sábado, agosto 16

Trapalhadas e propaganda

Paulo Macedo, que acompanhou a operação juntamente com o diretor-geral de Saúde, Francisco George, garantiu que os portugueses «podem ter confiança» no dispositivo montado, na prevenção que está a ser feita, na ligação com a Organização Mundial de Saúde, em termos de instruções globais, nos equipamentos e no transporte de eventuais doentes, nos hospitais e em toda a parte de resposta laboratorial e de coordenação que está a ser feita. link 
Entretanto, trabalhadores portugueses dos aeroportos estão preocupados, por não terem formação para lidar com passageiros infectados com o vírus do ébola. A Direcção-Geral de Saúde (DGS), por sua vez, garante que só irá ministrar a dita formação se for chamada a fazê-lo. “Não nos compete dar formação a esses trabalhadores. Os aeroportos têm gabinetes e sistemas próprios de saúde para esse efeito. Só o iremos fazer se pedirem a nossa colaboração”, garante a subdirectora-geral de Saúde, Graça Freitas. link 
E, por estranho que pareça, passageiros norte americanos de um voo proveniente da Serra Leoa, foram rastreados em Lisboa, por técnicos da Direção-Geral de Saúde. E, depois de alguns dias de pernoita em Lisboa, seguiram para os Estados Unidos da América em vários voos de companhias regulares. link 
Mas há mais. Um tuga a trabalhar na Libéria partiu da capital, Monróvia, fez escala em Bruxelas antes de aterrar em Lisboa. Sem perguntas ou quaisquer chatices sobre o ébola. Apesar de os países terem anunciado um reforço do controlo aeroportuário para tentar estancar o vírus na África Ocidental. link 
Para a subdirectora-geral de Saúde (tudo numa nice) é absolutamente normal que um passageiro português ou de outra nacionalidade não seja abordado nos aeroportos, mesmo que venha de um país afectado. "Isto não quer dizer que não esteja a ser feito um controlo, as pessoas podem é não se aperceber que estão a ser observadas". 
Resumindo. Vale o “show off” das manobras do INEM . Com o sr ministro, Paulo Macedo e o director geral da DGS, Francisco George, a assistirem. O departamento de propaganda do MS não perde uma.

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