quinta-feira, janeiro 28

HH, financiamento

Hospitais eficientes vão receber mais dinheiro do Estado

Três perguntas a...Jorge Simões

“É positivo beneficiar quem trabalhar melhor”
O modelo de financiamento dos hospitais deve estar em permanente actualização, defende Jorge Simões. Só assim se evita o ‘gap’ entre as respostas que os hospitais devem dar às necessidades dos doentes e o dinheiro que recebem do Estado.

Impunha-se uma reorganização do modelo de financiamento dos hospitais?
O modelo de financiamento tem vindo a ser melhorado ao longo dos anos. Há alguns anos atrás os financiamentos eram feitos quase de forma cega. Aliás, Portugal foi um dos primeiros países da Europa a usar um modelo por grupos homogéneos. O que se procura é ir adequando o modelo de financiamento às novas tipologias de resposta dos hospitais, que obviamente se vão modificando.

Faz sentido então a reorganização dos hospitais em grupos ainda mais homogéneos?
Os Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH) já são usados no modelo de financiamento desde a década de 90. A ideia é que não exista um ‘gap’ entre as respostas que os hospitais devem dar aos doentes e o modelo de financiamento.

Outra das novidades é valorizar a qualidade dos serviços prestados e a sustentabilidade económico-financeira e atribuir prémios e penalizações sobre estas variáveis. É uma boa medida?
Em termos gerais está no bom caminho. É positivo que se esses factores sejam tidos em conta no financiamento e que se beneficie ou penalize quem trabalha melhor ou pior, ao mesmo tempo que se dá aos profissionais de saúde e equipas de gestão mais motivação e responsabilidade. Agora é preciso saber como é que se pretende medir a qualidade e ter muito cuidado na atribuição de responsabilidades. Porque a qualidade de um hospital não depende apenas da administração mas também do contexto onde este se insere.

Catarna Duarte, DE 26.01.10

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