Ana Jorge, entrevista ao expresso
Gostei da entrevista da ministra da saúde, Ana Jorge, ao semanário expresso. Quando desmente a lamúria de Salvador de Melo sobre os lucros da JMS na exploração do Hospital Amadora Sintra. link
SE: O Estado tem a capacidade de gerir o Amadora-Sintra pelo mesmo preço, poupando os tais 14 milhões de euros que o Tribunal de Contas diz que a José de Mello poupou?
AJ: Ganhou.
AJ: Ganhou.
SE: Bem, eles dizem que o ganho tem sido residual, que precisavam de mais tempo…
AJ: ... Para ganhar mais, provavelmente. É essa uma das diferenças entre o sector público e o privado: o público não tem de ganhar com a saúde, no sentido da rentabilidade do negócio.
AJ: ... Para ganhar mais, provavelmente. É essa uma das diferenças entre o sector público e o privado: o público não tem de ganhar com a saúde, no sentido da rentabilidade do negócio.
Não estão em causa os ganhos da JMS com o negócio da saúde. Mas antes, as boas ou más contas.
Ainda recentemente, o presidente da ARSLVT acusou o Amadora Sintra de ter cobrado 20 milhões de euros a mais de 2004 a 2007, e essa é uma das razões porque as contas ainda não foram fechadas.
Nota: No gabinete da João Crisóstomo, desta vez, não havia maçãs.
Etiquetas: Entrevistas
2 Comments:
José Manuel de Melo afirma que com a gestão privada o Hospital Amadora Sintra poupava 14 milhões de euros por ano ao Estado; Ana Jorge desmente-o de forma categórica utilizando para tal uma só palavra “ganhou”. Portanto, não vejo outra leitura, segundo a Ministra o Presidente da Sociedade Gestora chama às mais valias obtidas com a gestão privada poupanças ao erário público.
Esta leitura diametralmente oposta dos números parece-me de uma gravidade enorme pois gera a maior das incertezas e desconfiança de quem está por fora destes processos negociais. A sensação que temos é que vivemos num País gerido, ao mais alto nível, pelo menos na Saúde, por contabilidade de merceeiros. Como comparar modelos com leituras tão distintas dos indicadores de gestão?
Os números têm de valer por si mesmo não podendo estar sujeitos à subjectividade de quem os interpreta. Neste caso perguntar-se-á: Caso fosse Ministro da Saúde CC a resposta à afirmação de JMM teria sido no mesmo sentido?
A informação sobre o processo de gestão do Amadora Sintra é muito escassa.
A ministra neste ponto esteve à altura do estilo do seu antecessor.
Embora politicamente menos correcta, a saída de Ana Jorge foi esclarecedora.
Um desmentido oportuno.
Retirar a JMS do AS foi uma decisão justa e de grande coragem.
Vamos estar atentos aos próximos desenvolvimentos.
Partindo do principio que o Governo de José Sócrates vai fazer cumprir a decisão em relação ao AS,
a JMS vai curtir o ressabiamento a comprar ou a vender.
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