This is the end
A ‘revolta’ silenciosa dos médicos
Portugal tem falta de médicos e o número de clínicos que estão a reformar-se não para de aumentar. Em todo o ano de 2010 aposentaram-se 741 médicos. Só nos dois primeiros meses deste ano já perto de 200 destes profissionais de saúde pediram para deixar a vida activa. Estes valores atípicos mostram que o número de médicos reformados vai triplicar em Janeiro e Fevereiro, com a agravante de a situação poder tornar-se ainda pior nos próximos meses. A debandada está a preocupar as autoridades, os gestores hospitalares e até os sindicatos que avisam que, se em Março, as listas de aposentações se mantiverem acima dos 100, resultarão daí danos graves para o Serviço Nacional de Saúde. A falta de especialistas seniores para formar médicos mais jovens é uma das piores ameaças, mas também os cuidados de saúde primários estão em risco com a reforma massiva dos médicos. Esta ‘revolta’ silenciosa dos clínicos prende-se com os cortes nas remunerações e o congelamento da progressão nas carreiras. Para o País, a factura poderá ser ainda maior se, como já está a acontecer, para colmatar as necessidades dos hospitais públicos e dos centros de saúde, se tiver de recorrer a contratações através de empresas privadas ou “importar” médicos estrangeiros. Um sistema de saúde é essencial para um país e só funcionará com os médicos e não contra eles.
DE, editorial, 02.02.11
Temos desancado na ministra da saúde, repetidamente, neste blogue. Merecidamente. Ana Jorge sempre nos mereceu desconfiança com o seu jeito beato a bater no peito pelo SNS. O resultado está à vista com a derrapagem das contas e debandada dos médicos cansados de tanta inépcia e fingimento. É o fracasso estrondoso, em toda a linha, da politica de saúde posta em prática pela senhora ministra. Que conduzirá, inapelavelmente, à destruição do SNS.
Portugal tem falta de médicos e o número de clínicos que estão a reformar-se não para de aumentar. Em todo o ano de 2010 aposentaram-se 741 médicos. Só nos dois primeiros meses deste ano já perto de 200 destes profissionais de saúde pediram para deixar a vida activa. Estes valores atípicos mostram que o número de médicos reformados vai triplicar em Janeiro e Fevereiro, com a agravante de a situação poder tornar-se ainda pior nos próximos meses. A debandada está a preocupar as autoridades, os gestores hospitalares e até os sindicatos que avisam que, se em Março, as listas de aposentações se mantiverem acima dos 100, resultarão daí danos graves para o Serviço Nacional de Saúde. A falta de especialistas seniores para formar médicos mais jovens é uma das piores ameaças, mas também os cuidados de saúde primários estão em risco com a reforma massiva dos médicos. Esta ‘revolta’ silenciosa dos clínicos prende-se com os cortes nas remunerações e o congelamento da progressão nas carreiras. Para o País, a factura poderá ser ainda maior se, como já está a acontecer, para colmatar as necessidades dos hospitais públicos e dos centros de saúde, se tiver de recorrer a contratações através de empresas privadas ou “importar” médicos estrangeiros. Um sistema de saúde é essencial para um país e só funcionará com os médicos e não contra eles.
DE, editorial, 02.02.11
Temos desancado na ministra da saúde, repetidamente, neste blogue. Merecidamente. Ana Jorge sempre nos mereceu desconfiança com o seu jeito beato a bater no peito pelo SNS. O resultado está à vista com a derrapagem das contas e debandada dos médicos cansados de tanta inépcia e fingimento. É o fracasso estrondoso, em toda a linha, da politica de saúde posta em prática pela senhora ministra. Que conduzirá, inapelavelmente, à destruição do SNS.
Clara Gomes
Etiquetas: Ana Jorge, bater no fundo
3 Comments:
Ao que dizem, Sócrates não gosta de apear ministros. Fê-lo com Correia de Campos por motivos de força maior. Provavelmente não vai querer assumir a desdita de ter de demitir dois ministros da saúde, tanto mais porque Ana Jorge até nem está a ser contestada. Há os que se denunciam pela acção e os que passam despercebidos pela inacção.
E assim vai seguindo a procissão, com o SNS a ser conduzido à guilhotina pela mão dócil e ar seráfico da Drª Ana Jorge.
Faço uma proposta de protesto.
Não falar mais desta senhora neste blogue.
A senhora ministra não merece as nossas críticas. Nem o nosso tempo. Voltaremos a falar de Ana Jorge quando for substituída.
Caro Tavisto:
A recente "algarviada" onde se meteu o ministro Lacão [com a pretensa revisão do número de deputados da AR] e os "seus" encontros privados com o PSD, teria sido um providencial leitmotiv para a indispensável remodelação ministerial..., se hovesse vontade disso!
Todavia, o Governo parece ter entrado numa fase de puro marasmo onde só se "mexem" duas personagens: José
Sócrates e Teixeira dos Santos.
Os restantes membros curtem um dolente estado de nirvana...
Parece [e o que parece é importante em política] não existirem forças [internas] capazes de reverter este estado semi-comatoso.
Ana Jorge e, acrescente-se, outros ministros, não usufruindo de um visível "peso" político-partidário, estão imersos neste imbróglio que não tardará a transformar-se num atoleiro...
Este o estado do XVIII Governo Constitucional. Nem as eleições presidenciais o despertaram...
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