a boa prática clínica e não rentabiliza os investimentos vultosos nos equipamentos, parados grande parte da tarde. Assim se retardam as altas e não se tira partido da possibilidade de oferta ao exterior , de evidente rentabilização económica.
A cobertura de horário médico de manhã e tangencialmente de tarde ( inédita em toda a Europa há muitos anos ) com os Serviços de Urgência como tampão, foram resolvendo as complicações clínicas do período da tarde, mas com as consultas a funcionarem inevitavelmente por períodos insuficientes.
É necessário reflectir nas descontinuidades do trabalho diário nos Serviços, decorrentes não só do horário "matinal" mas também das folgas das urgências ( cirurgias em atraso, acompanhamento irregular dos doentes internados, consultas desmarcadas, diálogo com os familiares dos doentes durante as visitas dificultados...).
Ora o objectivo a atingir é termos os hospitais a funcionarem normalmente das 8 às 20 horas (com deslocações possíveis de + ou - 30 minutos) com a criação de dois turnos nas várias carreiras, de modo a termos uma pequena sobreposição dos dois turnos para reuniões do Serviço. Assim teríamos consultas até mais tarde, programadas e de atendimento no próprio dia, ( se enviados pela triagem da urgência) sujeitas sempre a um crivo que marcaria consulta programada, versus atendimento necessário no próprio dia.
Estas modificações serão possíveis fazendo uma pedagogia de flexibilização dos horários nos Serviços, ajustando-os aos objectivos desejáveis, através de um diálogo com cada médico, que até poderão ter horários variáveis ao longo da semana, obrigando apenas a uma disciplina mais compatível com a eficácia clínica de cada Serviço .
Este objectivo deve estar satisfeito até 31 de Dezembro de 2006, para todos os Hospitais e Serviços .Tais transformações devem obrigar a médio prazo ao pagamento adequado da qualidade do desempenho, que a não se verificar irá facilitar a fuga dos melhores para outras unidades. Sendo que esta reflexão é indissociável para que as verdadeira elites profissionais se envolvam de facto nas transformações inadiáveis .
Assim as urgências devem tender para começarem às 20 horas e até às 8 horas.
Nos fins de semana e feriados funcionariam 24 horas.
Se todas os Serviços funcionarem das 8 às 20 horas em regime normal , não mais teremos horas de "deserto " nas tardes hospitalares e talvez as listas de espera se reduzam .Acrescente-se a enorme redução da necessidade de recurso às urgências.
Por outro lado, o reduzido movimento nocturno e nos fins de semana nas actuais urgências, não justifica a manutenção da abertura de algumas especialiddes em tantos polos, devendo ser concentradas ( nesses períodos).
Em face destas reflexões apontam-se as seguintes transformações que devem ser equacionadas :
- Criação de equipas de urgência Médico / Cirúrgicas na área de Urgência, fixas, das 8 às 20 horas, com apoio de retaguarda dos Serviços de especialidades, a funcionarem em 2 turnos, das 8 às 20 horas em regime normal (dias normais).
- Nos fins de semana e feriados, as urgências com especialidades como actualmente.
- Concentração das urgências em menos focos, melhorando as condições de atendimento e dispondo de um pool de especialistas da “área”, a escalar em cada urgência.
Com os meus cumprimentos
F.Crespo
Xico do Canto
4 Comments:
Já descobrimos quem faz os discursos de CC.
Comentar ou analisar sim desde que entendível o que se propõe...
Acham esta mensagem entendível?
Percebem o que se quer transmitir?
Quem redigiu esta proposta denota conhecimeno do que descreve?
Acham a linguagem apropriada?
"pois só assim poderei contar com o diálogo inevitável que se sugeria e realçar que o objectivo é introduzirmos uma efectiva melhoria assistencial"
"Assim teríamos consultas até mais tarde, programadas e de atendimento no próprio dia, ( se enviados pela triagem da urgência) sujeitas sempre a um crivo que marcaria consulta programada, versus atendimento necessário no próprio dia."
Estes nacos de texto são claros quanto à dificuldade do autor em expressar as suas ideias se é que as suas ideias estão correctas.
O certo é que os serviços, assim, ficam sem perceber patavina do que se quer dizer.
Não pretendendo alimentar esta lamentável situação que, certamente, não é o paradigma dos dirigentes do SNS, eis o mail seguinte da mesma entidade:
" ----- Original Message -----
From: Francisco Crespo
To: Adelaide Belo DRª ; António Branco ; C H Lisboa ; hdsca@hds.min-saude.pt ; correia.cunha@hsm.min-saude.pt ; gama pinto ; admin@hbarreiro.min-saude.pt ; H Barreiro Drª Ana Abel ; admin@chcascais.min-saude.pt ; H Curry Cabral ; H ESTEFANIA ; mrebelo@hgo.min-saude.pt ; conselho.administracao@hlalentejano.min-saude.pt ; secretariado.administracao@hlalentejano.min-saude.pt ; H Pulido Valente ; H S F Xavier ; H S MARIA ; maria.j.silva@chs.min-saude.pt ; admin@hdtvedras.min-saude.pt ; ca@hvfxira.min-saude.pt ; mfirmino@hgo.min-saude.pt ; INST GAMA Pinto ; IPO Secretaria ; secretariadoca@mac.min-saude.pt ; jmateus@hdtvedras.min-saude.pt ; geral@chmt.min-saude.pt ; Miguel Carpinteiro ; presidente ; SEC GAMA PINTO ; SEC H Egas Moniz
Sent: Tuesday, November 21, 2006 8:01 PM
Exmo. C.A.
Aproximando-se o final do ano vimos solicitar-lhes que nos informem:
-Horário de todos os Serviços, esperado a 31 de Dezembro?
(se existirem constrangimentos para o horário alargado até final da tarde, próximo das 20 horas, referenciar os requisitos necessários para o efeito, em particular nos blocos operatórios)
-Nº de médicos de prevenção por especialidade, respectivo período horário e dias da semana a que reportam?
-Especialidades de urgência, respectivo horário, nº de médicos escalados (de dia ou noite, de 2ª a 6ª e fins de semana)?
Com os meus melhores cumprimentos
Francisco Crespo
ARSLVT
"
Conseguem perceber?
Que raio de resposta é que se poderá dar?
E para que servirá?
CHIÇA !!!
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