SNS sem dinheiro.
»A banca está a suspender o financiamento de dispositivos médicos — como seringas, luvas ou desfibrilhadores — a hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) por falta de pagamento. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, admite a ‘falência’. link
O Ministério da Saúde (MS) responde que esta “matéria diz respeito às entidades financeiras e fornecedores”, mas recomenda que os hospitais ‘fechem os cordões à bolsa’. “Temos conhecimento das dívidas das unidades de saúde a fornecedores e, por isso mesmo, e dado o momento de dificuldade que o país atravessa, deve existir um redobrado esforço de contenção, particularmente ao nível das compras como medicamentos e aquisição de serviços”.
Dados da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed) mostram que os hospitais públicos demoram 430 dias a saldar as dívidas. “Não há na nossa história uma demora desta dimensão; até aqui a espera era inferior a um ano”,
E Pedro Lopes ‘põe o dedo na ferida’: “O Ministério da Saúde deve milhões de euros aos hospitais, continua sem pagar, há contas por fechar e não temos uma mina de ouro”. Pedro Lopes alerta: “O sistema está muito complicado”.
Ainda assim, a solução não está à vista. O gabinete do ministro Paulo Macedo salienta que se está “ainda numa fase, que se supõe breve, de apuramento das contas e das dívidas de cada unidade, portanto só no final do ano estará o MS em condições de informar sobre o plano de pagamento das dívidas das unidades a fornecedores”. Contas feitas: “O plano de pagamentos será executado ao longo dos primeiros meses do próximo ano”. E não está garantido que os hospitais sejam os primeiros a receber —“É o Governo, como um todo, que determina as prioridades financeiras do Estado”, esclarece o MS.»
Expresso 06.08.11
O cerco ao SNS já começou. Os hospitais não pagam aos fornecedores porque o Estado não lhes paga os serviços contratualizados que prestam. Perante o desespero dos AH, o MS, na calma, manda-os fechar os cordões à bolsa. Sabendo que os hospitais não podem deixar de receber e tratar doentes que demandam os seus serviços. Isto não é um jogo sério, senhor ministro.
O Ministério da Saúde (MS) responde que esta “matéria diz respeito às entidades financeiras e fornecedores”, mas recomenda que os hospitais ‘fechem os cordões à bolsa’. “Temos conhecimento das dívidas das unidades de saúde a fornecedores e, por isso mesmo, e dado o momento de dificuldade que o país atravessa, deve existir um redobrado esforço de contenção, particularmente ao nível das compras como medicamentos e aquisição de serviços”.
Dados da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed) mostram que os hospitais públicos demoram 430 dias a saldar as dívidas. “Não há na nossa história uma demora desta dimensão; até aqui a espera era inferior a um ano”,
E Pedro Lopes ‘põe o dedo na ferida’: “O Ministério da Saúde deve milhões de euros aos hospitais, continua sem pagar, há contas por fechar e não temos uma mina de ouro”. Pedro Lopes alerta: “O sistema está muito complicado”.
Ainda assim, a solução não está à vista. O gabinete do ministro Paulo Macedo salienta que se está “ainda numa fase, que se supõe breve, de apuramento das contas e das dívidas de cada unidade, portanto só no final do ano estará o MS em condições de informar sobre o plano de pagamento das dívidas das unidades a fornecedores”. Contas feitas: “O plano de pagamentos será executado ao longo dos primeiros meses do próximo ano”. E não está garantido que os hospitais sejam os primeiros a receber —“É o Governo, como um todo, que determina as prioridades financeiras do Estado”, esclarece o MS.»
Expresso 06.08.11
O cerco ao SNS já começou. Os hospitais não pagam aos fornecedores porque o Estado não lhes paga os serviços contratualizados que prestam. Perante o desespero dos AH, o MS, na calma, manda-os fechar os cordões à bolsa. Sabendo que os hospitais não podem deixar de receber e tratar doentes que demandam os seus serviços. Isto não é um jogo sério, senhor ministro.
Etiquetas: liberais pacotilha, XIX gov
3 Comments:
Trata-se de dramatizar a situação de falência dos hospitais para, desta forma, melhor justificar a intervenção a preceito do Ministro da Saúde aos olhos da opinião pública.
Paulo Macedo, já se viu, não está interessado em melhorar a eficiência e qualidade do modelo de SNS existente. Antes pelo contrário. O objectivo de acordo com a cartilha liberal pacotilha é desacretidar o SNS para melhor liberalizar o Sistema de Saúde em favor dos privados que operam no sector.
Cortar, cortar, esmagar é, afinal, o que Paulo Macedo melhor sabe fazer. A justificar o êxito de uma segunda escolha. Para Isabel Vaz e Salvador de Mello o futuro afigura-se risonho.
Coincidências
A conhecida jornalista Graça Rosendo, ao que parece, assessora da engenheira Isabel Vaz é casada com o assessor de imprensa do Sr. Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo...
A confirmarem-se estas ligações, dá que pensar.
De acordo com o "Expresso":
"Álvaro Santos Pereira, que tem sido tratado (até pelos deputados da oposição) como "super-ministro" confirmou que "é verdade" que o salário da sua colaboradora é mais alto e deu a sua explicação: "Também é verdade que a minha chefe de gabinete é uma super-chefe de gabinete. Está a perder mais de 50 mil euros em ordenado por estar a trabalhar para nós", justificou Santos Pereira."
"Desde que sejam respeitadas as regras estabelecidas pelo Governo para salários, a qualidade tem de ser paga", insistiu o ministro, considerando que "esta pessoa tem as qualidades que é preciso para governar um super-ministério da melhor maneira".
Parece anedota. Temos que fazer um "peditório nacional" para compensar a senhora em causa.
Afinal a crise quando nasce não é para todos!(o que já sabíamos há muitos anos)
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