terça-feira, julho 26

Paulo Macedo, 1.º discurso em Viana

Paulo Macedo botou discurso em Viana do Castelo na cerimónia de inauguração de uma nova Unidade de Cirurgia de Ambulatório. link
Oportunidade para o Ministro da Saúde desembuchar algumas dicas sobre a política de saúde que pretende seguir.

Sistema de Saúde no lugar de SNS. Mas o SNS merece ser preservado (veremos).
Vai "aproveitar o melhor das experiências do sector privado e social sem quaisquer preconceitos." (talvez a clínica de Guimarães... O Sr. Ministro bem pode procurar). Lá se vai a complementariedade. Ou talvez não, porque, pensando melhor: “O SNS vai continuar a ter um papel primordial”.

Quanto aos hospitais: "Devemos, como qualquer bom gestor, avaliar em cada momento se há vantagens em uma unidade pública ser gerida por privados sem qualquer preconceito. Agora, essa não é a nossa intenção". (Quem se portar mal vai parar ao privado)

Medidas previstas para os próximos meses (parece não haver pressa): taxas moderadoras em estudo. Descansem os portugueses porque as ditas continuarão a não ser uma fonte de receita para o Estado. As taxas fizeram-se para moderar (veremos).
Apresentação até ao final do ano de nova Carta Hospitalar, com a redefinição da rede de unidades públicas (fazemos votos que não seja uma carta de mutilação do SNS).

A parte picante: O ministro não ficará “à espera de quem se atrase”, prosseguindo, indiferente ao “ruído”, as reformas que “inexoravelmente” irá concretizar.

Concluindo: Um ensaio razoável. Às apalpadelas. Longe de um discurso interessante e mobilizador.

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6 Comments:

Blogger Tavisto said...

Uma coisa não se percebe, por que raio os políticos de direita passam o tempo a dizer que não têm preconceitos contra os privados quando é contra o público que o preconceito enche aquelas cabecinhas?
É um pouco como um alcoólico iludir o seu vício argumentando que não bebe água porque não tem qualquer preconceito contra o vinho.

12:02 da manhã  
Blogger DrFeelGood said...

Começa bem o ministro. Começa onde Ana Jorge acabou: inaugurações. Penso não ter havido chá e bolos desta vez.
Um discurso titubiante. Fraco demais para quem levou tanto tempo a preparar a abertura.
Este constante apaparicar dos privados e do social já enjoa e ainda a procissão vai no adro.
Parece publicidade ao óleo de fígado de bacalhau.
Tirando o palminho de cara da ingenheira da ESS o que é que o privado tem para apresentar?
Para realizar as reformas a que alude o ministro sem o apoio do PS não vai lá. Não é a cartilha liberal pacotilha que o vai salvar.

12:30 da manhã  
Blogger tonitosa said...

O "discurso" do Ministro da Saúde parece ter desiludido aqueles que, ainda ele não tinha tomado posse, já o criticavam.
Vai daí, como se pode constatar, há que por em dúvida as suas intenções.
Não será demais?! Não será já uma espécie de "mania" de dizer mal de tudo quanto possa por em causa o centralismo do SNS? E em perigo privilégios de classe?
O Saúdesa merece mais e melhor.

12:58 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Cavaco defende "novo conceito de serviço público"

O Presidente defende que se deve "repensar o conceito de serviço público às áreas da saúde, às áreas da proteção à infância e à área da solidariedade social" sem conceções "obsoletas e ideológicas". link.

Esta é a subtil complementaridade das palavras proferidas por Paulo Bento em Viana. Está aqui tudo o que não foi dito. Na verdade, este é o “Sistema” (de que Paulo Bento é ministro) que parasitará o Serviço [sagrado para a Engª Isabel).

Espreitam a oportunidade de gerir o sector público da Saúde, apropriar-se do seu relevante papel social e sentar-se à mesa do OE, as IPSS’s e o sector privado.

Belém, ajuda com filosofia de cordel e pejada de preconceitos. A conjugação do obsoleto com o ideológico é reveladora do caminho escolhido: a “despolitização” da coisa pública. Ou a ignóbil “exaltação anti-republicana” vinda de um Presidente da República…

Disse-o abjurando concepções obsoletas ou ideológicas. Apelou, directamente, ao misericordioso, ao caritativo, à mendicância. O óbolo a sobrepor-se ao investimento social.

A “nova maioria” (de Direita), órfã de ideologia, prisioneira de pragmatismos e inquinada pela abstrusa deriva pseudo-social do CDS, dar-lhe-á ouvidos, quando interiorizar (será o próximo passo) que a actual Constituição é (também) obsoleta e ideológica…

Enfim, um roteiro neoliberal que vai sendo pacientemente construído sob a complacência dos crentes e a indiferença dos inocentes.

10:27 da manhã  
Blogger Clara said...

Caro Tonitosa

De vez enquando, quando a pesca das corvinas lhe corre mal, o Tonitosa vem para aqui debitar bitaites. Cada vez mais reaccionários. E nem sequer consegue ler ou compreender bem o que se escreve.
Há uns anos atrás alguém aqui sugeriu fazer uma flitagem para ver se nos livrámos de varejeiras tipo tonitosa. É essa a sugestão que eu quero desixar aqui ao Xavier.

10:00 da tarde  
Blogger Olinda said...

Cara Clara apoiado. A ver se dão um lugarito ao Tonitosa para por na pratica as suas teses e nos alviar dos seus bitaites. Talvez a ingenheira lhe arrange lugarito em Loures...

10:44 da tarde  

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