Acesso à Inovação
O decreto-lei 195/2006 de 3 de Outubro veio determinar a obrigatoriedade de os medicamentos adquiridos pelos hospitais do SNS serem sujeitos a uma avaliação prévia, efectuada pelo Infarmed, detinada a demonstrar o seu valor terapêutico acrescentado e a respectiva vantagem económica.
Até à entrada em funcionamento da comissão de peritos do Infarmed (e termo dos primeiros processos de aprovação - início do próxmo ano), as autorizações de novos medicamentos hospitalares estão a ser efectuadas excepcionalmente, mediante justificação clínica e parecer positivo do Infarmed, nos casos considerados imprescindíveis.
Segundo alguns administradores hospitalares contactados pelo DE link este torniquete de selecção da inovação está a dar resultados, pois, desde que entrou em funcionamento, são raros os novos medicamentos que entram nos nossos hospitais.
Até à entrada em funcionamento da comissão de peritos do Infarmed (e termo dos primeiros processos de aprovação - início do próxmo ano), as autorizações de novos medicamentos hospitalares estão a ser efectuadas excepcionalmente, mediante justificação clínica e parecer positivo do Infarmed, nos casos considerados imprescindíveis.
Segundo alguns administradores hospitalares contactados pelo DE link este torniquete de selecção da inovação está a dar resultados, pois, desde que entrou em funcionamento, são raros os novos medicamentos que entram nos nossos hospitais.
Um ano é muito tempo para a manutenção desta situação. Fazemos votos para que o processo de avaliação de novos medicamentos hospitalares (absolutamente necessário para a selecção da tecnologia realmente inovadora, na qual o Estado deve investir) não acabe por cumprir outros objectivos, de molde a afastar a responsabilidade do Estado, relativamente à utilização da tecnologia mais avançada (mais cara) no tratamento dos doentes do SNS.
3 Comments:
A Inovação foi posta no congelador.
O problema agora é fazer baixar o preço das substâncias antigas.
E com caridadezinha cá nos iremos governar.
Segundo o relato do DE, para os administradores hospitalares, o óptimo seria não haver novos medicamentos. Tanto melhor, mais se poupava.
Este raciocínio simplista poderá sair caro ao SNS a curto prazo.
Este "post" e subsequentes comentários trouxeram-me à memória um episódio a que assisti na minha tenra juventude, quando aproveitava os dias de feira para sair da minha pequena aldeia:
"Um vendedor de pequenas vassouras de piaçaba das que se utilizavam geralmente nas cozinhas, anunciava os baixos preços das ditas alto e bom som, e no final de cada pregão acrescentava quase em surdina:
E O BARATO TEM RATO.
Era Verão e quando o sol aqueceu eis que as argolas metálicas com que "a piaçaba" era preza em redor do cabo das ditas vassouras (ainda hoje é possível encontrar esses objectos), por força da dilatação, começaram a soltar-se (saltando os "cravos" que as seguravam) e espalhando as muitas "cabeleiras" de piaçaba de que eram feitas as vassouras.
Na verdade, como dizia o vendedor, O BARATO TINHA RATO!"
Não será o que se passa com a não introdução de novos medicamenmtos?
Não estaremos a poupar na farinha para gastar em farelo?
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