terça-feira, janeiro 13

O Admirável Mundo Novo…

A agência de notação Standard & Poor's colocou a dívida da Caixa Geral de Depósitos e do Santander Totta em vigilância negativa.
O Barclays, o quarto maior banco britânico, planeia despedir cerca de 2.100 empregados das suas unidades de banca de investimento, gestão de fundos e banca privada.
Os 'hedge funds' registaram no ano passado o pior desempenho de sempre, tendo perdido um total de 350 mil milhões de dólares (265 mil milhões de euros).
Fraude: Os administradores da Satyam, empresa que foi palco de uma fraude histórica na Índia, venderam acções da companhia no valor de 1,8 milhões de dólares (1,36 milhões de euros) seis meses antes dos títulos derraparem em bolsa.

O presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA alertou que o pacote de estímulo orçamental não será suficiente para reanimar a economia, sendo necessário a compra dos activos "tóxicos" dos bancos.
Défice público espanhol irá "superar amplamente" os 3% em 2009.
A Euribor estão em queda há 65 sessões e hoje a taxa a seis meses recuou para os 2,671%, estando cada vez mais perto da taxa do BCE, de 2,50%.
Portugal é a 53ª economia mais livre do mundo.
Espanha estuda subida dos impostos: O Governo de Madrid está a considerar um aumento da carga fiscal sobre a gasolina, tabaco e álcool, de modo a contrabalançar a queda das receitas causada pela recessão.
BCE deve cortar os juros na próxima quinta-feira, para ajudar a economia europeia a recuperar.
FMI vai rever custo da crise em alta: O director do FMI alertou hoje que a organização vai aumentar "significativamente" as suas projecções do custo da crise, que actualmente são superiores a um bilião de euros.
Desemprego na zona OCDE aumenta em Novembro: A taxa de desemprego média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) atingiu os 6,5% em Novembro, mais 0,8 pontos percentuais do que no período homólogo de 2007.link
Os indicadores de Novembro da OCDE indicam que serão registadas recessões profundas nas maiores economias do mundo.link
Preço dos combustíveis descem 30% em seis meses: O petróleo deslizou mais de 100 dólares, ou 70%, desde o máximo histórico atingido há seis meses.
Salários: Aumentos no privado abaixo da função pública.
Função pública ganha poder de compra inédito. Aumento de 2,9% é o primeiro da década a superar a inflação.
inimigo público

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5 Comments:

Blogger Tavisto said...

Meus amigos, não se preocupem com a crise. Treinem o salto à Vara e vão ver que por maior que seja o fosso da Caixa Geral de Depósitos nada vos deterá.
Ah! Não gostam de desporto. Bem, também não há problema, ponham um ar sério, arranjem maneira de ir à televisão dizer umas patranhas, fechem-se em casa, não atendam os telemóveis e vão ver que quando chegarem à próxima reunião do Conselho de Estado a crise já era.
Preocupados porque não conseguem enxergar a saída estreita de que Ele falou para fugir à dita? Bem! Com tanto entulho não admira mas não desesperem, por amor de Deus.

11:28 da tarde  
Blogger e-pá! said...

A CRISE E AS DÍVIDAS OCULTAS...

Os portugueses precisam que o Governo lhes fale claro, de modo directo e inteligível para o vulgar cidadão.
E, mais, que de uma vez por todas, se explique a crise, principalmente as suas previsíveis consequências e troque por miúdos como vai actuar, nestes tempos de recessão.
Algo para além daquilo que repete à saciedade e que já ouvimos:
- reforço do investimento público;
e,
- defesa dos postos de trabalho.
Como se costuma dizer - falar aos portugueses e às portuguesas: "de olhos nos olhos"....

Fala-se da crise financeira e económica.
Em meu entender para o Governo é apresentar um plano de apoio à crise social, que tem sido desvalorizada. Excepto por Mário Soares que prevê - se calahar com razão - a eventualidade de graves convulsões sociais...

Não é aquele "falar verdade" de Cavaco e Silva, que só serve para atemorizar todos em relação ao futuro e colcar-se às posições de MFL. É que o PR não tendo qualquer relevância executiva, não governando, deve ser muito mais parcimonioso nos palpites e colaborar mais.

Andamos todos a ouvir palrar que o Estado iria saldar a dívidas até ao final do ano e que tal atitude seria fundamental para conferir liquidez às empresas credoras (agora que há dificuldades no crédito bancário) e sabe-se, agora, que há um endividamento oculto da ordem dos 17 mil milhões de euros!.
Cerca de 9 % do PIB!

Bem, como o mercado livre, inundou-se de gananciosos e especuladores, pensavamos nós que restava o Estado para manter ordem na casa.
Não, o Estado entretem-se a ocultar os problemas (mantendo as EP como arraigadas caloteriras), limitando-se a atirar - ainda para o dito mercado - verbas do chamado "Plano de Combate à Crise".

Só a "auditoria aos débitos e ao prazo médio de pagamentos das Empresas Públicas" feita pelo Tribunal de Contas vem pôr a nu este descalabro...
Que envolve muita gente: Refer, Metro de Lisboa, TAP, RTP, etc.

E os gestores destas Empresas Públicas:
- Continuam, impunes, por lá?
- Têm recebido mensalmente os ordenados principescos e continuam a disfrutar de regalias faraónicas?
- Mantêm "prémios" pelos resultados do exercício (positivos ou negativos, não interessa)?

Ainda vamos ouvir o Poder reclamar que o melhor, o mais prático, será encerrar para obras o Tribunal de Contas....
Tornou-se incómodo, terrivelmente inoportuno - para o Governo!

1:03 da tarde  
Blogger saudepe said...

Excelente post.
Para o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, a recuperação das economias europeias só a partir de 2010.
Merecia ser debatido aqui na saudesa o tema: a Saúde e a crise.
Vamos assistir nos próximos tempos a um reforço do investimento nos serviços públicos de saúde ou, antes pelo contrário, à dinamização do processo de privatização dos serviços de saúde financiados pelo Estado.

2:31 da tarde  
Blogger e-pá! said...

A Política Social entrou em força na agenda do Governo.
Pena é que ela seja consequência directa da previsão de uma crise económica que poderá tomar contornos catastróficos.

Hoje, no habitual debate parlamentar, o Governo anunciou - entre outras medidas - novas camas para a Rede de Unidade de Cuidados Continuados Integrados, prevendo um investimento de 100 milhões de euros e tendo como objectivo a existência, já em 2009, de 8200 camas.
Esta antecipação criará 3.000 novos empregos nas áreas da enfermagem, fisioterapia e apoio social.

Trata-se, não exactamente do reforço orgânico do SNS, mas da "entrega de bandeja" desta rede, neste momento a jóia da coroa na área da Saúde, ao Sector Social da Saúde.

Indirectamente, o SNS beneficiará com esta medida.

Mas, tal facto, não deixa de ser a execução de um mecanismo de transferência de prestação, para não dizer de cedências.
Esta "operação" de antecipação de objectivos mereceu do PM a seguinte tirada:
"As instituições de solidariedade e as misericórdias serão mais apoiadas pelo Estado na sua acção social".

A pergunta que paira no ar é sempre a mesma:
Nesse imbricado território das "transferências de competências da qualidade de prestador" ficamos pelo Sector Social da Saúde, ou o Governo poderá ir mais além?

Isto é, a procissão fica pelo adro ou vai dar a volta às capelinhas...

6:50 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Eu sei que o mal dos outros não deve servir de lenitivo para o nosso, mas eu espero bem que em Portugal a recessão não atinja a dimensão catastrófica da Irlanda, o primeiro país da zona euro a entrar em recessão em 2008 e onde para 2009 se prevê uma contracção do produto de -4,5%, um défice orçamental de cerca de 9,5% (mais do triplo do limite do PEC!) e uma taxa de desemprego de 10%!
O afundamento irlandês é ainda mais calamitoso, se se tiver em conta que ainda em 2007 o "tigre celta" apresentava um robusto crescimento económico (mais de 5%), uma reduzida taxa de desemprego (à volta de 4,5%) e um superavit orçamental. O "milagre irlandês" ameaça acabar em pesadelo.
Não fora a protecção da zona euro, e a Irlanda poderia seguir o caminho da falência da Islândia...

Mais lúgubre não pode ser a previsão da Economist sobre a recessão económica em Portugal no corrente ano e em 2010. Decréscimo de 2% no produto, desemprego a disparar para perto dos 9%, défice orçamental nos 4,5%, deflação efectiva, dívida pública a atingir os 70% do PIB.
Por menos credível que seja o registo histórico das previsões do Economist em relação a Portugal, ainda assim são perspectivas muito preocupantes.
Neste contexto de encurralamento das finanças públicas, limitando a margem de manobra do Estado para apoiar a economia, falar em redução do IRS, como ontem insistiu a líder do PSD, não é politicamente sério nem, muito menos, responsável.
Vital Moreira, causa nossa

3:36 da tarde  

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