domingo, outubro 10

Porque não triunviratos?

"As administrações dos hospitais empresa (EPE) vão sofrer um corte de dois membros na sua composição. Ontem, em Conselho de Ministros, o Governo decidiu limitar a um máximo de cinco pessoas o número de gestores hospitalares nos EPE, menos dois do que a composição actual. Mais uma medida de austeridade anunciada para tentar cumprir as metas do défice orçamental de 7,3% este ano e de 4,6% no próximo.

"Consequentemente, são alterados os estatutos dos hospitais entidades públicas empresariais, de modo a adequá-los às alterações agora efectuadas" , acrescentou na conferência de imprensa o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
In Económico, 09.10.2010. link

Certo. Desde que esse colectivo garanta a eficiência administrativa e gestiónária desses HH's EPE's. Mas qual a razão porque esta medida, aparentemente selectiva, vai ser aplicada cirurgicamente aos HH's EPE's? E os HH's SPA's?
E, finalmente, porque não a todas as Administrações do sector empresarial do Estado?

Nunca ninguém explicou aos portugueses porque eram sete os membros do CA dos EPE.
Pela mesma razão ninguém espera que lhe seja explicado porque cinco bastam [ou sobram].
Se não a próxima exigência seria - porque não 3?

Em tempos de crise os triunviratos, na Roma Antiga, conseguiram precários equilíbrios de poder...até à inevitável punhalada nas costas!

e-pá!

Etiquetas: ,

3 Comments:

Blogger Vareja said...

TÍPICO DO É-PÁ: UMA NO CRAVO E OUTRA NA FERRADURA. DIGA LÁ O QUE LHE VAI NA ALMA SOBRE OS ADMINISTRADORES HOSPITALARES E DEIXE-SE DE FITAS QUE, PARA A SUA IDADE E ESTATUTO QUE RECLAMA, SÓ LHE FICAM MAL.

6:47 da tarde  
Blogger Xico said...

O problema da redução dos membros dos CA dos HH é só um: ficarão os competentes, ou os boys?
É que com esta redução deixa de haver tantos lugares para boys...

10:38 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Caro Vareja:

Nos CA's dos HH's [EPE's ou SPA'S] não se encontram, obrigatoriamente, as chairs dos AH's.
Por aí [CA's] esvoaçam muitos boys de cartão [na mão, no bolso ou na trela] que nem sabem nem sonham onde fica a ENSP.

E se quiser que seja o mais directo possível [a ver se desminto as suas tipificações] penso que os problemas de administração e gestão ao nível hospitalar [nomeadamente a sua eficiência] não são - nem de perto nem de longe - directamente correlacionáveis com o desempenho dos AH's [cada vez mais ausentes dos centros de decisão institucionais].
Se conhece o meu tipo de reacções deveria saber que, em meu entender, a governação da Saúde deverá ser sempre multidisciplinar, aberta e participada. Quer no topo, quer nas gestões intermédias.

E sobre mais esta medida ministerial do tipo Ryanair [que pretende dispensar os co-pilotos nos voos low-cost] ficamos por aqui...e cheios de sorte por não ter sido necessário criar uma comissão para estudar o assunto, nem encomendar a um douto jurista [externo] um majestático parecer...

11:42 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home