quinta-feira, julho 10

Hospital do Desterro


Se os industriais de calçado e atoalhados conseguem, porque está à espera?! Tem agora oportunidade de comprar uma unidade hospitalar bem no centro de Lisboa.
O MS pôs à venda o Hospital do Desterro a partir de 10,7 milhões de euros.link
A não ser que pretenda esperar pelos hospitais a transaccionar nos próximos saldos.

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2 Comments:

Blogger e-pá! said...

A PRIMEIRA ALIENAÇÃO
E
AS PRIMEIRAS INTERROGAÇÕES

Como diz o povo nem deixaram arrefecer o morto... e já o estão a enterrar.
Penso que este HH está ligado a dois grandes vultos da Medicina.
O Prof. Thomaz de Mello Breyner, eminente dermatologista a quem esta espcialidade deve muito desde o fim do séc. XIX e início do XX(especialmente na área da venereologia) e quase coincidente temporalamente, todavia, com maior longevidade (pontificaria durante o "Estado Novo"), o Prof.Reynaldo dos Santos que se distingiu nas discipilinas da Cirurgia e Urologia.
Neste HH´s que lutou durante a sua existência com maiores desde o fim da Monarquia ao início da República até serem criados os Hospitais Civis de Lisboa, passou muita gente. É impossível recordar todos.
Mas para além disso houve "passamentos" como o de Maria Angela Vidal, combatente anti-fascista e convicta lutadora comunista que aí morreu depois do 25 de Abril.

Mas ainda este morto está morno e já o puseram à venda.
Uma venda condicionada, como se fosse uma doacção.
O Estado aliena, vendendo, por 10,7milhões de euros e essa venda tem os seguintes limites:
"Tem de ser dedicado á prestação de cuidados continuados integrados num conjunto de intervenções de saúde ou de apoio social."
Estas condicionantes desvalorizam o valor do imovel à venda. Ninguém comemnta se 10 milhões de euros é o preço real ou um "preço fabricado". Uma outra garantia - a que o não venderá de seguida - também levanta suspeitas. Há um embargo de re-venda por quantos anos?
Serão maneiras de transformar vendas em doacções, ou vice-versa, já que se existirem preversões quanto às finalidades, o direito de retorno aos doadores, já não tem aplicação prática e uma venda súbita pode ser ser justificada por inadiáveis necessidades de ... qualquer coisa serve!

Em meu entender, estão a entregar o HH do Desterro às Misericórdias e a fornrcer-lhe meios para consolidar uma posição hegemónica (já a tem) no âmbito dos Cuidados Continuados Integrados.

Teria sido a fatia do bolo da Saúde que coube ao Sector Social.
Mas primeiro, necessitam de esquartejar, de parceria com o grande capital financeiro, o SNS e destruir o sector público.
Não me parece ser essa a actual maré...

Desde quando estva programada esta venda ou doacção?

8:17 da manhã  
Blogger Joaopedro said...

Controversa, no meu entender, é a solução seguida para o IPO de Lisboa. Uma unidade hospitalar que recebe doentes de todo o país, a carecer, por conseguinte, de uma localização central e de vários tipos de transportes públicos, nomeadamente de estações de metro.

"O valor da laranja é o valor do sumo que ela vai dar. Esse é o único método que existe em finanças empresariais."(Bernardo Pinto, a propósito da troca de terrenos da feira popular e do parque Mayer)

Uma laranja verdadeiramente sumarenta, o terreno onde está implantado actualmente o IPO de Lisboa, facto que mais terá pesado na decisão de transferir o IPO para os terrenos do Rock in Rio.
É assim, neste país da rockalhada.

10:10 da manhã  

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