Dia Mundial
Segundo o relatório do Centro de Doenças Transmissíveis do Instituto Ricardo Jorge (junho 2007), a Incidência de HIV/sida em Portugal é de 251,1 casos por milhão de habitantes.link A prevalência até Junho 2007 era de 28.370 casos notificados.
Mais de 32.000 casos notificados até finais de Setembro (expresso 01.11.07).link
Sobre o "Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida", link Henrique de Barros admite que "os resultados mostram claramente que o mesmo falhou ".
Sobre o "Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida", link Henrique de Barros admite que "os resultados mostram claramente que o mesmo falhou ".
«O VIH é a primeira causa de morte em África, antes de qualquer outra coisa, e continua a piorar.» Entrevista de Peter Piot, director-executivo da ONU-sida ao "semanário expresso" link link
6 Comments:
Pois é !
Embandeirámos com o 12º lugar do ranking mundial - morte neonatal - e indicadores terceiro-mundistas foram completamente esquecidos:
1. Aumento da SIDA sem qualquer controlo.
2. Aumento da tuberculose e da tuberculose multi-resistente sem qualquer controlo.
3. Grande incidência de morte das crianças depois dos 2 anos.
4. Reaparecimento da sifilis neo-natal.
5. Aumento da gravidez da adolescência.
Será que uma verdadeira equipa de saúde esquece estes problemas de forma completa ?
Para se concentrar em quê ? No desperdicio ?
Quanto nos vão custar os infectados pelo VIH que se infectaram enquanto esta equipa de saúde andava nos mais cirurgias, mais ...., mais tino e saber - é que é necessário.
Nos últimos três meses dispararam os casos de famílias de classe média e média-alta que recorrem ao Banco Alimentar . semanário expresso link
Africa accounts for 11% of the world population but is home to more than 60% of people living with HIV. link
Ministro diz que incidência VIH/SIDA Portugal está diminuir
A incidência e a prevalência da Sida em Portugal está a diminuir, mas é primordial continuar a apostar na educação e sensibilização da população, defendeu hoje o ministro da Saúde, no Dia Mundial de luta contra a doença.
«Os números neste momento, de 2006, representam, no caso da infecção, os números mais baixos desde 2001 e, no caso da Sida, os números mais baixos desde 1996, o que significa que se está a reduzir a incidência e a prevalência da doença», disse Correia de Campos no final de uma reunião do Conselho Nacional para a Infecção VIH/Sida.
Até ao final de Setembro deste ano estavam registados em Portugal mais de 32.000 casos de HIV/Sida, com um relatório das Nações Unidas, a indicar que Portugal é o quarto país da Europa Ocidental que mais casos novos diagnosticou em 2006.
De acordo com o ministro da Saúde, a principal arma para combater esta realidade passa pela educação, informação e conhecimento, sobretudo nas escolas, bem como por «uma distribuição muito vasta de preservativos».
«É muito importante que a educação se faça desde o nível de educação primário ou secundário», defendeu Correia de Campos, adiantando que os alunos são eles próprios «informadores para a sua família».
Correia de Campos lembrou que, do lado da evolução positiva, o número de casos de transmissão da doença de mães para filhos caiu de 25% para apenas dois por cento e que as infecções através de seringas também têm vindo a diminuir.
Quanto à intervenção nas prisões junto dos reclusos, nomeadamente através da distribuição de seringas, o ministro limitou-se a referir que o processo está a decorrer, remetendo outros pormenores para o ministério da Justiça.
Questionado ainda sobre a proposta já avançada pelo ministério da Saúde de colocar anti-retrovirais à venda nas farmácias, Correia de Campos apenas adiantou que se trata de »um processo que precisa do acordo de três entidades« - hospitais, farmácia e cidadãos - e que não avançará sem a concordância das três partes.
«Os cidadãos receiam uma situação de estigma, têm um desejo e um direito de ter a sua privacidade reservada», acrescentou.
A venda de anti-retrovirais nas farmácias foi proposta por Correia de Campos e conta com a reprovação da Ordem dos Médicos, que defende que isso seria uma situação de grande risco para a saúde pública.
Entretanto, o coordenador nacional para a infecção VIH/Sida destacou igualmente que o número de casos está a diminuir em Portugal, considerando, no entanto, que é essencial reforçar a prevenção.
Segundo Henrique Bastos, tem havido nos últimos tempos uma tentativa de promover «as declarações de casos», o que poderá ter levado a um aumento das notificações, ainda assim «não são infecções novas», mas sim doentes portadores da infecção há vários anos.
DD, 01.12.07
Lá está o ministro à volta com os números.
A torturá-los até sangrarem os resultados necessários ou suficientes. Já não sabemos.
Afirmar que a incidência HIV/SIDA está a diminuir é dar uma bofetão a todos aqueles que estão no terreno trabalhando na prevenção e incentivando a detecção e se sentem desmotivados porque os resultados (satisfatórios) tardam.
Na realidade, Henrique de Barros, hoje, na RTP 1, teve oportunidade de explicar o erro de falar no binómio HIV / SIDA (como fez CC) e, salientou algumas das causas do "vai-vem" estatístico da infecção em alguns Países europeus que ora nos coloca em último lugar e outras vezes em 3º ou 4º a contar do fim ....
Estou plenamente de acordo com a orientação que se faça um esforço de prevenção suplementar nas escolas. Apesar de tudo, e fora de quaisquer paternalismos, o ambiente escolar é aparentemente mais receptivo ao aconselhamento.
De resto, toda a política de prevenção deve ser discutida, questionada, interpelada, nomeadamente, o esforço que tem sido dirigido aos chamados "grupos de risco".
Os resultados assim o aconselham.
O Coordenador Nacional assim o sugeriu.
Deitar foguetes, nesta altura da procissão - como fez o ministro - é como que arredar os crentes do caminho para carregar com o andor de ceroulas...
Uma variante provinciana da conhecida fábula: "o rei vai nu!".
Portugal é um país onde o contágio pela sida pode aumentar sem que ninguém assuma políticas públicas de prevenção e de combate verdadeiramente eficazes, é um país onde se acha que a sida se pega pelo tacho e pela colher, é um país que pretende ficar orgulhosamente burro, orgulhosamente ignorante, orgulhosamente em contágio descontrolado e orgulhosamente a segregar e empurrar dos postos de trabalho aqueles que estão infectados com HIV, em vez de os tratar
São José Almeida, jornalista
JP 24.11.07
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