Crime económico, she said
Não se trata de um orçamento rectificativo, mas de um esclarecimento rectificativo de MBR. A nota da redacção trouxe-me à memória uma velha anedota atribuída ao Bocage que, por indecorosa, me limito a insinuar. De qualquer forma fica a rectificação.
Tá Visto
Esclarecimento
Recebemos da dr.ª Maria de Belém Roseira, presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, uma carta que transcrevemos:
«Exmo. Senhor director do "Tempo Medicina"
Publicou o Jornal de que V. Exa. é director uma reportagem sobre a discussão das "carreiras médicas" ocorrida no jantar-debate promovido pela Ordem dos Médicos no passado dia 17 de Junho de 2008. link
Só durante a leitura da imprensa de fim-de-semana me apercebi da importância que foi dada à minha intervenção nessa ocasião e da incorrecção das declarações que as aspas utilizadas na sua transcrição me atribuíam em discurso directo, designadamente que o sector privado "cresceu à custa de recursos públicos" sem que tivessem sido negociadas contrapartidas. Esta "distracção" acusou Maria de Belém Roseira, constitui um "crime económico".
Ora, o que eu referi e repito é que o sector privado — e é bom ter projectos privados consistentes que permitam a opção dos profissionais pelo tempo inteiro — cresceu à custa dos recursos humanos públicos, sem que tivessem sido negociadas contrapartidas. E que essa distracção constitui um prejuízo público (sublinhados meus).
Expliquei que isso decorria do facto de a formação médica pré e pós-graduada ser feita e paga exclusivamente com recursos públicos, o que significava, com os recursos de nós todos enquanto contribuintes. Acrescentei que não me pareceria mal que nos serviços privados com idoneidade atribuída pela Ordem dos Médicos a formação médica pudesse ser assumida em forma a articular com o Estado e onde essa idoneidade fosse apenas parcial que pudesse realizar-se uma geminação com entidades públicas que a completassem, sendo paga essa parte da formação pela entidade privada de origem.
A omissão de uma palavra e a troca de outra adulteraram o conteúdo da parte da minha intervenção que foi objecto de notícia. A verdade e o rigor reclamam a sua correcção. Pelo que conheço de V. Exa. e do Jornal, tenho a certeza que esta imprecisão não foi intencional e que todos ganharemos com a sua correcção, com o destaque devido.
Poderá, certamente, testemunhar o que afirmo o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos, que tudo presenciou.»
N.R. — Gostaríamos, antes de mais, de expressar o nosso agradecimento pelo envio da carta. Certamente contribuirá para que os nossos leitores fiquem esclarecidos em relação à opinião da dr.ª Maria de Belém Roseira sobre o tema do referido jantar.
Nós, que a tudo assistimos e de quase tudo tomámos nota, esclarecemos também que as expressões foram ditas como as escrevemos. Mas bem percebemos que a subscritora da missiva preferiria ter dito de outra forma. Fica o esclarecimento
Tempo de Medicina, 2008.07.07
Esclarecimento
Recebemos da dr.ª Maria de Belém Roseira, presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, uma carta que transcrevemos:
«Exmo. Senhor director do "Tempo Medicina"
Publicou o Jornal de que V. Exa. é director uma reportagem sobre a discussão das "carreiras médicas" ocorrida no jantar-debate promovido pela Ordem dos Médicos no passado dia 17 de Junho de 2008. link
Só durante a leitura da imprensa de fim-de-semana me apercebi da importância que foi dada à minha intervenção nessa ocasião e da incorrecção das declarações que as aspas utilizadas na sua transcrição me atribuíam em discurso directo, designadamente que o sector privado "cresceu à custa de recursos públicos" sem que tivessem sido negociadas contrapartidas. Esta "distracção" acusou Maria de Belém Roseira, constitui um "crime económico".
Ora, o que eu referi e repito é que o sector privado — e é bom ter projectos privados consistentes que permitam a opção dos profissionais pelo tempo inteiro — cresceu à custa dos recursos humanos públicos, sem que tivessem sido negociadas contrapartidas. E que essa distracção constitui um prejuízo público (sublinhados meus).
Expliquei que isso decorria do facto de a formação médica pré e pós-graduada ser feita e paga exclusivamente com recursos públicos, o que significava, com os recursos de nós todos enquanto contribuintes. Acrescentei que não me pareceria mal que nos serviços privados com idoneidade atribuída pela Ordem dos Médicos a formação médica pudesse ser assumida em forma a articular com o Estado e onde essa idoneidade fosse apenas parcial que pudesse realizar-se uma geminação com entidades públicas que a completassem, sendo paga essa parte da formação pela entidade privada de origem.
A omissão de uma palavra e a troca de outra adulteraram o conteúdo da parte da minha intervenção que foi objecto de notícia. A verdade e o rigor reclamam a sua correcção. Pelo que conheço de V. Exa. e do Jornal, tenho a certeza que esta imprecisão não foi intencional e que todos ganharemos com a sua correcção, com o destaque devido.
Poderá, certamente, testemunhar o que afirmo o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos, que tudo presenciou.»
N.R. — Gostaríamos, antes de mais, de expressar o nosso agradecimento pelo envio da carta. Certamente contribuirá para que os nossos leitores fiquem esclarecidos em relação à opinião da dr.ª Maria de Belém Roseira sobre o tema do referido jantar.
Nós, que a tudo assistimos e de quase tudo tomámos nota, esclarecemos também que as expressões foram ditas como as escrevemos. Mas bem percebemos que a subscritora da missiva preferiria ter dito de outra forma. Fica o esclarecimento
Tempo de Medicina, 2008.07.07
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