Banco bom, banco mau (2)
Hospital da Luz "troca" BES por BCP
O Hospital da Luz, principal activo da Espírito Santo Saúde,
passou a ter terminais e pontos de pagamento do Millennium BCP, apurou o
Negócios. Foi uma troca pelo principal rival, já que o sistema era assegurado,
até à semana passada, pelo BES, segundo noticiou o Económico.
Nem Espírito Santo Saúde nem BCP quiseram fazer comentários
sobre o facto de os pagamentos dos clientes serem feitos, agora, ao banco
liderado por Nuno Amado. Mas a "troca" foi uma forma de a Espírito
Santo Saúde evitar implicações negativas da medida de resolução aplicada pelo
Banco de Portugal sobre o Banco Espírito Santo. A divisão de activos ainda não
é clara relativamente à empresa de saúde do Grupo Espírito Santo. A companhia
tem como principal accionista (51% do capital) a Espírito Santo Healthcare
Investments, controlada pela Rioforte, que se encontra em protecção de credores
no Luxemburgo.
Todos os hospitais da Espírito Santo Saúde, em que se conta
o da Arrábida, em Gaia, ou o Beatriz Ângelo, em Loures, terão alterado o banco que
assegura a recepção dos pagamentos dos clientes no dia-a-dia. Contudo, segundo
apurou o Negócios, nem todos terão mudado para o BCP. Outros bancos terão sido
contemplados com estes novos clientes na sequência da decisão de afastamento do
BES por parte da empresa liderada por Isabel Vaz.
A empresa tem à venda, neste momento, 51% do seu capital,
embora o processo esteja dependente da "gestão controlada" de que a
Rioforte é alvo.
JN 12.08.14
Aguarda-se com preocupação o que sucederá à ESS (eventual divisão de activos) em especial o destino da PPP de Loures.
Etiquetas: bater no fundo, HH
2 Comments:
O fundo, sediado nas Ilhas Caimão, comprou perto de dois milhões de acções da empresa liderada por Isabel Vaz, cuja participação de 51% nas mãos do Grupo Espírito Santo está para venda.
O Makuria Credit Master Fund detém, a 11 de Agosto, 1.917.429 acções da Espírito Santo Saúde", revela um comunicado da empresa portuguesa à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários. Estas acções representam 2,0069% do capital da empresa portuguesa.
As acções foram adquiridas pelo Makuria Investment Management LLP, sediado em Londres, em nome do Makuria Credit Master Fund, sediado nas Ilhas Caimão.
Aquisições que ocorrem numa altura em que se sabe que o Grupo Espírito Santo quer alienar a sua participação de 51% na empresa da área de saúde.
JN 12.08.14
A separação de activos da ESS será inevitável.
O risco de termos um hospital público gerido por um qualquer fundo das ilhas caimão tem que ser evitado.
A concessão do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, pode ser reavaliada em caso de venda da Espírito Santo Saúde (ESS), afirma o ministro da Saúde, que foi o convidado especial do programa Conselho de Directores da Renascença desta quinta-feira.
Paulo Macedo quer cumprir o acordado com a Espírito Santo Saúde mas, confrontado com a possibilidade de venda deste activo do Grupo Espírito Santo (GES), diz pretender duas coisas: "Que o contrato seja cumprido e que se houver uma transmissão (como na Parceria Público-Privada do Hospital de Cascais) seja cumprido pela nova entidade. E que a entidade adquirente e/ou a sua gestão sejam entidades idóneas."
"Se houver uma venda tem que se verificar designadamente que as garantias prestadas para a concessão inicial se mantêm para o Estado. Quando é atribuída a concessão é prestado um certo número de garantias. [É preciso ver] se essa nova entidade continua a prestar as mesmas garantias dadas na altura da concessão", alerta o ministro na primeira declaração que faz sobre o impacto da crise no GES na PPP de Loures.
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