Maldades do Sócrates (2)
A taxa de desemprego em Portugal voltou a subir atingindo no mês de Outubro 8,5 por cento. É a terceira mais alta dos 27 países da União Europeia. link
Twenty-three Member States recorded a fall in their unemployment rate over a year and four an increase. The largest relative falls were observed in Poland (12.6% to 8.8%) and the Czech Republic (6.7% to 5.0%). The highest relative increases were registered in Portugal (7.8% to 8.5%) and Ireland (4.2% to 4.4%).
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A taxa de desemprego em Portugal em Outubro foi de 8,2 por cento, corrigiu esta segunda-feira o gabinete oficial de estatísticas das comunidades europeias, Eurostat, que ao início do dia apontara um valor de 8,5 por cento.
TSF 04.12.07
Será que o Sócrates meteu uma cunha?
Fonte comunitária explicou à Lusa que o «desvio» de 0,3 pontos percentuais terá ocorrido devido a erro humano, designadamente ao facto de não ter sido tomado em conta o inquérito sobre as forças de trabalho. link
Deste modo, ao contrário do anunciado anteriormente, a taxa de desemprego não aumentou 0,2 pontos percentuais em Outubro face ao mês anterior, tendo, pelo contrário, descido ligeiramente (0,1 por cento).
Antes desta correcção, em declarações registadas pela SIC, já o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, confrontado com os primeiros dados do Eurostat esperava uma correcção vinda de Bruxelas.
«Estou convicto que ela [a estimativa] vai ser corrigida a muito breve prazo», afirmou.
A declaração do ministro feita esta manhã foi confirmada ao início da noite quando o Eurostat corrigiu os números do desemprego para os 8,2%.
Escutado pela TSF, Hugo Velosa, o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD classifica como, no mínimo, estranha a correcção do Eurostat.
«A correcção na nossa opinião não altera nada», defendeu Hugo Velosa, adiantando que considera «estas correcções muito estranhas, porque o Governo tem sempre invocado que o Eurostat faz as contas de maneira diferente do Executivo, porque normalmente as contas do Eurostat são superiores às do INE».
«Acho que os números devem ter sempre uma enorme credibilidade e a verdade é que com este Governo quer o Eurostat quer o INE enganam-se», acrescentou.
Por sua vez, Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, prefere não comentar o erro do Eurostat.
O dirigente bloquista acrescenta apenas que apesar da correcção mantém tudo o que disse em relação à gravidade dos números do desemprego, considerando que o Governo falhou na estratégia para inverter as tendências negativas.
O valor avançado pelo Eurostat relativamente a Portugal levou todos os partidos da oposição a pedir explicações ao Governo sobre o aumento da taxa de desemprego que se teria verificado em Outubro.
TSF 04.12.07
AZARES da OPOSIÇÃO
A oposição reagiu decepcionada a esta inoportuna correcção.
UMA NOVA ESTRATÉGIA SOCRÁTICA:
8.2% european must in unemployment rate -(inglês técnico UI)
Primeiro, os organismos europeus publicitam dados errados (inflacionados);
Depois, em menos de 24 horas, vem a correcção;
Finalmente, os "papalvos" ficam com a sensação que, afinal, a situação não é tão má...
Elementary, my dear Watson...
Euro Indicators - News release
165/2007 (revised) - 3 December 2007
Twenty-three Member States recorded a fall in their unemployment rate over a year and four an increase. The largest relative falls were observed in Poland (12.6% to 8.8%) and the Czech Republic (6.7% to 5.0%). The highest relative increases were registered in Ireland (4.2% to 4.4%) and Portugal (7.9% to 8.2%).link
A cunha do presidente Sócrates valeu 0,3 pontos.
REVISED VERSION
The unemployment figures for Portugal published on 3 December by Eurostat were incorrect. The figures were overestimated as the Labour Force Survey results for the 3rd quarter 2007 were not taken into account. The revision of the Portuguese data does not affect the European aggregates. We apologize for any inconvenience that this revision may cause.link
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, mostrou-se hoje "preocupado" com o desemprego em Portugal apesar de, ontem, o Eurostat ter corrigido a taxa atribuída a Portugal de uns iniciais 8,5 por cento para 8,2 por cento.
"O desemprego continua a ser a maior preocupação que devemos ter e que deve merecer a nossa mais cuidada atenção", disse Fernando Teixeira dos Santos, à entrada para um reunião, em Bruxelas, dos ministros das Finanças dos 27 que irá presidir no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia.
Por outro lado, o responsável governamental escusou-se a comentar a correcção efectuada ontem pelo gabinete oficial de estatísticas da UE que anunciou no início do dia uma taxa de desemprego para Portugal de 8,5 por cento e no final da tarde assumiu o erro e que afinal a taxa era de 8,2 por cento - menos três décimas do que o valor inicial.
"Não vou comentar. Acho que é um pormenor que não deve merecer qualquer comentário da minha parte", afirmou Teixeira dos Santos.
O ministro das Finanças acha que a situação do desemprego deve preocupar todos os responsáveis políticos, empresariais e também os trabalhadores. "O desemprego deve ser um objectivo nacional", considerou, acrescentando ser imperativo "tentar minorá-la o mais depressa possível".
Fonte comunitária explicou ontem à Lusa que o desvio de 0,3 pontos percentuais detectado pelo Eurostat se terá devido a erro humano, designadamente ao facto de não ter sido tomado em conta o inquérito sobre as forças de trabalho.
Deste modo, ao contrário do anunciado anteriormente, a taxa de desemprego não aumentou 0,2 pontos percentuais em Outubro face ao mês anterior, tendo, pelo contrário, descido 0,1 ponto percentual.
Este erro, precisou a mesma fonte, não altera os valores globais para a Zona Euro, onde a taxa de desemprego, corrigida das variações sazonais, baixou para 7,2 por cento em Outubro, uma décima a menos do que os 7,3 por cento verificados em Setembro.
"O Governo regista com satisfação esta correcção que o Eurostat fez e, sobretudo, a confirmação de uma tendência mais favorável em relação à situação do desemprego em Portugal", disse ontem o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
Por seu lado, o maior partido da oposição, o PSD considerou que a taxa de desemprego em Portugal "continua elevadíssima", apesar da correcção feita pelo Eurostat aos números inicialmente divulgados.
JP 04.11.07
Saúde: Municípios querem outro sistema e acusam ADSE
O presidente da Associação de Municípios exigiu hoje que as autarquias passem a ter capacidade de decisão na escolha do sistema de saúde, sublinhando que um seguro «topo de gama» ficaria «muito mais barato» do que a ADSE.
Fernando Ruas falava à agência Lusa a propósito das dívidas dos municípios ao subsistema de saúde dos funcionários públicos (ADSE), que ascendem a 84,7 milhões.
«Há mais de 10 anos que solicitamos outros esquemas de saúde, nomeadamente o recurso a seguros de saúde, que seriam bem mais eficazes e mais baratos», afirmou.
O autarca justificou as dívidas existentes alegando que a ADSE se limita «a recolher e a pagar» e que, «ainda por cima gere mal» o dinheiro.
«A ADSE limita-se a apresentar a factura e não justifica as despesas. Há casos muito complicados em que foram facturadas despesas de hospitalização que nunca existiram», explicou, sublinhando que estes casos «acontecem com alguma frequência».
«Na dúvida, até terem a explicação dos gastos e confirmar se estão correctos, os municípios não pagam», acrescentou.
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) disse ainda que as autarquias já chegaram a um acordo com a ADSE para a fixação de planos de pagamento das dívidas, que «dentro de alguns anos» estarão saldadas.
Segundo dados da Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública, as dívidas das autarquias à ADSE ascendiam a 84,7 milhões de euros no final de Outubro.
Contudo, este valor traduz uma redução de oito por cento face ao mesmo mês do ano passado, período em que as dívidas totalizavam cerca de 92 milhões de euros.
No final do ano passado, a ADSE beneficiava 1,3 milhões de funcionários públicos e familiares: 991.870 beneficiários no activo e 325.332 beneficiários aposentados.
Os gastos desta Direcção-Geral com os beneficiários totalizaram 946 milhões de euros em 2006.
DD 04.12.07
portuguesa estavam errados: não tinham sido incluídos os dados do último inquérito ao mercado de trabalho. A má notícia é que o erro não foi grande e os números continuam a ser preocupantes. O desemprego homólogo subiu para 8,2% em Outubro: mais 0,4 décimas do registado no mesmo período do ano passado e menos uma décima do que em Setembro.
DE 04.12.07
OLHÓ TAXA!
"Também fiquei surpreendido, não queria acreditar naquele número [8,5 por cento]", admitiu José Sócrates, sublinhando que os números do Eurostat são baseados nos valores do Instituto Nacional de Estatística e do Instituto do Emprego e Formação Profissional. "O Governo achou estranhíssimo ao ser confrontado com aquele número. Felizmente, tratou-se de um erro",
"Temos boas e fundadas esperanças de que no próximo ano comece a descer a taxa de desemprego.
Os números já comparáveis mostram que a taxa de desemprego em Portugal era de 7,9 por cento em Outubro do ano passado, de 8 por cento em Setembro do presente ano e de 8,2 por cento em Outubro deste ano. Ou seja, o número de desempregados em percentagem da população activa continuou a aumentar.
O desemprego vai continuar a subir. Não vale a pena alimentar a ilusão por menos três décimas por erros do Eurostat. O desemprego afecta, no mínimo, 450 mil pessoas. As outras, não contabilizadas, desistiram.
Se queremos combater um grave problema social que está a desenvolver-se no país temos urgentemente de acabar com o excesso de regras, facilitando a vida de quem quer ganhar a vida com um pequeno negócio.
Fica uma sugestão de trabalho para o Governo: todos os dias agarrar numa lei, decreto-lei ou portaria e perguntar: qual o objectivo que isto atinge? Se a resposta for “nenhum”, é revogar, revogar e revogar. Quando o Conselho de Ministros começar a aprovar a morte de leis em vez de novas regras poderemos começar a entrar no bom caminho.
helena garrido, DE 04.12.07
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