Magistral lição de gestão da mudança
ou , Tudo o que deveria ter acontecido na “empresarialização” dos hospitais
Aqui se enunciam “cinco razões” que, ao não se terem verificado, constituirão, porventura, uma causa maior para o nosso desencanto.
A gestão da mudança, processo muito delicado e complexo, deve observar as “ cinco razões” exemplarmente enunciadas por JOHN HALAMKA* no seu post sob o título FIVE REASONS, a propósito da Administração Obama.
Assim, segundo este autor, importa:
1. Smart People – Rodear-se de pessoas inteligentes, independentemente da filiação partidária ou ideologia. Reza a experiência que, dirigentes de nível A se rodeiam de pessoal do mais alto nível, uma vez que não temem ser intimidados por profissionais mais inteligentes ou mais experientes. Já os líderes de nível B tendem a cercar-se de pessoal de nível C, incapaz de questionar ideias ou acções do líder. Este grupo de meninos de coro dificilmente poderá constituir uma equipa forte. Claro que, como aprendemos com muitas situações vividas, as pessoas mais inteligentes nem sempre são as mais bem sucedidas.
2. Listening – O mais importante no que respeita à liderança da mudança, é a capacidade de construir um movimento coeso e aglutinador. Com o objectivo de envolver os interessados e ouvir as suas prioridades para a mudança.
3. Doing the right thing - "Quando um homem baseia a sua vida em princípios, 99% das suas decisões já estão formadas."
As respostas às questões encontradas serão claras e objectivas se nós nos perguntarmos qual deve ser a coisa certa a fazer com base na melhor evidência possível.
4. Let the ideas flow - As Ideias precisam de circular livremente pelas organizações. Precisamos de chegar a consenso sobre as nossas prioridades, alicerçado numa comunicação aberta e transparente.
5. Embrace technology - A política de informação e de comunicação nas organizações constitui uma questão crítica – “onde a informação é descurada pela gestão de topo, ela gera-se! Habitualmente a pior: é a má-língua”. Com a utilização de melhores tecnologias as decisões da gestão serão certamente mais rápidas e esclarecidas.
Escrito isto, pergunto: a “empresarialição” dos hospitais foi perfeita? Longe disso! A gestão da mudança é fácil? Não! Foram tomadas as decisões certas. Não!
Para tal terá contribuído, fortemente, o descurar destas “cinco razões”!
Have hope!
* JOHN HALAMKA - John D. Halamka, MD, MS is Chief Information Officer of Harvard Medical School, Chief Information Officer of Beth Israel Deaconess Medical Center, Chief Executive Officer of MA-SHARE, Chairman of the New England Health Electronic Data Interchange Network (NEHEN), Chief Information Officer of the Harvard Clinical Research Institute (HCRI), and an Associate Professor of Emergency Medicine at Harvard Medical School
António Rodrigues
Aqui se enunciam “cinco razões” que, ao não se terem verificado, constituirão, porventura, uma causa maior para o nosso desencanto.
A gestão da mudança, processo muito delicado e complexo, deve observar as “ cinco razões” exemplarmente enunciadas por JOHN HALAMKA* no seu post sob o título FIVE REASONS, a propósito da Administração Obama.
Assim, segundo este autor, importa:
1. Smart People – Rodear-se de pessoas inteligentes, independentemente da filiação partidária ou ideologia. Reza a experiência que, dirigentes de nível A se rodeiam de pessoal do mais alto nível, uma vez que não temem ser intimidados por profissionais mais inteligentes ou mais experientes. Já os líderes de nível B tendem a cercar-se de pessoal de nível C, incapaz de questionar ideias ou acções do líder. Este grupo de meninos de coro dificilmente poderá constituir uma equipa forte. Claro que, como aprendemos com muitas situações vividas, as pessoas mais inteligentes nem sempre são as mais bem sucedidas.
2. Listening – O mais importante no que respeita à liderança da mudança, é a capacidade de construir um movimento coeso e aglutinador. Com o objectivo de envolver os interessados e ouvir as suas prioridades para a mudança.
3. Doing the right thing - "Quando um homem baseia a sua vida em princípios, 99% das suas decisões já estão formadas."
As respostas às questões encontradas serão claras e objectivas se nós nos perguntarmos qual deve ser a coisa certa a fazer com base na melhor evidência possível.
4. Let the ideas flow - As Ideias precisam de circular livremente pelas organizações. Precisamos de chegar a consenso sobre as nossas prioridades, alicerçado numa comunicação aberta e transparente.
5. Embrace technology - A política de informação e de comunicação nas organizações constitui uma questão crítica – “onde a informação é descurada pela gestão de topo, ela gera-se! Habitualmente a pior: é a má-língua”. Com a utilização de melhores tecnologias as decisões da gestão serão certamente mais rápidas e esclarecidas.
Escrito isto, pergunto: a “empresarialição” dos hospitais foi perfeita? Longe disso! A gestão da mudança é fácil? Não! Foram tomadas as decisões certas. Não!
Para tal terá contribuído, fortemente, o descurar destas “cinco razões”!
Have hope!
* JOHN HALAMKA - John D. Halamka, MD, MS is Chief Information Officer of Harvard Medical School, Chief Information Officer of Beth Israel Deaconess Medical Center, Chief Executive Officer of MA-SHARE, Chairman of the New England Health Electronic Data Interchange Network (NEHEN), Chief Information Officer of the Harvard Clinical Research Institute (HCRI), and an Associate Professor of Emergency Medicine at Harvard Medical School
António Rodrigues
2 Comments:
Sobre a mudança dos hospitais a ministra da Saúde, Ana Jorge, ironizou a propósito: «mudanças, mas não só ao nível do nome»... numa referência à transformação dos hospitais em Sociedades Anónimas (SA) e, mais tarde, em Entidades Públicas Empresariais (EPE). link
Será que podemos esperar tão profunda mudança dos hospitais até às próximas eleições?!...
Estamos cá pra ver...
Nomeação de dirigentes de nível A para os Conselhos de Administração dos hospitais do SNS (que se rodeiam de pessoal do mais alto nível)...
Muito bonito!...
E os cunhados? Os corrligionários de partido? Os amigos da concelhia? Os da maçonaria? Os primos, tios e tias? Os afilhados? Os jovens descendentes do senhor A e B?
dirigentes de nível A ?
Além de raros, tal não é possível no país dos favores e cunhas.
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