quinta-feira, outubro 23

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… Sem queixas relativamente ao Ministério das Finanças, Paulo Macedo queixou-se, isso sim, da comunicação social pelo que considerou ser a desvalorização mediática da recentemente anunciada redução das taxas moderadoras em cinco cêntimos. “É uma coisa minimizada quando desce, mas foi muito valorizada quando subiu, em 2012 e 2013, mas acho que os portugueses ficam satisfeitos com esta inversão do ciclo”, queixou-se, para reiterar que “não é através das taxas moderadoras que se fará o financiamento do Serviço Nacional de Saúde”.
O maior aumento das taxas moderadoras ocorreu em Janeiro de 2012, altura em que ir a uma urgência num hospital do SNS passou a custar 20 euros, mais do dobro do que os utentes pagavam até então (9,60 euros). De então para cá, aquele valor não tinha parado de aumentar, embora em valores residuais, prevendo o OE que em 2015 as taxas moderadoras voltem a baixar, embora também apenas residualmente. JP 23.10.14  link

Ressentimento confessado do ministro aos órgãos de comunicação
Depois de ter arrasado o acesso dos portugueses aos cuidados de saúde primários e hospitalares com o  aumento de mais de 50% das taxas moderadoras em 2012 (quadro acima), devemos estar gratos ao senhor ministro da saúde Paulo Macedo pela redução de míseros cêntimos previstos no OE 2015. 
como reconhece, "não é através das taxas moderadoras que se fará o financiamento do Serviço Nacional de Saúde." Mas é através do seu aumento abrupto, como aconteceu em 2012, que se corta a fundo o acesso dos cidadãos aos cuidados e se tenta  reduzir a eito a  despesa com o Serviço Público de Saúde.
drfeelgood
Taxas moderadoras, actualização de 2012 link 2013 link 2014 link

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