Traição abortada
A direcção liderada por Marta Temido tentou fazer aprovar
na última assembleia geral (13.05.15) proposta de admissão de não licenciados da ENSP à qualidade de sócios da APAH.
É desnecessário especular, aqui e agora,
sobre os intentos e consequências desta proposta caso tivesse sido aprovada.
A mesa da AG decidiu, e muito bem, face ao protesto apresentado, retirar a inaudita proposta, lesiva dos interesses profissionais dos sócios da APAH. Não esquecendo que esta entidade foi criada com a finalidade de salvaguardar os interesses profissionais e a promoção dos seus sócios efetivos, ou seja, os cidadãos diplomadas pelo Curso de Administração Hospitalar da ENSP.
A mesa da AG decidiu, e muito bem, face ao protesto apresentado, retirar a inaudita proposta, lesiva dos interesses profissionais dos sócios da APAH. Não esquecendo que esta entidade foi criada com a finalidade de salvaguardar os interesses profissionais e a promoção dos seus sócios efetivos, ou seja, os cidadãos diplomadas pelo Curso de Administração Hospitalar da ENSP.
Etiquetas: APAH
7 Comments:
É difícil a um estranho pronunciar-se sobre assuntos associativos sem prefigurar uma abusiva intromissão.
Por princípio, as resoluções decididas democraticamente são valiosas e virtuosas. Todavia, existem aspectos particulares (e de foro privado) que, quando trazidos a público, sujeitam os processos decisórios aos mais alargados escrutínios.
Assim, a Administração Hospitalar, entendida como competência gestionária de instituições hospitalares não pode ficar confinada ao redil dos licenciados pela Escola Nacional de Saúde Pública, por mais profundos conhecimentos que sejam aí adquiridos. As competências são sempre domínios vastos envolvendo cumulativamente aptidões técnicas, habilidades e comportamentos. E procedimentos éticos (já agora republicanos).
A formação académica (aqui como noutras áreas) é caracterizada por uma multidão de ‘gaps’ que necessitam de múltiplos contributos para se afirmarem.
A auto-suficiência é sempre um mau caminho. Limita o discernimento e acaba por comprometer os resultados. Na administração hospitalar existem aspectos específicos que não podem ser ignorados mas, antes e como todos sabemos, ser integrados. Por exemplo – e para não ser acusado de estreiteza corporativa - a gestão da informação, essencial para a boa administração hospitalar, necessitará sempre do concurso e apoio da engenharia informática.
Existe ainda um outro aspecto. A liderança efectiva e produtiva prescinde da exclusividade e preponderância monocromática das habilitações técnicas e/ou científicas. Esta para além disso baseando-se no exercício habilidoso de influências, revestido de padrões éticos, capaz de atingir objectivos, sem exibir autoritarismos pessoais ou curriculares.
Bem, ao fim e ao cabo a Administração Hospitalar não deve – nem pode - ser considerada como um feudo dos licenciados na ESSP e os ‘administradores’ das instituições hospitalares quer por direito próprio, quer por experiência adquirida pelo exercício e por provas dadas, podem provir de áreas diversas. Do mesmo modo que a propriedade e a administração das empresas não se circunscreve aos gestores ou a economistas.
Por fim, o excesso da concepção dolosa independente da terminologia frontal que colhe a minha simpatia.
Confundir visão com traição (ver título ‘traição abortada’) é manifestamente deslocado. O alargamento de uma associação sócio-profissional a colaboradores ou figuras de mérito na área de competência será sempre uma opção estratégica não devendo, por isso, ser conotada como sendo uma vulnerável exposição a hipotéticos ‘cavalos de Tróia’.
O erguer de barreiras, o acantonamento à volta de trincheiras, o tacanho espírito de grupo, não consegue disfarçar uma deriva isolacionista ou até pseudo-elitista.
Ou então será a dura expressão de uma atitude que os Administradores Hospitalares são lestos a apontar (aos outros) : um feroz e inconsequente corporativismo.
Declaração de interesses: Sou amigo pessoal da Drª. Marta Temido. Mas julgo poder garantir que defenderia estas mesmas opiniões em todas as circunstâncias similares, independentemente das personagens envolvidas.
Percebe-se agora o conteúdo da última revista da APAH. O que a direção da APAH pretende é reconhecer os CV do «inimigo». Novas Oportunidades? Especialização em AH à Relvas?
Haja decoro.
Demissão, já!
O que mais me surpreende/indigna nesta direcção da APAH é a incompetência.
Aconselho todos a lerem a proposta de código de ética dos AH no site da APAH. Aquilo mais parece escrito com os cotovelos de um indígena das ilhas papua.
Cativação de sócios para o pagamento de quotas: zero.
Balanço de contas ruinoso.
Investimento numa revista, distribuída a eito, de má qualidade gráfica, desprovida de conteúdo, que ninguém lê, mas que custa 25.000 euros aos cofres arruinados da APAH, donde muito em breve toda a publicidade fugirá.
Enquanto isso, a senhora presidente ciranda por tudo que é noticia num frenesim de fazer inveja ao Adalberto.
Estamos fartos desta feira de vaidades promotora dos interesses de um grupo restrito, protagonizada por esta direcção. Demissão já!
Haverá sempre vozes a aconselhar-nos a desistir, mas nos piores momentos, agora e no futuro, teremos de olhar com clareza e honestidade para a situação, de forma arecuperar a energia.» (Raymond Williams, citado em José Rodrigies dos Santos,2015, Comunicação, Lisboa, Gradiva,p.67).
Haja alguém que faça o retrato-tipo dos gestores de execelência EPE e verá se a APAH deve ou não admitir tais indivíduos como sócios.
Demissão, já!
Deixem-me só fazer um comentário
Saíu hoje um estudo encomendado pela Fundação Manuel dos Santos que analisa vários hospitais , sendo que algures refere que o H Santa Maria tinha melhorado muito pela introdução de chefias intermédias vindas da Banca.
Acho notável que isso tenha sido assim dado o panorama da Banca , será que a Banca chegou ao que chegou porque esses gestores saíram de lá .
HAJA DECORO
Boa Tarde,
parece-me que nem o autor nem os "comentadores" do post estiveram presentes na AG da APAH. Pois escrever: "A direcção liderada por Marta Temido tentou fazer aprovar na última assembleia geral (13.05.15) proposta de admissão de não licenciados da ENSP à qualidade de sócios da APAH", é faltar à verdade.
Por outro lado parece-me, que reformar, melhorar, manter, complementar a carreira de Administrador Hospitalar nunca será possível sem debates e discussões abertas.
Existindo uma Associação que representa os profissionais parece-me que as suas Assembleias Gerias serão o lugar indicado para o efeito e não um blog.
Cumprimentos
Eduardo de Brito Castela
O QUE NÓS VEMOS:
Com ou sem Assembleias Gerais o que nós vemos é:
1º.Uma direcção da APAH inerte relativamente às questões da Carreira de AH;
2º. Uma Direcção da APAH constituída por “iniciados” que, na esmagadora maioria dos seus membros, não está na Carreira de AH;
3º. Uma Direcção da APAH cujo plano de acção é vago, impreciso e de fraca qualidade e que, em alguns aspectos, defende a sua causa própria;
4º.Uma Direcção da APAH que chegou a tal pelo desinteresse da maioria dos colegas relativamente a essas funções;
5º.Uma Direcção da APAH que funciona como “testa de ferro” de alguns “pensadores” cuja foto não se coibiu de publicar nas capas das ultimas publicações da revista Gestão Hospitalar;
6º.Uma Direcção da APAH cujas declarações publicas são de muito fraca qualidade, cheias de lugares comuns e com nenhum interesse para a Carreira de AH.
O QUE NÓS QUEREMOS:
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Com ou sem Assembleias Gerais, o que nós queremos é uma Direcção da APAH competente e realmente interessada em resolver as questões referentes à Carreira de Administração Hospitalar.
Por todas estas razões: DEMISSÃO JÁ….!
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