segunda-feira, julho 5

Perguntar não ofende…

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O secretário de Estado da Administração Pública garantiu que não haverá cortes salariais no Estado. Admitiu, contudo, que será mantido o congelamento das admissões e as medidas de contenção salarial para os trabalhadores do Estado. link

"O Governo não trabalha num cenário de cortes salariais ou de cortes de subsídio. A nossa estratégia está completamente focada no congelamento das admissões, no controlo mais rigoroso das admissões e numa forte contenção salarial", disse Gonçalo Castilho dos Santos. O secretário de Estado falava aos jornalistas no Ministério das Finanças, em reacção à manchete de hoje do jornal 'i', que diz que "o Governo prepara o maior corte de sempre nos salários da função pública", intenção desmentida "categoricamente" pelo responsável.

De acordo com o Relatório de Orientação da Politica Orçamental para 2010, o governo planeia reduzir o peso das despesas com pessoal no PIB para 10 por cento em 2013, através desta forte contenção salarial e do congelamento nas admissões de novos trabalhadores. O efeito destas medidas de poupança no PIB previsto pelo Governo é de 0,11 pontos percentuais em 2010, 0,36 p.p. em 2011, 0,58 p.p. em 2012 e 0,84 p.p. em 2013.

"Não há razão para alterarmos a estratégia. O congelamento das admissões e a forte contenção salarial são suficientes para assegurar a diminuição da despesa pública e dar um contributo para o esforço que o país está a fazer de consolidação das suas contas públicas", adiantou. Gonçalo Castilho dos Santos diz ainda que o Governo se mantém empenhado na redução de contratos com prestadores de serviços ('outsourcing') e numa melhor gestão da mobilidade dos funcionários públicos, bem como no aumento da eficiência e produtividade do sector.


Será que o país em que vive o secretário de Estado Gonçalo Castilho dos Santos é o mesmo dos seus colegas da João Crisóstomo? Será que as promessas de aumentos salariais feitas aos enfermeiros vão ficar sem efeito? E que dizer das consequências orçamentais do acordo de carreiras firmado com os sindicatos médicos? Será que a mobilidade vai ser aplicada aos médicos, nomeadamente, entre grandes cidades e periferias urbanas e entre litoral e interior?

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