quarta-feira, junho 17

Paula Nanita, reconduzida


O passivo do SUCH (SOMOS), atingiu 57,3 milhões de euros em 2008, mais 54% face a 2005 (ano anterior à entrada da actual equipa de gestão).

Face a este resultado, o Governo o que faz?

Reconduz a presidente do SUCH, Paula Nanita, a qual imputa a responsabilidade dos resultados (miseráveis) aos elevados prazos de pagamento dos hospitais.link

Como este ano os hospitais regularizaram as dívidas (ao contrário de mandatos anteriores), no próximo exercício (2009), o SUCH , deve, então, apresentar resultados excepcionais.
Se assim não for, qual a justificação para esta recondução?

Sobre o SUCH:
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11 Comments:

Blogger tonitosa said...

Eu acho que isto nem merece ser comentado.
Até parece a gestão do BPN!
Ah, que nomeou os actuais membros dos SUCH?
Quem pode...manda!

10:52 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Como o pagode não é avaliado (e não quer, como os professores) as reconduções continuam a fazer-se no silêncio dos gabinetes. No passa palavra. Na recomendação. No favor. No reconhecimento da confiança.
A dar o tom com a política de meias tintas.
Mas, alguém, ainda, tem esperança que isto, venha a ser um país a sério?

10:54 da tarde  
Blogger SNS -Trave Mestra said...

O PROBLEMA FOI do ARRANQUE...

Paula Nanita, passa a entrevista a falar de gestão financeira, escondendo os prejuízos das áreas…

Mas qual é, afinal, a qualificação desta gestora?
Licenciada em POLITICA SOCIAL!! ...
Depois vemos que tem um Cv de assessorias de SE e em que áreas? "Planeamento e gestão estratégica e desenvolvimento" (sic) da reforma educativa (?) da cultura (?), da SE administração educativa, do Ministro da educação (?)

A perita em gestão financeira vem reconhecer algumas "boas" decisões. Investiu 25 milhões nos serviços partilhados, tendo já uma dívida elevada e grandes prazos de cobrança, como?

1º Hipóteses: Associando um parceiro privado que entrasse com parte do capital?

2º Hipótese: Pedindo aos sócios que se constituíssem em sócios da nova entidade?

3º Hipóteses: Vendendo património ou fazendo hipoteca sobre ele?

4º Hipótese: Pedindo ao banco crédito de longo prazo, correspondendo ao tempo de vida do investimento, ainda que tivesse que pedir carta de conforto às finanças?

Nada disso.

Optou pelas modalidades mais caras e mais precárias: descoberto bancário e factoring. Com essas decisões conseguiu pagar a mais num ano 2 milhões de euros em encargos financeiros e já prevê para 2009 aumentar esse encargo noutros dois milhões (de 0,8 em 2007 para 2,8 em 2008 e 4,8 em 2009). Agora, passado muito tempo do investimento enorme e do custo brutal do meio de financiamento escolhido, é que vem defender a venda de edifícios e entrada de capital dos associados... muito bem! precisou de um mandato inteiro para perceber isto.

E depois vem dizer que o "SUCH tradicional é muito dependente de financiamento bancário" mas que dizer dos 25 milhões (novo such)?

E diz: "O que falhou foi o arranque da central de compras (Ministério da Saúde)" - como se o responsável fosse o ministério!

Afinal que negócios estão a dar lucro?
Não sabemos, mas provavelmente nenhum.

Tiveram 1,5 milhões de prejuízo operacional e à volta de 2,8 milhões de financeiro o que dá os 4,4 milhões de prejuízo. Se continuam assim ficam sem os anéis e os dedos, que os 3 milhões da venda dos edifícios não chegam ao fim do ano visto que com prejuízo operacional igual e 4,8 de resultados financeiros dá 6,3 e os 3 dão para menos de um semestre para esta equipa acumular prejuízos.

Mas atenção, que o futuro dos associados há-de ser risonho (promete poupanças de 400 milhões). Quando? até 2013, quando já lá não estiver….
Promete 80 milhões por ano mas noutra entrevista tinha prometido "redução dos custos de 10 a 20%, cerca de 240 milhões de euros por ano (10% de 2,4 mil milhões de euros, valor anual das compras)"!
Prometia arrancar em 2007, agora diz que em 2008 o que falhou foi o arranque.
O problema só pode ser do motor de arranque!

11:30 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

É por demais evidente que o plano (dito de modernização) do SUCH foi mal gizado e a equipa com falta de argumentos para o levar por diante.

O que é de espantar neste dossier é como conseguiram convencer CC a fazer semelhante aposta.

12:42 da tarde  
Blogger Antunes said...

Foi pior que pôr o Jorge Jesus a treinar o Benfica.

12:47 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

O presidente da APAH, Pedro Lopes, tem toda a razão em relação a estas situações.
Resultados destes só merecem uma decisão por parte da tutela: Venham outros para ver se fazem melhor!

12:56 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Sobre relatórios e contas do hospitais, até agora, nada! Estarão à espera das operações de cosmética?!
Mas entretanto na página dos HH EPE's encontrei algo interessante, sob a forma de notícia de primeira página.
Diz assim: "O Hospital de Barcelos lança dia 27 de Maio, a Campanha Higiene das Mãos, assumindo o compromisso de prestar cuidados de saúde seguros".
Pergunto: então não é um pressuposto da actuação dos hospitais prestar cuidados de saúde seguros? Com ou sem lavagem de mão (e pés)? É preciso uma campanha de lava-mãos para assumir o compromisso de prestar cuidados seguros?
Pois é! É com isto que se vai encanando a perna à rã; e é por esta e por outras que as Paulas Manistas (cá da terra) se mantêm de pedra e cal nos lugares para que alguém as convidou (ou alguém as impôs).
Até quando?

5:19 da tarde  
Blogger António Oliveira e Silva said...

Uma informação: o Relatório e Contas de 2008 do Hospital de S. João está disponível no site do Hospital.

9:51 da tarde  
Blogger cotovia said...

Era importante saber-se porque razão não arrancou, dentro dos prazos programados, a Central de Compras, sucessivamente adiada.
A quem cabia a responsabilidade de organizar este arranque e depois falhou.
Com certeza, como prémio, ainda foi promovido.

10:50 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Isto está, cada vez mais, para os Artistas!

11:41 da tarde  
Blogger tambemquero said...

PERPLEXIDADES

Faltou tudo

Segundo o Jornal de Negócios do passado dia 15, o Governo reconduziu a presidente do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), Paula Nanita, para mais três anos na presidência deste organismo.
Em entrevista àquele jornal, a administradora, que se confronta com um passivo que atingiu os 57,3 milhões de euros em 2008, mais 54% face a 2005, reage dizendo que estes resultados se devem aos indicadores de liquidez «miseráveis» dos hospitais. Paula Nanita lamenta o facto de o SUCH ser «tradicionalmente muito dependente de financiamento bancário» e reconhece que não conseguiu «ganhar poder negocial com a banca».
Recorde-se que, em Março de 2007, a responsável anunciou o lançamento de um projecto-piloto na área dos «serviços partilhados em compras e logística», uma espécie de central de compras da Saúde, que representaria uma poupança estimada de 221 milhões de euros». Explicou, na altura, que «as maiores vantagens» estariam «na compra de tudo». Até porque, nos casos estudados, o «maior incremento da escala» e o «aumento do poder negocial» estavam na base dos ganhos.
Passados dois anos, além de ter faltado o dinheiro e o poder negocial, faltou, essencialmente, a divulgação e a modernização de uma estrutura que está longe de se posicionar sozinha no mercado. A recondução, essa, não faltou, até porque como no final do ano os hospitais regularizaram as dívidas, já não haverá desculpas para estes resultados. Ou haverá?

Tempo de Medicina 22.06.09

10:10 da manhã  

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