HH Oeste Norte
A contruir em Alcobaça
«Segundo o presidente da Câmara, Gonçalves Sapinho, os 11,5 hectares junto à freguesia de Alfeizarão, junto à A8, foram adquiridos (3,5 milhões de euros) com base num estudo da Escola de Gestão do Porto, coordenado por Daniel Bessa, que considerou esta localização excelente.» DE 02.09.08
Mais uma grande decepção para a gente das Caldas. Salve-se a olaria, famosa pela sua utilidade e método de fabrico, totalmente artesanal.
Mais uma grande decepção para a gente das Caldas. Salve-se a olaria, famosa pela sua utilidade e método de fabrico, totalmente artesanal.
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Em contrapartida, os utentes, desse projectado HH, vão deliciar-se com o famoso pão-de-ló local!
E a propósito desta nova localização do HH Oeste, em que pé estamos em relação ao IPO (Lisboa)?
Hospital Oeste Norte. 15 Hectares. Porquê? Para quê?
Porque este projecto se constitui, desde 2001, um conceito integrado de cuidados de saúde.
Está muito para além de um edifício hospitalar. Enquadra 5 edifícios: um edifício hospitalar, com um jardim interior com cerca de 10 000 m2); um centro de saúde (medicina familiar, saúde pública, prevenção, promoção e educação para a saúde); um edifico sócio -cultural (creche, centro de dia, centro lúdico, biblioteca e centro de formação); um pavilhão multiusos (medicina física e reabilitação, auditório, desporto, lazer e animação hospitalar); um hotel maternal (apoio social a mães e recém-nascidos); um hotel / residencial (suites vitalícias para a 3ª idade).
Ainda deve existir um edifício onde se instale um centro de cuidados continuados (60 camas, com uma diária a 25% do custo da diária das camas de agudos), para facilitar a programação de altas precoces, melhorar a eficiência das 250 camas de agudos e a performance global do hospital.
Numa obra desta natureza não podemos trocar área de superfície por caves, que num complexo deste tipo albergam instalações técnicas, arquivos, zonas de circulação e túneis de ligação dos diversos edifícios para circulação de pessoas e materiais.
Para a estrutura de profissionais (cerca de 1600) que este centro emprega para atingir uma performance elevada, em termos de eficiência interna e económica, devem existir cerca de 1200 lugares de estacionamento, para parquear as viaturas dos profissionais, doentes e visitantes, mesmo prevendo-se um boa rede de transportes urbanos com a cadência de 15 em 15 minutos;
Neste conceito moderno estrutura hospitalar cabe um parque de lazer e diversão que albergue, entre outros, um campo polivalente, cortes de ténis, jardim, pequeno lago, circuito de manutenção, parque infantil e pista de trânsito.
É preciso afectar cerca de 2000 m2 a área comercial de auto suporte. A nossa responsabilidade social obriga-nos a inventar projectos que sustentem organizações, cada vez mais sustentáveis, e que não onerem e sobrecarreguem o erário público.
Os novos conceitos de gestão dos serviços públicos só podem ser aplicados se a concepção arquitectónica e o seu modelo de investimento o permitirem.
O nosso país está cheio de edificações que não só não cuidaram e definiram bem o seu conceito e mais – valias sociais, como os seus promotores não se preocuparam com o prazo de retorno do investimento que justificasse o “ value for money” dos elevados recursos afectados
O Complexo Hospitalar do Oeste Norte tem a ambição de ser um projecto com um pay – back, inferior a dez anos, para ser constituir como um exemplo de boas práticas da administração pública. Só assim podemos dizer às novas gerações que estamos a inventar e a construir o nosso futuro colectivo e não a comprometê-lo, como fomos habituados ao longo dos tempos longínquos e dos mais recentes, mesmo em investimentos hospitalares (vide caso, falado em todo o país, dos hospitais: Abrantes; Torres Novas e Tomar). Para não cometer este erro, propomos um centro integrado de cuidados de saúde, em rede, para os mesmos 250 000 habitantes.
Se for criada uma rede de transportes dedicados entre as cidade de Peniche e Alcobaça / Caldas, estamos a melhorar a eficiência das deslocações de doentes, visitantes e profissionais, e a sustentabilidade ambiental e económica desta grande obra, aos serviços de Oestinos e da sua qualidade de vida.
José Marques Serralheiro, administrador hospitalar.
Jornal da Nazaré.
nota: Por curiosidade informo que a localização Caldas versus Alfeizerão significa no período de 10 anos, menos: 92,4 milhões de km percorridos em viaturas particulares; 1, 54 milhões de horas gastos em deslocação; 15,4 milhões de euros gastos no consumo de combustível, e ainda 9, 2 milhões de toneladas de emissão de CO 2
José Pedrosa, recém eleito Presidente do PS Alcobaça, não vê necessidade de se construir no concelho de Alcobaça ou aqui perto o Hospital Oeste-Norte. Para o socialista, Alcobaça tem no Hospital de Santo André, de Leiria, a sua referência em termos de cuidados de saúde urgentes. A unidade, recorda, “foi construída para servir 350 mil habitantes, 70 mil dos quais dos concelhos de Alcobaça e Nazaré”. Estando a 20 minutos de distância, o socialista não vê razão para se construir já o hospital do eixo norte.
José Pedrosa defende que deve ser dada prioridade aos Hospitais degradados da região oeste, como o de Alcobaça e Torres Vedras, lembrando que já foram investidos 50 milhões de euros em obra de adaptação do Centro Hospitalar de Caldas da Rainha, não fazendo, por isso, sentido que se venha a construir uma nova unidade na cidade termal ou ali perto, na freguesia de Alfeizerão, no concelho de Alcobaça, tal como defende o estudo elaborado pelo economista Daniel Bessa e que tem estado na origem de uma forte polémica entre concelhos vizinhos.
Apesar de reconhecer as limitações do Hospital Bernardino Lopes, José Pedrosa adianta que este funciona de forma adequada e com um serviço de urgências básicas para atender às primeiras necessidades.
A provável construção de um Hospital privado com 300 camas e com carácter de investigação na Nazaré é mais um argumento de José Pedrosa contra a construção do mega hospital do Oeste-Norte. Para o socialista, este investimento de capitais israelitas “vai obrigar a repensar todo o sistema hospitalar da região pois as pessoas, desde Leiria a Caldas da Rainha, vão ter ali uma unidade de referência em termos privados”
PSD classifica de inaceitáveis as afirmações de José Pedrosa
O PSD quis repudiar publicamente as declarações do Presidente da Concelhia do PS e lembrar que os socialistas colocaram no seu Programa Eleitoral de 2005 a construção do Hospital Oeste-Norte, localizado em Alfeizerão.
Paulo Inácio, Presidente do PSD de Alcobaça, acusou os socialistas de mudarem sistematicamente de opinião ao afirmarem que não são contra o Hospital mas antes contra questões formais. Para o PSD os socialistas escondem-se atrás deste argumento para não admitirem publicamente que são é contra aquele investimento da administração central e isso ficou demonstrado, adiantou Paulo Inácio, nas afirmações de José Pedrosa à imprensa ao considerar que o Hospital Oeste-Norte não é uma prioridade.
Paulo Inácio classificou de inaceitável e imperdoável esta afirmação de José Pedrosa acrescentando que deve ser denunciada para que os alcobacenses saibam o que se está a passar. O social-democrata não compreende como é que o Presidente do PS Alcobaça tem vindo a público manifestar-se preocupado com a situação económica das famílias alcobacenses, a perder poder de compra há alguns anos, quando está, agora, a defender algo que pode hipotecar o futuro do concelho. É que, defende o social-democrata, não é com estas atitudes que se desenvolve o concelho de Alcobaça.
O Presidente da Câmara, Gonçalves Sapinho, em reacção à posição de Pedrosa sobre o Hospital disse ao Região da Nazaré que ou o Presidente da concelhia socialista está desfasado ou não está dentro do assunto e se assim for terá de escrever ao Primeiro Ministro e gestores de saúde do país a pedir esclarecimentos. É que, disse o autarca, a construção do Hospital do Oeste-Norte não é um problema da Câmara de Alcobaça mas sim do Governo embora caiba à autarquia a obrigação de criar e oferecer condições para que o investimento venha para Alcobaça.
Gonçalves Sapinho disse ainda que não se pode misturar o Hospital Oeste-Norte com os existentes em Alcobaça, Caldas da Rainha, Leiria ou Peniche pois são coisas que estão em patamares diferentes embora, acrescentou, “o senhor Doutor Pedrosa, na sua douta sabedoria, ache que não”. “São opiniões”, acrescentou. Para o autarca não se pode é continuar a defender um Hospital para cada um mas talvez, comentou, “o
olho clínico de José Pedrosa veja o contrário”.
Jornal da Nazaré
Múltiplos interesses fervilham à volta da Saúde.
Para justificarem todos estes investimentos qualquer dia até nos pagam para ficarmos doentes.
O desentendimento entre Alcobaça e as Caldas da Rainha sobre a localização da nova unidade de saúde, para servir 250 mil pessoas, levou o Ministério da Saúde a nomear uma Comissão Independente para decidir qual é a melhor localização.
A novidade foi transmitida pela secretaria de Estado da Saúde a Gonçalves Sapinho, presidente da Câmara de Alcobaça. Num encontro que manteve em Lisboa na secretaria de Estado da Saúde, o autarca ficou a saber que o novo Hospital Oeste-Norte é uma garantia mas que a sua localização não está, afinal, ainda decidida.
Um estudo à rede de urgências da região Oeste, da autoria do economista Daniel Bessa, ex-ministro socialista, apontou a Quinta do Vale da Cela, em Alfeizerão, como a melhor escolha para a instalação da nova unidade de saúde. Mas Caldas da Rainha tem contestado a escolha dizendo que não faz sentido se o objectivo é servir vários concelhos no Oeste e ser, em termos de tempo, o mais rentável possível.
A Câmara de Alcobaça aprovou, recentemente, a aquisição da Quinta por 3,5 milhões de euros.
O próximo passo será trocar esse megapolo da Saúde em Alfeizarão, nas Caldas ou onde calhar, pelo aeroporto de Alcochete.
Ou mandar o Prof. Daniel Bessa para casa e entregar o caso ao LNEC
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