HIV/sida, foguetes de ministro
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, diz que «a incidência e a prevalência da Sida em Portugal está a diminuir.» link
Lá está o ministro à volta com os números.
A torturá-los até sangrarem os resultados necessários ou suficientes. Já não sabemos.
Afirmar que a incidência HIV/SIDA está a diminuir é dar uma bofetão a todos aqueles que estão no terreno trabalhando na prevenção e incentivando a detecção e se sentem desmotivados porque os resultados (satisfatórios) tardam.
Na realidade, Henrique de Barros, hoje, na RTP 1, teve oportunidade de explicar o erro de falar no binómio HIV/SIDA (como fez CC) e, salientou algumas das causas do "vai-vem" estatístico da infecção em alguns Países europeus que ora nos coloca em último lugar e outras vezes em 3º ou 4º a contar do fim ....
Estou plenamente de acordo com a orientação que se faça um esforço de prevenção suplementar nas escolas. Apesar de tudo, e fora de quaisquer paternalismos, o ambiente escolar é aparentemente mais receptivo ao aconselhamento.
De resto, toda a política de prevenção deve ser discutida, questionada, interpelada, nomeadamente, o esforço que tem sido dirigido aos chamados "grupos de risco".
Os resultados assim o aconselham.
O Coordenador Nacional assim o sugeriu.
Deitar foguetes, nesta altura da procissão - como fez o ministro - é como que arredar os crentes do caminho para carregar com o andor de ceroulas...
Uma variante provinciana da conhecida fábula: "o rei vai nu!".
É-Pá
Lá está o ministro à volta com os números.
A torturá-los até sangrarem os resultados necessários ou suficientes. Já não sabemos.
Afirmar que a incidência HIV/SIDA está a diminuir é dar uma bofetão a todos aqueles que estão no terreno trabalhando na prevenção e incentivando a detecção e se sentem desmotivados porque os resultados (satisfatórios) tardam.
Na realidade, Henrique de Barros, hoje, na RTP 1, teve oportunidade de explicar o erro de falar no binómio HIV/SIDA (como fez CC) e, salientou algumas das causas do "vai-vem" estatístico da infecção em alguns Países europeus que ora nos coloca em último lugar e outras vezes em 3º ou 4º a contar do fim ....
Estou plenamente de acordo com a orientação que se faça um esforço de prevenção suplementar nas escolas. Apesar de tudo, e fora de quaisquer paternalismos, o ambiente escolar é aparentemente mais receptivo ao aconselhamento.
De resto, toda a política de prevenção deve ser discutida, questionada, interpelada, nomeadamente, o esforço que tem sido dirigido aos chamados "grupos de risco".
Os resultados assim o aconselham.
O Coordenador Nacional assim o sugeriu.
Deitar foguetes, nesta altura da procissão - como fez o ministro - é como que arredar os crentes do caminho para carregar com o andor de ceroulas...
Uma variante provinciana da conhecida fábula: "o rei vai nu!".
É-Pá
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3 Comments:
Um inquérito recente do Eurobarómetro revela a existência de uma ignorância muito vasta sobre factos básicos em matéria de VIH/sida. As infecções por VIH/sida estão a aumentar na Europa e 50% dos novos casos registam-se entre os jovens dos 15 aos 25 anos pela via mais comum de infecção: as relações sexuais entre heterossexuais. Portugal aparece mal colocado face aos outros países em muitas questões relacionadas com a infecção, apesar de ter ocorrido uma evolução favorável nos níveis de conhecimento sobre a infecção. link
Não deixa de ser preocupante o nível de concepções erradas quanto ao modo de transmissão que se verificou noutro inquérito a portugueses, em que 30,4% consideravam que a infecção se transmite pelo beijo, 29,5% pelo uso das casas de banho, 29,5% pela picada de um insecto, 22,7% pela tosse e espirro, 18,1% pela comida e talheres e 5,3% pelo aperto de mão.
Portal Saúde
Segundo o Diário de Notícias de hoje, desde 19 de Novembro que o Serviço de Atendimento Permanente do Hospital de Valpaços, da Santa Casa da Misericórdia, exige 35 euros pelo atendimento aos beneficiários da ADSE. link
A Santa Casa da Misericórdia de Valpaços diz que isso acontece porque, desde Novembro de 2001, não foi entregue ao hospital qualquer valor relativo ao atendimento dos utentes da ADSE.
«Isso é com a Misericórdia. Há uma urgência médico-cirúrgica ali muito perto, em Chaves», comentou o ministro Correia de Campos quando questionado sobre a situação no SAP do Hospital de Valpaços.
«Que mal tem que o sector privado abra os seus serviços? O sector privado é complementar do sector público», acrescentou.
TSF 03.12.07
Ainda estão para se verem as contas da ADSE (e do SNS) que permitam saber quanto custa, na verdade a assitência aos funcionários do Estado. Estou convicto de que fica mais barata uma consulta num médico particular de um beneficiário da ADSE do que custa a mesma consulta (custo para o SNS) realizada a um utente do SNS. Feitas bem as contas - custos directos e indirectos (não esquecer os custos administrativos - também estes directo e indirectos) é quase certo que o sistema ADSE - convencionado - tem menores custos.
Como sabemos, os dados fidedignos na saúde não existem e muito menos dados desta natureza.
Mas atendendo ao custo para o beneficiário da ADSE (pago no acto)e ao desconto para a ADSE sobre os salários e pensões, é minha intuição que dispende menos a ADSE com uma consulta (e certamnete com todos os outros actos) do que gasta o SNS.
Isto para dizer que, a ser verdade o que diz a SCM de Valpaços, não se entende que lhe não sejam feitos os pagamentos dos actos praticados. Ou será que a ADSE não tem acordo com a SCM de Valpaços?
Se não tem, não se compreende que assim seja, pois trata-se (apesar de tudo) de uma IPSS, e que deveria até praticar tabelas mais baixas.
Se há acordo, então há dívidas e devem ser liquidadas.
Seja como for, não serve a argumentação do senhor Ministro. Ou será que não percebeu qual é o problema?
Vir dizer que os utentes podem recorrer ao hospital de Chaves (a quem a ADSE há-de pagar o mesmo que pagaria à SCM de Valpaços) é claramente mais uma "tirada bacoca" de quem não tem sensibilidade social ou de quem, por esta via, procura angariar clientes para os HH do SNS, o que, quase de certeza, os levará a ter ainda maior prejuízo!
De uma forma ou doutra, quem se lixa é o cidadão, sabia disso Senhor Ministro?!
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