Faz algum sentido ?
À ministra Ana Jorge, o primeiro-ministro entregou como principal missão apagar o fogo em que ardia a política da Saúde, então comandada por Correia de Campos. Mas com uma condição: não mudar de política mesmo que, para tal, fosse necessário mudar alguma coisa. Assim se explicam duas decisões em sinal contrário num curtíssimo espaço de tempo: acabar com a gestão privada no Amadora-Sintra e entregar a gestão do futuro hospital de Cascais a um consórcio privado através de uma PPP. Faz algum sentido? Na substância, é óbvio que não, mas na aparência sempre parece que alguma coisa está a mudar. As aparências iludem -- pelo menos por algum tempo, mas não mudam a natureza das coisas e muito menos da política. Na realidade, o que todos ficámos a perceber é que, também na Saúde, os favores aos grandes grupos financeiros são para continuar. Sócrates só sabe governar assim.link
A ministra Ana Jorge está refém deste difícil jogo de ilusões e ambiguidades.
A ministra Ana Jorge está refém deste difícil jogo de ilusões e ambiguidades.
João Semedo, TM 01.09.08
Etiquetas: Parcerias da Saúde
6 Comments:
Inteiramente de acordo com a análise do JS.
A política de entrega do SNS aos grupos privados continua.
Quanto ao HH de Cascais das negociações que decorrem resultarão certamente novos encargos para o Estado.
Estou a pensar nas instalações do serviço de Oncologia não previstas no actual projecto de arquitectura.
Como diz o provérbio popular: o que nasce torto...
Mas o qque releva efectivamente desta situação é a manutenção de um elevado nível de incoerência política, traduzido em prejuízos de vária ordem.
Mais um
«ataque feroz às PPP, aproveitando, muitas vezes de forma desviante, as noticias publicadas a este respeito, com argumentos frágeis e esvaziados de base documental.»
Este bacano que se dizia profundo expert das PPP das escolas do RU,lançou também uns bitaites e nunca mais deu sinal de vida.
Deve ter ido pregar para outra freguesia.
O JS alerta a propósito para esta grave incoerência do Sócrates em manter as PPP hospitalares.
Assim não vai conseguir a Maioria Absoluta (perdoem-me a chantagem).
A 1.ª página do TM reza assim:
"Sete meses depois de assumir a pasta da Saúde, a ministra Ana Jorge está longe de corresponder às expectativas da oposição. A manutenção das políticas do seu antecessor, bemcomo o atraso nas reformas em curso, são as principais críticas apontadas, apesar de a mudança de discurso não passar despercebida"
Há uma contradição evidente nestas premissas: Manutenção das políticas do seu antecessor e atraso nas reformas em curso.
Então as reformas em curso não fazem parte da politica do seu antecessor?
É evidente que isto é tudo treta da oposição. Muito bem representada por Regina Bastos que teve o desplante de aceitar o cargo de secretária de estado num dos governos PSD. Teresa Caeiro, a loira do CDS/PP. Maria Antónia Almeida Santos, que tenta fazer o que pode. E o Francisco ainda muito verde para estas andanças.
Segundo o DE, o novo hospital do Oeste Norte deverá ser construído em Alcobaça no âmbito do acordo compensatório pela "perda" do aeroporto da OTA, estabelecido entre o Governo e as Autarquias.
O terreno de 11,5 hectares junto à freguesia de Alfeizarão e à A8, foi adquirido à autarquia por 3,5 milhões de euros, com base num estudo da Escola de Gestão do Porto que considerou aquela localização de excelente.
Pergunta-se:
a)O total do esforço compensatório terá sido devidamente estimado e plafonado, sob risco de as vantagens económicas (?) da solução Alcochete irem por água abaixo;
b) Mais um estudo para a Escola de Gestão do Porto.
Qual o critério(s) utilizado por este Governo para a adjudicação deste tipo de estudos?
c) O Ministério da Saúde terá sido certamente consultado ou intervido nesta decisão.
d) Uma coisa é quase certa. A nova unidade não será certamente importunada pelo aterrar e descolar dos aviões.
Há duas semanas a cidade das Caldas recebeu uma comissão do Ministério da Saúde que visitou os terrenos que a Câmara indicou para a construção do futuro Hospital Oeste Norte.
Fernando Costa confirmou esta visita, mas alegou não poder falar mais sobre o assunto. Porém, sabe-se a comissão visitou terrenos na zona da Matel, ao contrário daqueles que inicialmente tinham sido indicados ao estudo de Daniel Bessa, na zona dos Texugos, e que eram dois terrenos divididos ao meio.
Com esta nova indicação e com terrenos mais a sul do Oeste, logo mais próximos de Óbidos, Peniche, Bombarral, Lourinhã e Cadaval, as hipóteses de Caldas da Rainha vir a receber a nova unidade de saúde podem estar mais encaminhadas, apesar da mesma comissão ter visitado os terrenos indicados pela Câmara de Alcobaça, em Alfeizerão.
Jornal das Caldas 23 Abril 2008
Se o professor Bessa não acertou à primeira...
Foi então necessário recorrer a uma partidinha de Sueca para decidir a localização, o local apropriado do Hospital ganha pela equipa de Alcobaça.
Os das Caldas tramaram-se.
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