Prós
Com as limitações conhecidas em relação ao formato do programa e às fragilidades da moderadora, lá se discutiu com a profundidade possível a reforma (encerramento) das urgências.
Maratona sem novidades, retive, essencialmente, o contraste das intervenções de José Manuel Almeida, quase sempre brilhante e rigoroso e de José Manuel Silva, politiqueiro, quase exclusivamente preocupado em desfeitear CC.
De qualquer forma, estou certo, que este "prós e contras" terá contribuído de alguma forma para Cavaco Silva compreender melhor para onde vai a Saúde.
Etiquetas: Urgências
15 Comments:
Concordo,
Litério Marques, o Portugal profundo
José Manuel Silva, rapa do mapa do Sonho com dados do HAnadia, ao que CC responde contrapondo com um estudo dos Cuidados Continuados. À Joe Berardo, Helllôoo CC!
José Manuel Almeida, muito bem até ao fim, sobretudo quando no final afirma que a DC do HAveiro lhe teria dito que o problema verificado era..., então, ao que se lê na comunicação social, não está a decorrer um inquérito?
Helllôoo
Já agora porque esqueci,
José Manuel Silva, aprendeu a andar antes de gatinhar, depois dá o que vimos na RTP.
Osório, igual a si próprio, continua a ser a prateleira dourada de Narciso Miranda
José Manuel de Almeida em grande.
Brilhante na exposição dos conceitos.
José Manuel Silva, no registo habitual de gato Félix.
Não parece um um bastonário da OM. Não parece um médico do SNS. Parece mais o redactor dos discursos de Luís Filipe Pereira.
CC numa prestação sem cor mas a não destoar.
Quase a acabar o debate, JMS referiu que o reforço da Urgência de H.de Aveira fora efectuada com clínicos gerais.
CC, ~melhor humorado que no início, concordou com o bastonário interino da OM.
JMS pareceu inchado com esta pequena vitória.
Mais adiante CC justificou que havia respeitado o parecer da direcção da Urgência de Aveiro, mas segundo ele, as tarefas cometidas aos clínicos gerais recém admitidos deviam ser executadas por enfermeiros. A admissão devia ter sido, por conseguinte, de enfermeiros.
JMS ficou a falar com os botões.
Em tempo:
Queria dizer Luís Filipe Menezes.
Também podia ser Luís filipe Vieira.
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O que a gente aprende nestes debates!!!
Também ontem, antes dos Prós,na TVI, Carmén Pignatelli foi trucidada pelo habitual jornalista de serviço da Saúde.
Quem não sucumbiria aquela avalanche estatistica estapafúrdia!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
Afinal eu tinha razão.
Debate estéril, confuso por culpa dos intervenientes.
José Manuel Almeida---- sindrome do Calimero e do Menino Mimado ,escuda-se nos pareceres técnicos(?), e só fala do seu brinquedinho...
José Manuel Silva--- provocador nato e certeiro, Sindrome de Borat.
Artur Osório--- Sindrome do Camaleão, como mudar de opinião conforme se está no sector público ou privado.
Luis Cunha Ribeiro--- Sindrome do Yes Man, sem qualidade.
Correia de Campos--- Sindrome de Bush, incomodatiço, irritadiço, prepotente, não consegue explicar o inexplicável!!!!!.
Deste debate terá ressaltado , para Cavaco e Silva - foi leitmotiv desta maratona - que, havendo um vasto consenso sobre a necessidade de reforma do SNS (não vamos reduzir-nos às urgências), falta fazer muito trabalho de casa, para encontrar boas soluções.
Em relação às autarquias, onde se concentra a contestação da acção MS, com cada vez maior envolvimento político (poder local), a situação terá "patinado"...
CC, mostrou estar a ser objecto de alguns bloqueios:
1.) não consegue desenvolver uma plataforma política consistente, aberta e consensual com os autarcas;
2.) parece fazer gala em evidenciar as habituais dificuldades no relacionamento com a OM, donde pensa colher dividendos políticos imediatos, e particularmente uma truculenta e deselegante relação (mútua) pessoal com J M Silva (que não tem qualquer siginificado político)
Portanto, estará encalhado em três balizas.
- Os autarcas, sustentáculos e protagonistas de política de saúde de proximidade;
- Os médicos, incontornáveis para desenvolver, com êxito, qualquer projecto de saúde.
- A comunicação com a população, i.e., com os utentes do SNS, pouco clara, enrolada em números, com vícios académicos (professorais)...
Coincidindo com vários comentários anteriores:
José Manuel Almeida, muito bem
Artur Osório, inexistente
José Manuel Silva, apenas preocupado em causar confusão, mas sem grande nexo, fraquito
CC, com altos e baixos, mas sem grande cor, sobretudo quando seria de esperar uma actuação menos de números e mais de empatia politica (as populações não se convencem com números...)
Litério Marques, hospital porque sim, sem saber exactamente porquê,
Fátima Campos Ferreira, pouco acertada, e ainda menos nas ameaças de expulsão da audiência mais agitada (ou bem que colocava ou não dava raspanetes sucessivos)
Do resto, não reza a história.
Ainda assim, o que se retirou:
- trabalho sério sobre a rede de urgências
- total falta de capacidade para pensar das "forças locais"
- ser do contra porque sim da Ordem dos Médicos (não percebi quais os argumentos para defender a situação anterior)
José Manuel Almeida, talvez pouco à vontade de início, melhorou sempre.
Excelente preparação.
Intervenções oportunas e bem delineadas.
A fazer-me lembrar o semisericórdia.
Dá orgulho ver/sentir que no SNS há gente assim.
Crónica não isenta sobre o programa da dra. Fátima
Reproduzimos na íntegra uma crónica publicada no site do Jornal virtual do SIM – Sindicato Independente dos Médicos no dia 09/01/08
Tal como o título bem avisa, a presente crónica é uma visão sectária, deturpada e parcial, feita por mentes livres, sobre o Programa da RTP 1, Prós e Contras, coordenado pela Dra. Fátima Campos Ferreira.
Este Programa, segundo indecentes más-línguas, terá sido cuidadosamente preparado para dar uma mãozinha ao Senhor Ministro da Saúde, depois dum famoso puxão de orelhas no dia 1 de Janeiro, quarto minguante, inclusive com vetos e votos sobre todos os convidados e participantes. Consta, nos perversos meios jornalísticos, que a senhora está sempre preste a fretes. Aliás, como estética geral, ficaram muito bem as gritadas ameaças de evacuação do lado direito da sala, ocupado pelo anónimo povo arruaceiro e a tolerância com as palminhas do lado esquerdo, onde se sentavam os bem vestidos e falantes membros da conhecida claque CC, excepto Luís Pisco, estranhamente em traje sport, os nomeados e dependentes do chefe. Consta ainda que esta extensa claque massacrou as ruas anexas com carros pretos de Estado, ao invés dos arruaceiros que viajaram numa camioneta do senhor presidente, mas isso são outras crónicas.
Voltando ao debate.
O Ministro, logo de início, não se aguenta e ataca rasteiro o homem estátua, Zé Manel. Depois manda calar, tenta encerrar o Programa, atiça-se com remoques, tem um poder de encaixe nulo, tropeça, manipula, negoceia, compra, vende e embasbaca-se quando o seu parceiro do lado lhe tira o tapete e repõe a verdade sobre a adulterada reforma.
Artur Osório ainda não sabe o que lá foi fazer, nem ninguém parece ter percebido o que lá foi dizer. Ter-se-á enganado no Programa e entrou como penetra?
José Manuel Almeida defende a sua reforma e diz que o Ministro é que usa o calendário e a política, deturpando aquela. Revela, se tal fosse preciso, que Luís Pisco e a Missão concordaram com a abertura de Consultas Abertas nos Hospitais, ex-SAP, a cargo dos Centros de Saúde e dos Médicos de Família, nos horários normais destes. Luís enterra-se na primeira fila de cadeiras
José Manuel Silva, seráfico, com treino nos SEAL, manteve a mesma postura verbal, corporal e histriónica mesmo quando o Ministro lhe tentava arrancar as unhas dos pés com gráficos e recortes de imprensa.
VIctor Almeida e a sua Associação lá conseguiram falar com o Ministro e com o Presidente do INEM, mesmo que em público, para lhes transmitir as suas seguras convicções sobre Emergência. Este, com o petit nom maldoso de faroleiro, tentou vender helicópteros, carrinhas de transporte de doentes e enfermeiros a toda a gente e, ficámos a saber, acima dele nem Deus e melhor que ele nem o Diabo.
Os autarcas oscilam entre o encerramento bruto do que têm e as promessas idílicas do que podem vir a ter.
E pronto! Será que o Senhor Presidente viu o Programa? E terá gostado?
Texto publicado, em exclusivo, em TM ONLINE de 2008.01.11
O ministro da Saúde, Correia de Campos, rejeitou hoje qualquer influência político-partidária no processo de encerramento das urgências, embora reconhecendo que «as decisões finais são sempre políticas».
Correia de Campos falava no programa "Prós e Contras" da RTP 1, num debate onde estavam presentes vários autarcas e médicos que, por várias vezes, questionaram as suas reformas no sector da Saúde.
O ministro sublinhou que, ao iniciar esta reforma, a sua promessa - que quer cumprir - foi a de que «as pessoas ficarão sempre melhor do que estavam».
«Não dormirei sossegado» enquanto houver pessoas que para conseguirem uma consulta têm que se ir inscrever antes das 8:00 da manhã, garantiu o governante.
Vários intervenientes, apesar de cépticos, reconheceram a necessidade de reformar o sistema de saúde, embora levantando algumas objecções.
Foi o caso de Artur Osório, director clínico do Hospital da Prelada, que sustentou que a reforma não pode ser feita «só por um modelo, tem que ter em conta as especificidades de cada região».
Ao responder-lhe, o ministro apontou o caso de Peniche, onde reconheceu existirem boas condições em algumas áreas, e para onde está a ser estudada uma solução particular que poderá passar, pela criação em breve do Centro Hospitalar do Oeste Norte, onde «o objectivo é construir um hospital».
Artur Osório reconheceu mais à frente que «a reforma é fundamental» e que «o projecto está bem feito».
Noutro passo, Correia de Campos, reconhecendo à população de Anadia o direito de se manifestar contra o encerramento das urgências, pediu-lhe no entanto que o ajudasse «a requalificar o hospital local» e prometeu ir áquela localidade para dar a conhecer o que pretende fazer.
Ripostando às criticas que se baseiam nas dificuldades de deslocação das pessoas da terceira idade, Correia de Campos considerou que «os cuidados continuados a idosos são os mais importantes» mas que, até há pouco tempo, «não havia nada» em Portugal e enumerou algumas realizações conseguidas durante a sua governação.
Admitiu algumas dificuldades pontuais para concretizar a sua reforma e comentou, a propósito dos médicos de família: «A política é a arte do possível».
Segundo o ministro, existem actualmente 105 unidades de saúde familiar que, até ao final do ano, deverão atingir as 150.
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