quarta-feira, agosto 24

Medicamento: Junho 2011

Relativamente ao período Jan-Jun 2011, merece a pena destacar o seguinte:
Redução significativa de gastos do Estado (taxa homóloga:-19,5%) com a comparticipação de medicamentos (ambulatório)
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A despesa dos hospitais com medicamentos continua a crescer acima de valores aceitáveis (taxa homóloga: 4,1%);
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A quota de mercado dos medicamentos genéricos continua a descer em valor (taxa homóloga:18,82%) e a crescer em embalagens (taxa homóloga: 21,18%), relação que traduz a redução de preço dos medicamentos genéricos verificada neste período.
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Nota: É interessante acompanhar as análises dos nossos jornais sobre esta matéria: DE: link; JP: link

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2 Comments:

Blogger @boticando said...

A descida dos gastos com medicamentos no ambulatório e a subida dos gastos com medicamentos nos hospitais apresenta-se como uma boa tendência.
É preciso cada vez mais reduzir os gastos no ambulatório, onde existe mais espaço para o uso de fármacos "clássicos", com a patente expirada e muitos genéricos, para ser possível libertar recursos para investir a nível hospitalar em produtos inovadores de biotecnologia que marcam a diferença na qualidade de vida (e manutenção da própria vida) de muitos doentes. Idealmente, nem um só medicamento devia ser dispensado numa farmácia se não fosse o genérico mais barato e nenhum doente num hospital deveria ficar sem o tratamento ideal por falta de orçamento da farmácia hospitalar.

9:31 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Dados mensais publicados pelo Infarmed não contemplam descontos conseguidos junto da indústria farmacêutica.
Os dois maiores hospitais do País dizem que os números publicados pelo Infarmed relativos ao aumento da despesa com medicamentos nos primeiro semestre não espelham a despesa real destes hospitais. Isto porque não reflectem os descontos conseguidos junto da indústria farmacêutica que só são contabilizados no final do ano. A Apifarma pediu ontem explicações ao Governo.
Ao Diário Económico, o presidente do Santa Maria, em Lisboa, que de acordo com o Infarmed viu a despesa crescer 13,4%, explicou que o seu hospital reporta os dados sem os descontos. Descontos esses que no ano passado rondaram os 20% sobre o total das compras de medicamentos, levando a uma poupança na ordem dos 27 milhões de euros. "Quando introduzimos os descontos a despesa vem por aí abaixo", diz Correia da Cunha.
Também o S. João, no Porto, diz que o aumento de 32,3% está muito sobreavaliado, estando a despesa a crescer na ordem dos 5% nos primeiros seis meses do ano. A justificação é a mesma: só no final do ano é que os dados dos consumos reflectem os descontos obtidos junto dos fornecedores, explicou o administrador deste hospital, João Oliveira.
De acordo com os dados da Autoridade do Medicamento - Infarmed, a despesa com remédios nos hospitais do SNS cresceu 4,1% no primeiro semestre. Também a indústria farmacêutica quer explicações sobre a fiabilidade dos dados. O Diário Económico sabe que a Apifarma, a associação que representa a indústria, enviou ontem uma carta ao presidente do Infarmed pedindo que o instituto comece a reportar os dados correctos, uma vez que existem decisões políticas e consequências para as empresas farmacêuticas que se prendem com estes dados.
O anterior secretário de Estado, Óscar Gaspar, também confirmou ao Diário Económico que a "mensualização da despesa não é linear e que o rappel [descontos] só é contabilizado no final do ano". Para o antigo governante há alguns sinais de preocupação nos dados dos hospitais que deveriam levar a "repensar" algumas matérias, como a introdução de protocolos de prescrição ou compras centralizadas. Ainda assim, Óscar Gaspar, sublinha que no caso dos encargos do Estado com os medicamentos vendidos na farmácias (ambulatório) a despesa caiu 19,5%, o que, tendo em conta os dois universos - farmácias e hospitais - mostra um controlo da despesa. "Em 2011 não me parece necessário mais medidas [no âmbito do medicamento] nem antecipação de medidas da ‘troika'. No caso do ambulatório, foi inscrita uma meta de 1.440 milhões de euros de despesa para este ano, mas penso que se vai ficar abaixo disso, conseguindo uma poupança na ordem dos 260 milhões", diz Óscar Gaspar.

11:14 da tarde  

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