No fio da navalha ...
“Enfermeiros e médicos fazem greve conjunta no Algarve”…
link.
A greve marcada para o dia 22 de Agosto é, para já, restrita
ao Algarve. No resto do País continuam manifestações do mal-estar no SNS à
volta de problemas com cortes orçamentais, ausência de investimento, virar de
costas à inovação e amputação de recursos humanos. Um encadeamento de factos
propício para o desencadear de uma ‘grande tempestade.
Nos últimos tempos têm existido muitas outras manifestações
de enfermeiros link
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que não obtiveram grande impacto mediático. De realçar a ‘questão da exaustão’
(não só profissional mas também cívica) que mereceu um comentário (em Braga!)
verdadeiramente escabroso e inqualificável de Paulo Macedo link.
Deveria estar a lembrar-se da canseira das suas acumulações onde para além de
vice-presidente do CA do BCP, foi membro do Conselho de Supervisão do Bank
Millenium (Polónia), do Conselho de Supervisão da Euronext, do Instituto
Superior de Economia e Gestão ou ISEG Lisboa - School of Economics and
Management, para só falar dos cargos mais visíveis.
Na verdade, faltou ao Ministro, divagar sobre o ‘perigo de
exaustão’ decorrente de uma agendada e cansativa catadupa de manifestações e
greves que se prevêem e se avizinham link.
O ‘alarme’ deveria – para o MS - decorrer da avaliação de
uma mutação qualitativa em curso. Começa a desenhar-se, com a greve do Algarve,
um novo ambiente envolvente, com características endémicas, que ultrapassa
sectores profissionais específicos para envolver todos os profissionais de
saúde que trabalham no SNS e não admitem a destruição deste serviço público.
Perante isto, o Ministro da Saúde, deambula pelo País e
declara-se “satisfeito” com algumas parcerias público-privadas (no caso
vertente Braga). Aí ‘desvalorizou’ todo o tipo de ‘incumprimentos’ como a coisa
mais natural do Mundo. link.
É enternecedora esta mutação. Há cerca de 1 ano (Maio 2013)
a ARS-Norte e o SIM clamavam pelo IGAS para ‘inspeccionar’ o Hospital de Braga
e verificar inconformidades na execução do contrato de parceria do Grupo Mello
com o Estado e avaliar da qualidade assistencial e de formação link.
Passado pouco mais de um ano vemos que toda a ‘agitação’ terá sido um rebate
falso. Tudo parece satisfazer ou está em vias de...
Na sua função reguladora destas parcerias público-privadas,
o MS, quando em confronto com um grande grupo económico e financeiro, constata
que nada permanece muito tempo no fio da navalha link.
Onde e quando ouvimos uma entidade supervisora dizer ‘isto’?
E-Pá!
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