Bessa, olha o Krugman...
O professor Bessa volta à carga em nova entrevista, hoje no Público. Onde, a pretexto da dificuldade de cumprimento do orçamento 2011, ganha gosto em atacar de novo o SNS. link
A propósito de ataque semelhante, ensaiado pelo professor nesta outra entrevista, link o nosso amigo Flickflack comentou o seguinte:
«Não diz exactamente o que defende para além de querer pôr todos a pagar a saúde ( a dita classe média) e o ensino, que seriam só para quem pode. Ah, para os muito pobres o estado ajudava com qualquer coisinha, mas poucochinho, que o tempo não está para generosidades como o ensino público e saúde gratuita (tendencial).»
O que realmente parece preocupar o professor Bessa (tal como PPC) é a defesa da transferência dos dinheiros públicos, destinados a salvar os investimentos megalómanos dos amigos privados. E nada é mais errado do que defender, nesta altura do campeonato, o sector privado da saúde, como muito bem demonstrou no mesmo post o flickflack:
«Qualquer gestor hospitalar médio sabe que quando se pretende eficiência macroeconómica, menor despesa no PIB para resultados em saúde semelhantes, são os SNS que vencem, quanto mais privado houver maior será a despesa em saúde. Por isso privatizar é exactamente o que não precisamos. Há muitos estudos e correlações a comprová-lo, desde a década de 80, peçam exemplos ao Jorge Simões ou ao Pita Barros, por exemplo.
Ora Portugal tem um SNS com uma das maiores percentagens privadas. Nos hospitais os serviços de apoio são por outsourcing, muitos dos exames e medicamentos são comprados a privados. Muitos serviços hospitalares são pagos a privados, por exemplo da CVP, das Misericórdias e das listas de espera. As PPP são privadas, toda a dentisteria, etc. Basta consultar um dos livros do Correia de Campos para quantificar o peso elevado que tem o sector privado.
Muitos dos serviços que o Estado paga são duplicados com a rede pública, por exemplo algumas ditas urgências no norte pagas a Misericórdias.
Alguns de nós ainda acreditamos que o privado traga, na saúde, maior escolha e produtos mais variados, menos tempo de acesso, melhores instalações, amenidades e atenção. Mas é para quem pode, que os preços são elevados!
Estes nossos economistas!... Então andaram o Krugman e outros a provar que o sistema americano não servia para virem, agora, propor o contrário para Portugal. » (flickflack in saudesa)
A propósito de ataque semelhante, ensaiado pelo professor nesta outra entrevista, link o nosso amigo Flickflack comentou o seguinte:
«Não diz exactamente o que defende para além de querer pôr todos a pagar a saúde ( a dita classe média) e o ensino, que seriam só para quem pode. Ah, para os muito pobres o estado ajudava com qualquer coisinha, mas poucochinho, que o tempo não está para generosidades como o ensino público e saúde gratuita (tendencial).»
O que realmente parece preocupar o professor Bessa (tal como PPC) é a defesa da transferência dos dinheiros públicos, destinados a salvar os investimentos megalómanos dos amigos privados. E nada é mais errado do que defender, nesta altura do campeonato, o sector privado da saúde, como muito bem demonstrou no mesmo post o flickflack:
«Qualquer gestor hospitalar médio sabe que quando se pretende eficiência macroeconómica, menor despesa no PIB para resultados em saúde semelhantes, são os SNS que vencem, quanto mais privado houver maior será a despesa em saúde. Por isso privatizar é exactamente o que não precisamos. Há muitos estudos e correlações a comprová-lo, desde a década de 80, peçam exemplos ao Jorge Simões ou ao Pita Barros, por exemplo.
Ora Portugal tem um SNS com uma das maiores percentagens privadas. Nos hospitais os serviços de apoio são por outsourcing, muitos dos exames e medicamentos são comprados a privados. Muitos serviços hospitalares são pagos a privados, por exemplo da CVP, das Misericórdias e das listas de espera. As PPP são privadas, toda a dentisteria, etc. Basta consultar um dos livros do Correia de Campos para quantificar o peso elevado que tem o sector privado.
Muitos dos serviços que o Estado paga são duplicados com a rede pública, por exemplo algumas ditas urgências no norte pagas a Misericórdias.
Alguns de nós ainda acreditamos que o privado traga, na saúde, maior escolha e produtos mais variados, menos tempo de acesso, melhores instalações, amenidades e atenção. Mas é para quem pode, que os preços são elevados!
Estes nossos economistas!... Então andaram o Krugman e outros a provar que o sistema americano não servia para virem, agora, propor o contrário para Portugal. » (flickflack in saudesa)
Fernando Biscaia
Etiquetas: Público e privado
2 Comments:
Ao ler estas peorações do professor Bessa [ao longo de toda a entrevista] não consigo alhear-me do facto que este figurante foi:
- Porta-voz do Partido Socialista para as questões económicas e financeiras (Dezembro de 1992 a Outubro de 1995).
- Deputado eleito à Assembleia da República Portuguesa (Outubro de
1995)
- Ministro da Economia do Governo do Engº. António Guterres (Outubro de 1995 a Março de 1996).
...
Hoje é claramente visível que se tratou de um gritante equívoco...ou do Engº. Guterres ou do próprio.
O Bessa fala em nome da Cotec , claro.
Não há muito tempo o professor Bessa era um campeão em arrebanhar estudos, alguns bem fraquinhos por sinal, bem pagos encomendados pelo Governo PS.
Um exemplo: A prestação de serviços de consultoria solicitada à EGP – Escola de Gestão do Porto
pela Estrutura de Missão
Parcerias da Saúde.
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