segunda-feira, setembro 19

Estratégia dos cortes

Para Luís Filipe Pereira a estratégia dos cortes da Saúde deve ser “tornada mais clara”. Acredita o ex-ministro da Saúde que existe por parte do actual Governo flexibilidade para os cortes da despesa não atingirem limites que impliquem uma ruptura. Mas, à cautela, vai avisando que "a procissão ainda vai no adro". link

Para o actual ministro, Paulo Macedo sem cortes orçamentais o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não sobrevivirá.
link

Segundo julgamos saber o plano de cortes da Saúde consta do memorando de entendimento assinado com a Troika. Onde parece ter havido o cuidado de salvaguardar a sobrevivência do SNS, apesar dos duros cortes estabelecidos.

A que cortes se referirão,pois, LFP e PM? Será boa estratégia do MS fazer a promoção dos cortes (necessários?) com a ameaça de ruptura iminente do SNS?
A não ser que não se trate de uma operação da salvamento. Talvez o objectivo deste governo seja mesmo conseguir a liquidação do SNS à custa de cortes e mais cortes, até ao estertor final.

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2 Comments:

Blogger e-pá! said...

Cortes, serviços & absurdas projecções…

O gráficoapenso ao post levanta várias pontas do mesmo véu (o desmantelamento do SNS).

Quer o aleatório corte no desperdício/contenção de despesa (367 M€) cumulativamente com os cortes nas rubricas profissionais de saúde e utentes (?) perfazem outros 293 M€, representam no conjunto quase 600 M€, espartilho orçamental que tornará o SNS numa sombra do que é hoje.

Acresce ainda a este drama os projectados cortes no sector convencionado e farmacêutico áreas em que o Governo tem um fraco (nulo) poder negocial.
De facto, impor reduções de preços a sectores em relação aos quais o Estado tem uma “colossal” dívida (e está incapacitado de fixar uma data para o seu pagamento) é - perante poderosas multinacionais - uma atitude quixotesca. O que se verificará, a exemplo da Grécia link, será a “suspensão” de fornecimento de alguns medicamentos aos Hospitais, com as dramáticas consequências daí resultantes.

Não há milagres. Uma coisa são cobranças (de impostos), outra serviços sociais inseridos numa área crítica de prestação de cuidados (equitativos e tendencialmente gratuitos) ao universo populacional.

8:49 da manhã  
Blogger DrFeelGood said...

Troika' não ameaça sistema de saúde"

O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) considera que as medidas da ‘troika' não põem em causa o actual desenho do sistema de saúde e garante que o organismo trabalha para preservar a equidade no acesso dos cidadãos.
"Se por parte de uns ou de outros podia haver o receio que o modelo de saúde podia ser colocado em causa, ele não o foi. As medidas de eficiência seriam necessárias com ou sem memorando da ‘troika'", afirmou Jorge Simões à agência Lusa.
Assegura que a ERS tentará acautelar a equidade no acesso aos cuidados de saúde, mas tendo sempre em consideração a necessidade de contribuir para a eficiência do sistema. "É uma equação difícil, mas são pontos fundamentais: preservar a equidade, sem discriminação dos utentes, mas contribuindo para que o sistema de saúde possa existir num ambiente mais eficiente", disse.
DE 19.09.11

O optimismo de Jorge Simões é enternecedor.
A principal ameaça ao SNS são os liberais de pacotilha.
Cortes a eito não promovem eficiência do sistema.
Paulo Macedo está a tentar executar um programa de reformas muito além do programa da Troika.
O ataque de Paulo Macedo e deste governo ao actual modelo de saúde é evidente.
A prová-lo: Quem se lembraria de nomear José Mendes Ribeiro para coordenar a reforma dos hospitais do SNS?

11:28 da tarde  

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