The simplest is best…
Ontem em conferência de imprensa a Ministra Ana Jorge apresentou os vectores estratégicos que moldam a 2ª. etapa da reforma dos CSP’s.
A pedra de toque desta anunciada 2ª. etapa da reforma dos CSP’s [passaram-se 5 anos desde o início desta reforma] é a “internalização da condução e da execução da reforma”.
Não é novidade. As quase 250 USF’s já no terreno, verdadeiros motores desta reforma, nasceram neste contexto organizativo. Melhor seria, portanto, não enfatizar o que é intrínseco. Na falta de inovação refugiar-se na redundância pode funcionar como “merketing” para o exterior, mas não mobiliza vontades internas. Sendo assim a internalização pode figurar com destaque nos cabeçalhos dos jornais mas, a sua recorrente citação, confere a sensação de vazio, de impasse evolutivo.
Por outro lado, a projectada melhoria dos “processos de gestão previsional” [entende-se dos RH’s] é, em termos organizativos, um almejado propósito. Nada mais. Depende intrinsecamente da evolução do “mercado de trabalho”, das competências, da formação, etc., uma amálgama cuja evolução nas actuais circunstâncias de crise é, em grande medida imprevisível [ver casos das reformas antecipadas, das restrições dramáticas na admissão e substituição de pessoal, a situação dos técnicos sociais do H. Júlio de Matos, etc.].
Sendo assim, o anunciado ”skill mix” poderá ser um escolho na gestão de recursos humanos. A conflitualidade de funções e competências entre enfermeiros e médicos – na ausência de definição dos “territórios” referentes a cada grupo profissional – e confinados a uma dimensão reduzida [unidade funcional com dezenas de profissionais] poderá, com o tempo, exacerbar os desentendimentos e provocar indesejáveis rupturas.
Finalmente, esta 2ª. fase do processo de reforma dos CSP’s pouco se liberta da pesada canga de interdependências. O “novo modelo de governação” continua a ser labiríntico. Extinta a Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP), depois de sucessivas prorrogações, depende, agora – e directamente - das seguintes estruturas: Coordenação Nacional; Coordenação Estratégica e Conselho Consultivo. E indirectamente de vastos e genéricos Planos: Plano Nacional de Saúde e Plano Tecnológico e da Investigação.
E mais haveria para dissecar nesta área fundamental do SNS. Os grandes problemas geram oportunidades.
A simplicidade de processos [de recrutamento, de enquadramento, do acesso à formação, etc.] formata a qualidade e a operacionalidade do colectivo e transformando-o num núcleo duro, coeso e funcional é [será] a chave do sucesso. Para já, a sensaçao transmitida e de que andamos [ainda] no tacteio.
A pedra de toque desta anunciada 2ª. etapa da reforma dos CSP’s [passaram-se 5 anos desde o início desta reforma] é a “internalização da condução e da execução da reforma”.
Não é novidade. As quase 250 USF’s já no terreno, verdadeiros motores desta reforma, nasceram neste contexto organizativo. Melhor seria, portanto, não enfatizar o que é intrínseco. Na falta de inovação refugiar-se na redundância pode funcionar como “merketing” para o exterior, mas não mobiliza vontades internas. Sendo assim a internalização pode figurar com destaque nos cabeçalhos dos jornais mas, a sua recorrente citação, confere a sensação de vazio, de impasse evolutivo.
Por outro lado, a projectada melhoria dos “processos de gestão previsional” [entende-se dos RH’s] é, em termos organizativos, um almejado propósito. Nada mais. Depende intrinsecamente da evolução do “mercado de trabalho”, das competências, da formação, etc., uma amálgama cuja evolução nas actuais circunstâncias de crise é, em grande medida imprevisível [ver casos das reformas antecipadas, das restrições dramáticas na admissão e substituição de pessoal, a situação dos técnicos sociais do H. Júlio de Matos, etc.].
Sendo assim, o anunciado ”skill mix” poderá ser um escolho na gestão de recursos humanos. A conflitualidade de funções e competências entre enfermeiros e médicos – na ausência de definição dos “territórios” referentes a cada grupo profissional – e confinados a uma dimensão reduzida [unidade funcional com dezenas de profissionais] poderá, com o tempo, exacerbar os desentendimentos e provocar indesejáveis rupturas.
Finalmente, esta 2ª. fase do processo de reforma dos CSP’s pouco se liberta da pesada canga de interdependências. O “novo modelo de governação” continua a ser labiríntico. Extinta a Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP), depois de sucessivas prorrogações, depende, agora – e directamente - das seguintes estruturas: Coordenação Nacional; Coordenação Estratégica e Conselho Consultivo. E indirectamente de vastos e genéricos Planos: Plano Nacional de Saúde e Plano Tecnológico e da Investigação.
E mais haveria para dissecar nesta área fundamental do SNS. Os grandes problemas geram oportunidades.
A simplicidade de processos [de recrutamento, de enquadramento, do acesso à formação, etc.] formata a qualidade e a operacionalidade do colectivo e transformando-o num núcleo duro, coeso e funcional é [será] a chave do sucesso. Para já, a sensaçao transmitida e de que andamos [ainda] no tacteio.
Links: "Reforma dos Cuidados de Saúde Primários Nota Informativa sobre o Novo Modelo de Governação" link ; "Projectos-guia imediatos (Setembro a Dezembro 2010)" link
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