Sócrates, cool
No último debate quinzenal sobre a Saúde (14.01.09), o primeiro ministro, José Sócrates, confirmou no Parlamento a injecção de 940 milhões de euros para pagamento de “todas as dívidas vencidas e validadas dos hospitais EPE aos fornecedores.” link
Mais 100 milhões para a Rede de Cuidados Continuados Integrados, destinados à criação de mais 4650 camas em 2009 para idosos e dependentes.
Anunciou ainda a contratação de 250 especialistas em medicina geral e familiar e a formação de 281 novos internos da especialidade para alargamento da cobertura dos médicos de família. E a criação do primeiro banco público de células do cordão umbilical para garantir o acesso gratuito e universal às células criopreservadas.
Na cerimónia de assinatura dos protocolos com as misericórdias, realizada no dia seguinte, para a criação de mais 3.138 camas de cuidados continuados, José Sócrates lembrou o trabalho desenvolvido pelo ex-ministro da Saúde Correia de Campos : «O meu querido amigo Correia de Campos sempre batalhou para que existisse esta rede de cuidados continuados»
Mais 100 milhões para a Rede de Cuidados Continuados Integrados, destinados à criação de mais 4650 camas em 2009 para idosos e dependentes.
Anunciou ainda a contratação de 250 especialistas em medicina geral e familiar e a formação de 281 novos internos da especialidade para alargamento da cobertura dos médicos de família. E a criação do primeiro banco público de células do cordão umbilical para garantir o acesso gratuito e universal às células criopreservadas.
Na cerimónia de assinatura dos protocolos com as misericórdias, realizada no dia seguinte, para a criação de mais 3.138 camas de cuidados continuados, José Sócrates lembrou o trabalho desenvolvido pelo ex-ministro da Saúde Correia de Campos : «O meu querido amigo Correia de Campos sempre batalhou para que existisse esta rede de cuidados continuados»
Tão amigos que Nós éramos.
joão pedro
Etiquetas: joão pedro
3 Comments:
Sócrates, cool or disabling?
Correia de Campos, batalhou, onde tinha espaço, isto é, no terreno político (será politics?), pela existência de uma Rede de Cuidados Continuados e, provavelmente, foi a área de intervenção na Saúde onde terá conseguido melhores resultados.
Faltou recordar - o seu a seu dono - que esta Rede já estava pensada no PNS 2004/2010 - Estratégias para a Gestão da Mudança, pág. 159 (será policies?) e aprovada em 2003 [ Decreto-Lei n.o 281/2003, de 8 de Novembro], na vigência do Ministro Luís Filipe Pereira, do já remoto e de triste memória - XV Governo Constitucional (Barroso/Portas).
Mas, recordar os que ficaram pelo caminho é, hoje, muito camoniano, muito magnificente, enfim in!.
Integra na pré-campanha (já estamos nessa, não é?) aqueles que, por actos valorosos, da lei da morte se foram libertando ou, de "outros", peregrinos actores que - alegoricamente, claro está - sairam da frugal barca...vicentina, para a militância compensatória e retributiva.
O que ouvimos em Ovar serão prédicas fúnebres para ex-governantes ou um antecipado aviamento rumo a Estrasburgo, perdão, para o Louise Weiss building in Strasbourg?
O gostariam os utentes e ostrabalhadores do SNS, que se tivesse ouvido?
Simples: leisure!
isto é, ...uma simples referência ao incansável trabalho de todos os intervenientes - médicos, enfermeiros, técnicos D & T, serviço social, auxiliares, etc. - que, efectivamente, todos os dias constroem e mantêm funcional e operativa, a dita Rede, que se vai expandindo...
E, se quisesse destacar alguém deste agrupamento, Sócrates, não deveria passar como cão por vinha vindimada, não devia atropelar, o infatigável e profícuo esforço da Drª. Inês Guerreiro, que se tem dedicado com aptidão e competência à coordenação deste projecto. Com a sua discreta eficiência e a pia colaboração do Sector Social da Saúde...têm alguma coisa para mostrar aos portugueses, para além da crise!
Mais lúgubre não pode ser a previsão da Economist sobre a recessão económica em Portugal no corrente ano e em 2010. Decréscimo de 2% no produto, desemprego a disparar para perto dos 9%, défice orçamental nos 4,5%, deflação efectiva, dívida pública a atingir os 70% do PIB.
Por menos credível que seja o registo histórico das previsões do Economist em relação a Portugal, ainda assim são perspectivas muito preocupantes.
Neste contexto de encurralamento das finanças públicas, limitando a margem de manobra do Estado para apoiar a economia, falar em redução do IRS, como ontem insistiu a líder do PSD, não é politicamente sério nem, muito menos, responsável.
Eu sei que o mal dos outros não deve servir de lenitivo para o nosso, mas eu espero bem que em Portugal a recessão não atinja a dimensão catastrófica da Irlanda, o primeiro país da zona euro a entrar em recessão em 2008 e onde para 2009 se prevê uma contracção do produto de -4,5%, um défice orçamental de cerca de 9,5% (mais do triplo do limite do PEC!) e uma taxa de desemprego de 10%!
O afundamento irlandês é ainda mais calamitoso, se se tiver em conta que ainda em 2007 o "tigre celta" apresentava um robusto crescimento económico (mais de 5%), uma reduzida taxa de desemprego (à volta de 4,5%) e um superavit orçamental. O "milagre irlandês" ameaça acabar em pesadelo.
Não fora a protecção da zona euro, e a Irlanda poderia seguir o caminho da falência da Islândia...
Vital Moreira, causa nossa
É caso para perguntar: Aonde é que o Sócrates vai buscar tantos milhões!
O Governo anunciou esta quinta-feira o reforço dos apoios à rede de cuidados continuados. Serão criadas mais camas em todas as regiões para reforçar o apoio e todos os agrupamentos de centros de saúde terão equipas.
A ministra da Saúde anunciou ontem que até ao final do ano todos os agrupamentos de Centros de Saúde terão no mínimo uma equipa de apoio domiciliário, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados integrados.
Segundo Ana Jorge, existem já 62 equipas no país, estando prevista a criação de outras 42 durante o primeiro trimestre deste ano.
"Quase todos os centros saúde têm apoio domiciliário. O que queremos é ter em cada agrupamento uma equipa com apoio domiciliário integrado, integrando as equipas de cuidados continuados", disse.
O primeiro-ministro acrescentou o anúncio da antecipação em um ano, para 2009, da meta de ter 8200 camas na rede de cuidados continuados, medida que disse representar "uma investimento de 100 milhões de euros".
Na primeira fase da aplicação deste programa, o Governo decidiu aprovar todas as candidaturas tecnicamente válidas apresentadas ao concurso já aberto.
Um total de 102 candidaturas foram aprovadas, tendo sido ontem assinados os protocolos, o que representa mais 3138 camas na rede. O financiamento público é de 66 milhões de euros.
A região Norte terá 836 novos lugares, o Centro 774, Lisboa e Vale do Tejo 963, Alentejo 315 e Algarve 250.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, 29 novas unidades vão permitir o aumento da capacidade de resposta a este tipo de cuidados de saúde específicos, num investimento total de 45 milhões de euros, dos quais cerca de 18 milhões são comparticipados pelo Estado.
Actualmente, a região de Lisboa e Vale do Tejo conta com perto de 629 camas de Cuidados Continuados Integrados.
Na segunda fase da aplicação desta medida será publicado "o aviso de abertura de novas candidaturas para um apoio público de 35 milhões de euros, o que acrescentará mais 1500 camas à rede de cuidados continuados", segundo José Sócrates.
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados foi criada em 2006 pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social com o objectivo de permitir aos utentes recuperarem a autonomia para as actividades da vida diária e reduzirem o seu grau de dependência.
Segundo a ministra da Saúde, o crescimento do número de utentes assistidos em 2008 - 13.457, mais de 127% do que no ano anterior - é indicativo de que o caminho a construir é certo.
Igualmente indicativo de que os objectivos estão a ser atingidos é o facto de durante o 1.º semestre de 2008, 81% dos doentes com alta da Rede terem regressado a casa.
Para o ministro da Solidariedade Social, Vieira da Silva, este programa marca uma confluência histórica entre os dois ministérios (Saúde e Solidariedade Social) numa área crucial. "O desafio do envelhecimento activo tem de ser respondido na sociedade no seu todo e de forma conjunta", disse, adiantando que a resposta dos cuidados continuados integrados é uma resposta central.
JN 16.01.09
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