Cortes fatais
Paulo Macedo, espera reduzir a despesa do SNS até final de 2012 em 1.089 milhões de euros. Distribuído o esforço de poupança de forma equitativa pelos diversos stakeholders do sector: Desperdício – 367 milhões; sector farmacêutico – 233 milhões; Convenções- 196 milhões; Despesa pessoal -189 milhões; Utentes – 104 milhões. Segundo o Documento de Estratégia Orçamental 2011-2015, estas medidas visam garantir, a médio prazo, a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde (SNS). link
No Reino Unido, as medidas de austeridade aplicadas à Saúde vão custar a perda, só em Inglaterra, de 24.000 postos de trabalho nos hospitais, 10.000 postos de trabalho nos cuidados primários e 6.000 nos "mental health trusts". O objectivo é reduzir a despesa do NHS em £15 mil milhões a £20 mil milhões até 2015. link link
Por sua vez, a administração Obama decidiu adoptar, à semelhança dos camaradas europeus, medidas de austeridade para redução do défice, tendo proposto recentemente o corte de $320 mil milhões ao Medicare e Medicaid nos próximos dez anos. link
No nosso país, o programa de austeridade da Saúde devia cingir-se à execução das medidas previstas no memorandum de entendimento da Troika. link É, no entanto, claro que este Governo pretende ir mais além e tirar partido do momento histórico que atravessamos de molde a alterar o actual modelo de funcionamento do nosso sistema de Saúde. Entregar a prestação de cuidados ao privado e social. Financiamento do sistema com base num “plano de prestações garantidas”. Introdução de livre escolha dos utentes. São medidas que constam do programa do Governo. A implementar à sorrelfa da Constituição. link
É, por isso, extremamente angustiante saber que as medidas programadas para perseguir a sustentabilidade do sistema, servem, ao fim e ao cabo, de cortina de fumo ao projecto de liquidação do nosso SNS, delineado por este Governo.
Querem melhor prova?
Esperem pelo estudo encomendado ao José Mendes Ribeiro. Distinto gestor ex-SA e ex-SLN.
No Reino Unido, as medidas de austeridade aplicadas à Saúde vão custar a perda, só em Inglaterra, de 24.000 postos de trabalho nos hospitais, 10.000 postos de trabalho nos cuidados primários e 6.000 nos "mental health trusts". O objectivo é reduzir a despesa do NHS em £15 mil milhões a £20 mil milhões até 2015. link link
Por sua vez, a administração Obama decidiu adoptar, à semelhança dos camaradas europeus, medidas de austeridade para redução do défice, tendo proposto recentemente o corte de $320 mil milhões ao Medicare e Medicaid nos próximos dez anos. link
No nosso país, o programa de austeridade da Saúde devia cingir-se à execução das medidas previstas no memorandum de entendimento da Troika. link É, no entanto, claro que este Governo pretende ir mais além e tirar partido do momento histórico que atravessamos de molde a alterar o actual modelo de funcionamento do nosso sistema de Saúde. Entregar a prestação de cuidados ao privado e social. Financiamento do sistema com base num “plano de prestações garantidas”. Introdução de livre escolha dos utentes. São medidas que constam do programa do Governo. A implementar à sorrelfa da Constituição. link
É, por isso, extremamente angustiante saber que as medidas programadas para perseguir a sustentabilidade do sistema, servem, ao fim e ao cabo, de cortina de fumo ao projecto de liquidação do nosso SNS, delineado por este Governo.
Querem melhor prova?
Esperem pelo estudo encomendado ao José Mendes Ribeiro. Distinto gestor ex-SA e ex-SLN.
Etiquetas: XIX gov
1 Comments:
"Esperem pelo estudo encomendado ao José Mendes Ribeiro..."
Não vale a pena esperar!
Nada é incerto no processo em curso.
O que está na calha não é um processo de ajustamento.
Está em marcha um processo de extremínio político do SNS à volta de enfabulações sobre a sua sustentabilidade financeira (sob o slogan que o dinheiro é finito para a saúde, mas infinito para o apoio aos "buracos" das instituições financeiras e afins).
E, como sabemos, qualquer processo de extremínio não dispensa verdugos.
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