domingo, outubro 13

Já não há pachorra!


Foi publicado o decreto-lei n.º138/2013 que prevê a devolução de Hospitais do SNS às Misericórdias através de acordos de cooperação com prazos de dez anos, sem concursos públicos. link 
Não vai ser preciso passar muito tempo para lamentarmos (a habitual choraminga sobre o leite derramado) mais esta (marmelada) desastrosa decisão de claro favorecimento do sector social em prejuízo do SNS e dos operadores privados

2.º O programa de reorganização das urgências nocturnas em Lisboa iniciou este mês a sua 3.ª fase, com rotatividade de Urologia e Cirurgia Vascular entre os hospitais de Santa Maria e São José. Segundo Paulo Macedo, “evoluiu-se de forma muito segura. Não houve qualquer perturbação. A evolução está a ser positiva e, se continuar assim, evoluir-se-á para as outras especialidades que estão previstas” (gastroenterologia e cirurgia maxilo-facial),
A troika terá constatado não haver um plano de reforma estruturada da saúde. Quanto à reforma da rede hospitalar não se passa nada. Ao contrário do empenho do ministro da saúde em nos querer fazer crer. Tudo se resume a cortes à socapa e prejuízo de acesso e qualidade dos cuidados em troco de uns míseros euros.

3.º Em sessão da Comissão Parlamentar de Saúde, Manuel Pizarro,  acusou o governo de estar a desmantelar o nosso sistema de transplantação, referindo que “Portugal já perdeu um terço da capacidade de transplantação”, passando de 2.º para 12.º lugar num ranking internacional  Como exemplo referiu a redução em 35% dos transplantes de rim, o que se traduziu em menos 100 transplantes de 2011 para 201.
A transplantação foi uma das primeiras áreas objecto de investida do ministro da saúde. O resultado desastroso está à vista.
Clara Gomes

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1 Comments:

Blogger Tavisto said...

Estado perde milhões no Hospital da Cruz Vermelha

Publicado às 09.08
ALEXANDRA FIGUEIRA

O Estado já deu como perdida metade do dinheiro com que salvou o Hospital da Cruz Vermelha da falência. Desde então, tem-lhe comprado serviços mais caros do que os do SNS, diz o Tribunal de Contas
O Estado já perdeu seis milhões dos quase doze milhões de euros que injetou no Hospital da Cruz Vermelha para o salvar da falência, em 1998. Desde então, e apesar de vários avisos, o Ministério da Saúde continua a perder dinheiro no negócio, concluiu o Tribunal de Contas (TC). Além do valor do resgate, adianta o relatório de auditoria, até 2011 o Estado comprou ao hospital serviços no valor de 272 milhões, a preço mais alto do que o que teria suportado no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O resgate financeiro avançou porque a má gestão de pessoal deixou o hospital, em Lisboa, perto da falência. Estudos da altura mostravam que os 45% que o Estado comprou na CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, a que a Cruz Vermelha entregou a gestão do hospital, valiam 11,7 milhões de euros.
Desde então, o valor caiu. Um ano após o resgate, a Parpública (que gere as participações do Estado) admitiu que os 45% no hospital valiam metade do pago pelo Estado e suportou o prejuízo. E a avaliação partiu do princípio que o Estado continuará a ser o grande cliente do hospital, como até agora (exceto em 2011). Até 2011, o Estado comprou-lhe serviços no valor de 272 milhões de euros, sem que, com isso, a situação financeira do hospital tenha melhorado - uma leitura contestada pela CVP.
Ao longo do tempo, têm-se sucedido os avisos, com a Parpública a propor a venda ou a renegociação do acordo e o próprio TC a alertar para o problema e a recomendar o acompanhamento mais próximo das contas da empresa (ler mais ao lado).
Serviços mais caros
Agora, o TC avança com uma nova auditoria e "mantém as suas observações críticas", admitindo que a participação do Estado "esteja sobreavaliada", podendo a perda ser superior aos 50% já reconhecidos pela Parpública.
Para mais, diz, entre 2009 e 2011 os pacientes encaminhados para o hospital custaram mais 30 milhões de euros do que custariam se tivessem sido tratados no Serviço Nacional de Saúde.
Como exemplos, refere vários casos. Um é o da cirurgia oftalmológica. O melhor preço contratado com a Cruz Vermelha para uma operação às cataratas foi de 666euro, quando o custo marginal médio de uma cirurgia de oftalmologia no Instituto Dr. Gama Pinto custava 450euro - menos 216euro.
O tribunal alerta ainda para o conflito de interesses de médicos que referenciam pacientes para o Hospital da Cruz Vermelha apesar de também lá trabalharem.
JN 14/10/2013
………………….
Chamem a polícia, oh! oh! 0h! Chamem a polícia …..

10:58 da tarde  

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