Investir em I&D é preciso
I&D Indicadores, elaborado c/ dados da Eurostat, ano 2006 (05)
Vale sempre a pena investir em I&D?
A Nokia surgiu a partir de uma empresa falida, num país como a Finlândia, onde existiam muitos problemas, um dos quais era de comunicação. Depois começaram a olhar para o mundo. Hoje têm a maior empresa de equipamentos de telecomunicações móveis à escala global.
A Bial investe 20% da facturação em I&D. Se outras empresas portuguesas fizessem o mesmo, o País podia ir longe?
O sector farmacêutico necessita de mais I&D – a média internacional é da ordem dos 16%. A indústria aerospacial é capaz de investir 7% a 8% em I&D, a informática à volta de 10%. Em Portugal não há hábitos de investimento em I&D e penso que bastaria uma média de 5% de investimento em I&D nas 200 ou 300 maiores empresas para que Portugal desse um enorme salto competitivo à escala internacional e o PIB crescesse a 3%. Murteira Nabo disse um dia, na Cotec, que Portugal precisaria de uma Nokia. Não peço tanto. Bastariam duas ou três empresas competitivas à escala global, para arrastar outras.
Luís Portela, Presidente da Bial. Semanário económico 04.07.08 link
Portugal é dos países da EU27 que menos investe em I&D (0,83 do PIB). De salientar o fraco contributo da Indústria nacional, apenas 36,3% do total do investimento em I&D. Daí a oportunidade do alerta de LP para a necessidade das 200 a 300 maiores empresas nacionais investirem em média 5% em I&D, como condição para o arranque da nossa economia. É ao Estado Português que cabe a maior fatia (55,2%) do investimento total em I&D do nosso país. Digno de nota o esforço de investimento em Educação (5,4% do PIB) e o lisongeiro resultado quanto à exportação de produtos de alta tecnologia, 6,99 % do total das exportações.
A Nokia surgiu a partir de uma empresa falida, num país como a Finlândia, onde existiam muitos problemas, um dos quais era de comunicação. Depois começaram a olhar para o mundo. Hoje têm a maior empresa de equipamentos de telecomunicações móveis à escala global.
A Bial investe 20% da facturação em I&D. Se outras empresas portuguesas fizessem o mesmo, o País podia ir longe?
O sector farmacêutico necessita de mais I&D – a média internacional é da ordem dos 16%. A indústria aerospacial é capaz de investir 7% a 8% em I&D, a informática à volta de 10%. Em Portugal não há hábitos de investimento em I&D e penso que bastaria uma média de 5% de investimento em I&D nas 200 ou 300 maiores empresas para que Portugal desse um enorme salto competitivo à escala internacional e o PIB crescesse a 3%. Murteira Nabo disse um dia, na Cotec, que Portugal precisaria de uma Nokia. Não peço tanto. Bastariam duas ou três empresas competitivas à escala global, para arrastar outras.
Luís Portela, Presidente da Bial. Semanário económico 04.07.08 link
Portugal é dos países da EU27 que menos investe em I&D (0,83 do PIB). De salientar o fraco contributo da Indústria nacional, apenas 36,3% do total do investimento em I&D. Daí a oportunidade do alerta de LP para a necessidade das 200 a 300 maiores empresas nacionais investirem em média 5% em I&D, como condição para o arranque da nossa economia. É ao Estado Português que cabe a maior fatia (55,2%) do investimento total em I&D do nosso país. Digno de nota o esforço de investimento em Educação (5,4% do PIB) e o lisongeiro resultado quanto à exportação de produtos de alta tecnologia, 6,99 % do total das exportações.
2 Comments:
A maioria dos estudos internacionais sobre a penetração da Internet banda larga tem sido injusta para as cores portuguesas. Em regra, referem apenas o acesso através das redes de cobre (ADSL) e de cabo e esquecem as redes móveis que hoje representam a maior fatia dos acessos à Web no final do primeiro trimestre deste ano, 1,713 milhões de utilizadores acedia à Internet móvel e cerca 1,58 milhões ligava-se à Internet das redes fixas.
Um equívoco que não foi cometido pelo último estudo Consumer Lab da Ericsson que constatou que Portugal tem o mais elevado índice de utilização de banda larga móvel entre 11 países estudados (China, EUA, Reino Unido, Índia, Brasil, Japão, Suécia, México, África do Sul, Espanha e Rússia).
Esta originalidade nacional, segundo Rofolfo Correia, responsável pelo centro de competência Media da Ericsson Portugal, é explicado pelo facto de existirem 2,5 milhões de portugueses com uma atitude de “adopção precoce da tecnologia”. Um segmento no qual pontificam os “consumidores experimentados” (mais de um milhão) que já têm PC portátil e computador de cima de secretária, os profissionais com preocupações de carreira e ainda os chamados “jovens pioneiros”. Nestes últimos, incluem-se parte dos estudantes que beneficiaram em 2007 dos programas governamentais que facilitaram o acesso a equipamentos informáticos e à Internet (eEscolas e Novas Oportunidades).
Outros factores que explicam a explosão da Internet móvel, segundo Rodolfo Correia, resultam do facto de 34% dos portugueses terem PC portáteis (51% tem PC «desktop») e a competitividade existente entre os operadores móveis. Na prática, dois terços da população portuguesa têm PC, o que mais uma vez classifica bem o país a nível internacional.
IPTV tem potencial
Outra das consequências desta apetência dos portugueses pelas novas tecnologias é serem um bom mercado potencial para a subscrições em ‘pacote’. Por esse motivo, 22% dos consumidores portugueses têm acesso a 4 equipamentos ou serviços e 33% possuem telemóvel, Internet e linha fixa. Por outro lado, este estudo da Ericsson, realizado em Portugal continental entre Fevereiro e Março deste ano, constata que o país tem boas condições para o desenvolvimento dos negócios da IPTV (TV sobre a rede de cobre) e atendendo à elevada penetração de receptores TV nos lares (94%) e à relativa baixa penetração do cabo e da TV satélite (52%). No mesmo sentido, o estudo revela que os os portugueses demonstram grande interesse no «video on demand» (video a pedido) e TV interactiva.
expresso 05.07.08
O quadro mostra três aspectos que se destacam:
- O nosso investimento em Educação é em termos percentuais idêntico aos nossos parceiros comunitários.
- Investimos em I&D sensivelmente metade da média da Europa a 27.
- O grande esforço desse investimento é feito pelo Estado.
Conhecendo-se o País percebe-se que tal se deve ao pouco interesse do sector privado em investir em I&D. Não só por culpa própria, mas também porque o ensino universitário tem vivido de costas voltadas para o mundo real.
Há pois que saudar a iniciativa de criar um grande "cluster" nacional de investigação em ciências da saúde de que Luís Portela é dos principais impulsionadores.
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