Refém de caciques locais
(...)Por uma questão não só económica mas de racionalidade, os recursos devem ser centralizados onde melhor possam ser utilizados. E isto obviamente sem prejudicar as populações, nem diminuir o nível de cuidados ou o acesso a eles. link
Dito isto, não pode o Governo ficar refém de caciques locais e de próceres partidários de província que introduzirão na discussão um ruído de irracionalidade, tentando tirar da situação o melhor proveito para os seus interesses específicos.
Se os estudos técnicos têm incorrecções e é possível que os haja - que sejam revistos pelas mesmas ou por outras pessoas - mas a decisão final deve caber ao poder central e não a qualquer coligação de pequenos poderes locais.
Dito isto, não pode o Governo ficar refém de caciques locais e de próceres partidários de província que introduzirão na discussão um ruído de irracionalidade, tentando tirar da situação o melhor proveito para os seus interesses específicos.
Se os estudos técnicos têm incorrecções e é possível que os haja - que sejam revistos pelas mesmas ou por outras pessoas - mas a decisão final deve caber ao poder central e não a qualquer coligação de pequenos poderes locais.
José Eduardo Guimarães, DE 26.03.07
6 Comments:
"...Próceres partidários de província..."
Isto diz tudo: são os senhores da cidade que assim falam ao Povo analfabeto e inculto.
E para eles há que defender cada vez mais a centralização do poder e a macrocefalia para garantir aos "Senhores Professores" aquilo a que há muito se habituaram: ganhar por vários carrinhos - no hospital (onde primam pela ausência); na Faculdade; no consultório e clínicas particulares.
O Povo, esses aldeões analfabetos de província, que se lixem (como se vê, pelo que os iluminados vão vomitando!
PS: regista-se mais um post de apoio a CC.
Cá está o Teixeirinha a meter veneno.
Ainda não percebi bem se o tonitosa é também o Deserto.
Como se a província não tivesse uma palavra a dizer, sobretudo no que respeita aos seus próprios direitos e interesses.
Haja razoabilidade. Só os déspotas dizem que a discussão produz ruído de irracionalidade. A política não se faz apenas de estudos técnicos, até porque muitos desses estudos técnicos são errados.
Caro MSP,
Penso que o profesor EG quis dizer o seguinte: a decisão final deve caber ao poder central de acordo com as políticas traçadas. É evidente que é necessária a consulta ao poder local. Mas não da forma como foi feita. Debaixo de uma crise, com o Governo fragilizado. É necessário ir, muitas vezes, contra o poder local. Sempre que está em jogo o interesse nacional.
Quem conhece o professor EG sabe que ele nada tem contra o poder local e a livre expressão das populações.
Um abraço.
É sempre interessante invocar o interesse nacional de acordo com as conveniências do momento.
Depois, quando vêm as eleições autárquicas, aí vão os mesmos, por vilas e aldeias dirigindo loas ao Poder Local, prometendo tudo a todos.
O Poder Local não é Lisboa nem Porto como alguns julgam e defendem. O Poder Local, os cidadãos Portugueses são muito mais do que aqueles que se julgam "iluminados".
É espantoso, o comentário do ricardo. Veneno? Não é da discussão que nasce a luz? Ou então, é melhor este blogue passar a ter o simbolo do PS na página de entrada.
Concordo profundamente com o MSP. Acrescento que os chamados estudos técnicos, em muitos casos, de técnico não têm nada e os seus "autores", esses sim, são, em muitos casos, verdadeiros caciques do poder central a ganhar fortunas por 'estudos' cuja qualidade é, em muitos casos, abaixo de trabalhos de estudantes do 1º ano do ensino superior, quando não são plágios descarados que nunca são devidamente identificados porque muitos poucos que lhes passam os olhos procuram neles mais que o reflexo do seu próprio umbigo!
Lembro-me de vários estudos técnicos assim. E CC até já esteve envolvido numa polémica por causa deste fenomeno de falta de seriedade (lembram-se, por exemplo, do estudo produzido pela ARS de Lisba e Vale do tejo sobre o amadora-sintra que CC ridicularizou em público?).
Depois temos os 'estudos' das consultoras multinacionais. Ou seja, power points mal traduzidos e apresentados por recém-licenciados explorados e em regime de trabalho precário. Quando é que este país vai ficar sério?
Se há 'trabalhos/estudos' errados, ou técnicamente mal fundamentados, o estado que lhe exija o dinheiro de volta!
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