quarta-feira, setembro 17

Valha-nos a gripe

foto forjada de Palin
Na mesma semana em que o governo de Bush evitou o colapso da "American International Group" (AIG) (a maior seguradora dos EUA, patrocinadora do MU de Cristiano Ronaldo), Sarah Palin, admitiu a hipótese deste país declarar guerra à Rússia, caso esta insista na invasão da Geórgia link

Para Geert Leroux-Roels, um expert belga que participa no III Congresso Europeu, que decorre em Vilamoura, quando começar a pandemia das aves será «o fim da humanidade».
link

Neste caso não há Fed (Reserva Central EUA), nem Caixa Geral de Depósitos que nos salve.

9 Comments:

Blogger tambemquero said...

(...) O factor Palin tornou-se o maior trunfo de campanha dos republicanos e até agora os democratas não encontraram a resposta para o problema. A improvável governadora que está pronta a declarar guerra à Rússia e acredita que os americanos estão no Iraque por desígnio de Deus é o oposto de Obama - é mais do mesmo, para pior. Talvez por isso, roubou o factor novidade ao senador do Illinois. E como má publicidade é melhor do que nenhuma publicidade, a campanha passou a estar na sombra de Sarah Palin - incluindo o próprio John McCain.(...)
Miguel Gaspar, JP 18.09.08

11:53 da manhã  
Blogger Joaopedro said...

Quem lhe dava uns tirinhos...

3:32 da tarde  
Blogger tambemquero said...

A conjuntura é desfavorável a Mcain:

Implications of the AIG bailout
I heard about the Fed's bailout of AIG last night while sitting in the stands at Yankee Stadium (watching the White Sox defeat the Yankees, the desired outcome). The seats in front of me were occupied by Wall Street types, all expressing a great deal of relief that the Fed had come to it's senses and done the right thing. Now the markets would settle down and they could get back to making money.

My reaction was somewhat different.

AIG's failure was a direct result of it's exposure to billions of dollars of liabilities from insanely complex financial instruments it sold to banks and other financial firms. These instruments were neither fish nor fowl; neither bonds nor insurance policies they were not subject to any regulation or oversight. None.

When things were good, the lack of onerous regulatory oversight was great; it allowed the free market to price, assess risk, and trade without the friction and inefficiency inherent in the oversight process.

This morning the 'cost' of regulation looks like a pretty good deal compared to the $85 billion taxpayers are paying to save AIG. I'd also note that our (we taxpayers') ultimate liability may be a lot more than $85 billion. We own AIG and if it needs more capital, we're going to provide it.

It is going to be interesting to watch how the financial industry reacts to this disaster. And disaster it is; the largest Federal takeover of a private company on record. Will they welcome oversight and regulation, seeing it as a necessary cost of doing business or will they chafe under the 'burden' of that oversight?

The broader issue is the impact of the disaster on government policies and politics. In the health insurance market, the GOP has been advocating a dramatically reduced role for regulators, calling for an end to mandated benefits, Certificate of Need processes, and prohibitions against the interstate sale of policies. This would almost certainly result in insurance companies filing their policies in those states with the least amount of regulation and the lowest capital requirements.

Individuals buying those policies would have to hope any problems would be quickly and competently addressed by an insurance department in some other state, led by a commissioner unconcerned with the problems of citizens living outside his/her voting district.

The current climate does not favor de-regulators, a dynamic that may well influence how voters feel about the candidates' health reform proposals.

Joseph Paduda, 17.09.08

4:28 da tarde  
Blogger ochoa said...

O pessoal o que quer é ... and rock and roll.
Depois da Palin, o Obama que não se cuide.

5:28 da tarde  
Blogger rezingão said...

Ecos Ocos…

Numa altura em que, na pátria mãe do liberalismo e do mercado, se assiste ao desmoronamento do sistema financeiro com consequências (ainda) inimagináveis sobre a economia no mundo, PKM revisita, hoje no DE, o tema do público versus privado, na saúde.

A partir de um afloramento demagógico coloca a seguinte questão: …” Que sistema de saúde permite que um médico dentista assegure urgência básica num centro de saúde em Odemira sem formação para o fazer? “…Afinal saberá PKM quantos médicos (dos cerca de 7000 que trabalham nos CSP) têm formação em suporte avançado de vida? E já agora quantos dos médicos que exercem actividade em unidades privadas (muitas promovidas como urgências ou atendimentos permanentes) têm essa formação?

É claro que este tipo de discussão é irrelevante para PKM que prefere persistir na “obsessão” Amadora-Sintra nostálgico dessa terrível injustiça que foi desistir de uma relação público-privado “tão exemplar”.

Se PKM estivesse disponível seria muito interessante alimentar um grande debate sobre o mercado e as suas falhas.

Deixamos aqui alguns temas, a título de desafio, para as suas crónicas no DE:

- O Estado, a regulação e a supervisão (Enron e processos de contabilidade criativa);
- As virtudes e os defeitos da gestão privada e a falência do Lehman Brothers (depois da distribuição de seis mil milhões de dólares em 2007 aos gestores e o despedimento, em 2008, de 24000 trabalhadores);
- O perigo do vazio provocado, no caso do sector público sofrer um qualquer evento de crise de reputação, e a credibilidade do sector privado após a nacionalização da Fannie Mae e da Freddie Mac nos EUA;
- O financiamento privado, em saúde, e a ameaça de falência do gigante segurador norte-americano – AIG;
- A falta de competências do Estado, para acompanhar e monitorizar contratos “complexos”, e as falhas de regulação, supervisão e controlo (sistema financeiro, ensino superior, electricidade, combustíveis );
- As falhas na formação e regulação, no acesso à actividade clínica, e o respeito dos ratios técnicos e das competências específicas, nas unidades privadas de saúde.

Valha-nos o Miguel de Sousa Tavares que hoje, na TVI, arrasou a hipocrisia do mercado e as consequências da cegueira e da ganância pelo lucro proclamando, com lucidez, o fim do mito neo-liberal e da captura do Estado pelos interesses particulares.

Imaginemos o que seria privatizar a CGD, a segurança social ou o sistema de saúde…

Depois dos ecos de Tallinn, e dos ecos de Odemira os ecos do fracasso do “mercado à solta” deixarão, (felizmente) por muitos anos, os arautos das virtudes privadas a falar sozinhos sem eco audível na sociedade. É que gato escaldado da água fria tem medo...

9:24 da tarde  
Blogger e-pá! said...

GRIPE AVIÁRIA

Embora, no Oriente. estejam registados alguns casos de transmissão aves-homem, não foi demonstrada, para o subtipo de virus H5N1, capacidade de infecção inter-humana.
Se a capacidade de transmissão homem a homem existisse, certamente que originaria uma pandemia com consequências drásticas, já que a eficácia no tratamento do oseltamivir carece de melhores evidências. Na prevenção, talvez funcione.
Mas, atenção, segundo a OMS,vem aí outro surto de gripe com alta virulência e dirigida para o Ocidente...
De modo que o expert belga, tem grandes possibilidades de acertar...

OBAMA versus McCAIN

Da leitura de várias sondagens, que inundam os blog's e a imprensa por todo o Mundo, a última que retive refere-se a blog português com alta qualidade e rigor link.

A sondagem é da CBS (Columbia Broadcasting System)link - uma das maiores redes de televisão e rádio dos EUA, e previa:

Em 08.09.08
McCain - 46%;
Obama - 44%.

Hoje:
McCain - 43%;
Obama - 48%.

John McCain para manter-se na pool position necessita de mobilizar e "convencer" a quase totalidade da direita que, sendo seus naturais apoiantes, muitos poderão estar desinteressados, quer pelas guerras no exterior, quer pela calamitosa situação económico-financeira que a Administração Bush deixa de herança.
Se eu estivesse na eminência de ficar sem casa, imputaria as responsabilidades à Administração Bush e pouco me importaria com a verborreia e as justificações de quem há 8 anos está no poder...

Barak Obama, tem outro tipo de questões com o eleitorado democrata, nomeadamente algum receio derivado da sua raça e de ser pouco experiente na governação.
Poderá, apesar do contributo de Joe Biden, levantar ainda dúvidas, mas não foi ao bolso do contribuinte, o que será um trunfo.

A disputa eleitotal acaba por se transferir para os "moderados" e pela capacidade de motivar estes a votar.
Neste campo, Barack Obama leva vantagem sobre o falcão John McCain.

Nota final:

Qual o real peso dos(as) vices na escolha do eleitorado.
Não estará a ser empolado?
Quanto tempo durará o efeito Sarah Palin, que já regressou ao Alasca?

Quando John Kennedy foi eleito alguém conhecia (politicamente falando) Lyndon B. Johnson?

PKM in DE

Sem comentários...
Julgava-o a "divertir-se" em Estocolmo.

12:22 da manhã  
Blogger tambemquero said...

(...) A posição de Sarah Palin vem no seguimento de outros políticos e de um reaccionarismo social (e político) impensável ainda há bem poucos anos. Já não bastava saber-se que a candidata só tem passaporte desde há um ano, o que implica que não conhece o mundo. Mas travestir uma discussão da esfera política para a esfera do religioso é um precedente perigoso. Perigoso para o Ocidente e para a democracia, que não deve ser confundida com uma opção religiosa contra alguém. É que, numa discussão religiosa, há dificuldade em distinguir um fundamentalista islâmico de um fanático cristão, e nós, politicamente, nada temos a dizer sobre tais discussões. A não ser que esta é mais uma boa razão para votar Barack Obama. Sem hesitações.
Luís Campos e Cunha, JP 19.09.08

9:08 da manhã  
Blogger Hermes said...

Cumprimento o Rezingão pelo excelente post “Ecos Ecos” cujo nível passou despercebido ao blogue.

Hermes

10:09 da manhã  
Blogger tambemquero said...

As I posted earlier today, I believe the feds did the right thing in making sure AIG did not fall.

But as the dust settles, that takes us to another big question--the question of more or less regulation generally and, more specifically for readers here, more or less regulation for the health insurance industry.

The first thing to note is that the existing state regulation of the insurance industry generally worked well in AIG's case. AIG's mainstream insurance business is in great shape.

AIG's problems were in its bond wrap business--the financial side. That said, those were insurance products and the regulators blew it in letting them so leverage the company where they essentially guaranteed the housing bubble. My 20-something son passed on buying his first house in 2004 and 2005 because he was smart enough to smell a bubble--but the AIG guys weren't and that is unforgivable.

The nation's perspective on the regulation of business will now very correctly focus on getting our financial regulatory systems back to what they should have been. Even Palin and McCain are calling for the regulators to do their jobs!

This is also a reminder that there needs to be a very even balance between government regulation and private enterprise. A balance that has clearly gone too far in favor of greed.

John McCain has called for a more vibrant and more unregulated health insurance market as a core solution to our health care problems. Whether or not he is elected, I expect those ideas are now incredibly out of step with voters more than wounded in recent days by the unfettered market.
ROBERT LASZEWSKI 17.09.08

10:29 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home