sábado, maio 14

Novo Hospital de Braga PPP, inaugurado


O novo Hospital de Braga dispõe de uma área de construção de 102.000 m2; 705 camas; área de influência que engloba as populações dos concelhos de Braga, Amares, Póvoa do Lanhoso, Terras do Bouro, Vieira do Minho, Vila Verde, Famalicão, Barcelos, Esposende, Guimarães, Vizela, Fafe, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e a população do distrito de Viana do Castelo, aproximadamente 1,2 milhões de habitantes; novas especialidades: Cardiologia Pediátrica, Cirurgia Maxilo-facial, Cirurgia Pediátrica, Doenças infecciosas, Imunoalergologia, Medicina Nuclear, Nefrologia, Oncologia Médica/Hematologia Clínica, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Radioterapia e Reumatologia; 12 salas de cirurgia, 60 gabinetes de consultas e um parque de estacionamento com 2.200 lugares. Um investimento de 167 milhões de euros. link
Sem dúvida um valioso instrumento para a melhoria dos cuidados de saúde da região. Vamos ver se o consórcio liderado pela José de Mello Saúde está à altura do desafio: Assegurar a gestão privada de um grande hospital público, com ganhos significativos para o parceiro Estado. Outros já o provaram ser possível.

Nota: Quem esteve à altura do acontecimento foi a ministra da saúde, Ana Jorge. A referência ao seu estado de alma relativamente às PPP serviu para quê?!... Caro josé sócrates, vou votar PS no próximo 05.06.11. Mas livre-se, senhor primeiro ministro, de botar esta senhora novamente como ministra da saúde.

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3 Comments:

Blogger Tavisto said...

O novo hospital de Braga abriu finalmente as portas. Tal como foi feito em Alqueva, ninguém se lembrou de ter escrito no seu espaço: “Porra! construam-me”, embora merecesse o mesmo desabafo de desalento tal o desfasamento entre o anúncio político e a finalização da obra.
Pelo caminho ficaram velhas vicissitudes: um concurso público e um projecto em planta anulados por Correia de Campos (sim, ele mesmo) para dar origem a uma PPP (sim do PS) e novas inquietações: valências chutadas (doenças infecciosas); duas multas: por não cumprirem com o número de equipas médicas contratadas para o SU e uma outra por transferência injustificada de doentes para o hospital S. João; pressões à margem da lei sobre os profissionais do quadro para assinarem contratos individuais de trabalho; despedimento do gestor nomeado pelo Governo para acompanhar a parceria por razões que escuso de explicar sabendo-se que foi de imediato colocado pelo grupo Mello no hospital de Vila Franca e, mais recentemente, o saneamento de cerca de 30 profissionais, a maioria sindicalistas, que a ARSN fez o favor de varrer para baixo do tapete do SNS.
Mas a obra está feita e a cidade merece um novo hospital. Por se tratar de Braga, tenhamos fé que o grupo Mello tudo irá fazer para que nada falhe daqui por diante (os Melos em Braga não costumam falhar). Ou talvez que a sociedade gestora espere ansiosamente pelo dia 5 de Junho para ver até que ponto terá de levar esse “tudo” mesmo a sério.

12:46 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

«“O novo Hospital de Braga cumprirá de forma excepcional a missão que lhe está confiada”, garantiu Salvador de Mello, defendendo que “os projectos hospitalares tudo têm a ganhar com a junção da iniciativa privada à regulação pública e o hospital de Braga é já disso uma evidência”»

Vamos aguardar para ver.
Temos a experiência da gestão privada do Amadora Sintra que não correu bem. Muito antes pelo contrário.
Temos as trapalhadas em que se envolveu a gestão do consórcio Mello no arranque do novo hospital de Braga.
Temos a experiência do hospital de Cascais em que as coisas se passaram doutra forma muito mais positiva.

Ao fim ao cabo trata-se de mais uma experiência de utilização do modelo PPP que é necessário avaliar de molde a concluir se constitui, efectivamente, uma alternativa válida à gestão pública dos hospitais do SNS. Ou se a gestão Mello tem especificidades que limitam a qualidade e transparência da sua actuação, de forma a comprometer o referido modelo de gestão privada.

Muito importante a qualidade (honestidade) da equipa nomeada pelo Ministério da Saúde responsável pelo acompanhamento deste contrato.

O Ministério da Saúde, deverá desenvolver capacidade de escrutínio permanente do trabalho das equipas de fiscalização colocadas no terreno.
Em resumo: Não nos deixemos deslumbrar pelo aparato das novas instalações. O êxito do projecto das PPPs da Saúde depende, essencialmente, da capacidade do Estado em desenvolver capacidade de supervisão e fiscalização destes contratos complexos.

1:50 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Afinal JS parece estar muito feliz! Será com a realidade das PPP ou apenas com a oportunidade para mais uma exibição televisiva?
Cabe ao Estado supervisionar e fiscalizar. Certo. Esperemos é que daqui a alguns (poucos anos) não haja mais supervisores e fiscais do que pessoal médico e paramédico.
É que o governo (seja rosa ou laranja) vai ter que distribuir lugares e (re)colocar muitos dos boys.

11:52 da manhã  

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