Saúde e virtuosismo policial…
O ministro Paulo Macedo, presente numa conferência
organizada pela rádio TSF e o laboratório AbbVie sobre a sustentabilidade na
saúde, link aproveitou o ensejo para
fazer mais um balanço virtual da actividade do seu ministério, alinhando pelo diapasão a
que este Governo já nos habituou de debitar números favoráveis da estatística oficial, desinseridos da
realidade e expurgados de consequências sociais.
Assim, transformado em diácono da liturgia deste governo que
privilegia o impacto mediático, omitindo o que de facto se passa, Paulo Macedo
juntou-se aos que, ultimamente, eufóricos, declaram o país estatisticamente
saudável enquanto as pessoas a custo (sobre)vivem.
Verdadeiros diagnósticos de
ficção.
Não faltaram taxas de
execução do programa de ‘resgate’, colocadas, sintomaticamente, na fasquia dos
69% e de ‘repartição de esforço’ nacional da Saúde: IF - 38%; MCDT- 12%; RH- 12% e Utentes - 3%. Notável preocupação de ‘assépsia ministerial’ de fazer inveja à imagem que guardamos dos
‘guarda-livros’.
Sobre poupanças, abjurou ‘cortes cegos’, engenhosamente reclassificados de ‘virtuosos’. Convenientemente, passou ao lado dos números
relativos às reduções de financiamento público (queda de transferências do OE
para o SNS), onde de facto se enxerga a cegueira dos cortes (passe o
trocadilho). Mas, espante-se, ‘contabilizou’, sem pejo, como (cortes) ‘virtuosos’ os meros casos de
polícia (combate às fraudes) que, ultimamente, à falta de notícias da reforma da Saúde, têm preenchido diariamente as parangonas dos media.
Caso para gritar: Ó da guarda! Chamem a polícia!
É-Pá!
Etiquetas: E-Pá, Paulo Macedo
1 Comments:
Paulo Macedo aparece numa separata publicitária de empresas de saúde do Expresso, deste sábado, escrevendo umas coisas sem grande profundidade ou importância.
Adevinhem com quem segue ele na cégada carnavalesca?
* Com a "Sanfil", que é acusada de crimes pelo Ministério e tem a IGAS à perna e brevemente também o ministério público.
* Com o hospital de São Luís, que está envolvido num processo de prejudicar o estado pela judiciária militar.
(e também com a barriguitas, faça-se justiça.)
Qual o sentido de um representante do estado que se quer afirmar como paladino contra a corrupção aparecer deste modo numa publicação? Será que já lhe estão a preparar o funeral?
Hoje no diário económico saltou mais um candidato a ministro.
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