Bater no fundo
…”Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”…
Eça de Queiróz
O comportamento (deplorável) da administração da MAC é o mais pungente sintoma do desespero que atravessa a generalidade das instituições do SNS. Em circunstâncias normais este órgão de gestão já não estaria em funções. Das duas uma ou teria um pingo de dignidade pessoal e institucional e já tinha apresentado a demissão ou a tutela já teria prescindido, com justa causa, dos seus préstimos. link
No entanto a espuma mediática esconde a verdadeira razão de ser dos factos.
A MAC, tal como a generalidade dos hospitais que integram o SNS, está a ser vítima de um processo irresponsável de cortes orçamentais impostos pela tutela que conduzem a um grave problema de sub-financiamento. Tal quer dizer pura e simplesmente que o dinheiro que recebe não cobre as necessidades mínimas para um funcionamento normal que possa garantir as suas responsabilidades em termos de acesso e de qualidade.
Repare-se que a MAC ainda integra o sector público administrativo não tendo por isso natureza empresarial o que agrava a sua dependência da tutela hierárquica. No entanto (como já vem sendo hábito) a tutela lava daí as suas mãos, branqueia a sua responsabilidade directa no sufoco que impõe às instituições e de caminho faz passar a ideia de que é um problema da gestão enviando diligentemente as inspecções a inspeccionar para que o incauto cidadão fique com a ideia de que os “criminosos” gestores incumprem a bondosa doutrina ministerial.
Este tipo de comportamento qualifica bem quem o pratica.
Pelo meio vamos ouvindo repetir até à exaustão a “lenga-lenga” da boa gestão dos recursos sem comprometer a qualidade vindo de quem de gestão tem tanta experiência como o Dr. Fernando Nobre terá da ética republicana.
Nem uma palavra sobre o descalabro operacional e financeiro do SNS e da sua vertiginosa dívida. De concreto apenas uma ou outra interjeição delirante sobre fraldas voadoras ou pseudo-ofensas relativas a intenções de encerramento de urgências. Como se a actual tutela fosse capaz de fechar fosse o que fosse ou tocar em custos com pessoal.
Medidas enérgicas e reformistas apenas e só jarros de água, desligamento de impressoras, impressão dos dois lados e, mais recentemente, fiscalização fraldária. link
Eça de Queiróz
O comportamento (deplorável) da administração da MAC é o mais pungente sintoma do desespero que atravessa a generalidade das instituições do SNS. Em circunstâncias normais este órgão de gestão já não estaria em funções. Das duas uma ou teria um pingo de dignidade pessoal e institucional e já tinha apresentado a demissão ou a tutela já teria prescindido, com justa causa, dos seus préstimos. link
No entanto a espuma mediática esconde a verdadeira razão de ser dos factos.
A MAC, tal como a generalidade dos hospitais que integram o SNS, está a ser vítima de um processo irresponsável de cortes orçamentais impostos pela tutela que conduzem a um grave problema de sub-financiamento. Tal quer dizer pura e simplesmente que o dinheiro que recebe não cobre as necessidades mínimas para um funcionamento normal que possa garantir as suas responsabilidades em termos de acesso e de qualidade.
Repare-se que a MAC ainda integra o sector público administrativo não tendo por isso natureza empresarial o que agrava a sua dependência da tutela hierárquica. No entanto (como já vem sendo hábito) a tutela lava daí as suas mãos, branqueia a sua responsabilidade directa no sufoco que impõe às instituições e de caminho faz passar a ideia de que é um problema da gestão enviando diligentemente as inspecções a inspeccionar para que o incauto cidadão fique com a ideia de que os “criminosos” gestores incumprem a bondosa doutrina ministerial.
Este tipo de comportamento qualifica bem quem o pratica.
Pelo meio vamos ouvindo repetir até à exaustão a “lenga-lenga” da boa gestão dos recursos sem comprometer a qualidade vindo de quem de gestão tem tanta experiência como o Dr. Fernando Nobre terá da ética republicana.
Nem uma palavra sobre o descalabro operacional e financeiro do SNS e da sua vertiginosa dívida. De concreto apenas uma ou outra interjeição delirante sobre fraldas voadoras ou pseudo-ofensas relativas a intenções de encerramento de urgências. Como se a actual tutela fosse capaz de fechar fosse o que fosse ou tocar em custos com pessoal.
Medidas enérgicas e reformistas apenas e só jarros de água, desligamento de impressoras, impressão dos dois lados e, mais recentemente, fiscalização fraldária. link
Setubalense
Etiquetas: Ana Jorge, bater no fundo
5 Comments:
Esta semana, Ana Jorge lá está na Coluna "ALTOS" do Semanário Expresso:
«Apoiou as iniciativas da Inspecção da Saúde junto dos hospitais que pediram apoio à população (evitando que a demagogia campeasse), não se intimidou com as reacções corporativas à "importação" de médicos da Amarica do Sul e vai alargar a fiscalização das facturas dos medicamentos aos exames, à hemodiálise e ao transporte de doentes. Profilática e eficaz.»
Ao desplante a que isto chegou!
A senhora ministra que positivamente desapareceu neste últimos meses... Pensávamos mesmo que estivesse de férias prolongadas ou de baixa na sua casa da Lourinhã, e que o Manuel Pizarro estaria incumbido de assegurar a pasta, aparece classificada nesta coluna de "profiláctica e eficaz". Fruto de preciosas malhas que determinado jornalismo tece.
«Acabei de saber que a minha colega e amiga Ana Jorge encabeça a lista do PS, às legislativas, pelo círculo de Coimbra.
Para uma nascida e crescida na Lourinhã, licenciada por Lisboa e com exercício profissional sempre na zona da Grande Lisboa, esta escolha só pode ser mesmo resultado do cosmopolitismo da nossa cidade.»
João Rodrgues, via facebook
Ao contrário de Luís Amado e Teixeira dos Santos, a senhora ministra da Saúde parece ter lugar vitalício nas listas do PS.
Porque será?
«Este pedido foi um pouco extemporâneo, não há nenhuma razão, porque não há nenhuma ruptura do funcionamento da MAC»-
Ana Jorge, ministra da Saúde, a propósito do pedido de donativos por parte da Maternidade Dr. Alfredo da Costa(MAC)
DN, 19.04.11
A sonsice da senhora ministra chega a ser revoltante.
«Todos sabemos que, neste momento, Portugal atravessa uma situação difícil sob o ponto de vista orçamental e, se a sociedade civil entender ajudar as instituições com uma pequena dádiva, claro que isso será sempre bem recebido
Jorge Branco, presidente do conselho de administração da Maternidade Dr. Alfredo da Costa, a propósito do pedido de donativos aos utentes. »
JP, 15.04.11
Afinal como é ?
A senhora ministra continua a dizer que está tudo bem !
Importantíssima e clarividente a entrevista de Aldalberto Campos Ferreira, hoje 25.04.2011, no jornal Público, pág. 11.
A necessitar de divulgação...
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