A morte da reforma dos CSP
… No entanto, continuam a existir áreas prioritárias que
requerem trabalho adicional. A demora média dos internamentos por enfarte agudo
do miocárdio (7.9 dias em Portugal) é mais elevada do que em outros países
pares (3.9 dias na Dinamarca) e superior à média dos países da OCDE (6.9 dias). Com uma percentagem de
consumo de medicamentos genéricos de 30% em 2011, Portugal está abaixo da média
dos países da OCDE (41%), e bem abaixo de países como a Dinamarca (72%) e Reino
Unido (75%). Apesar de algum sucesso na redução de variabilidade no uso de
determinados procedimentos médicos, como o alcançado com a uniformização de
partos seguros, outras áreas da prática médica mantêm variação significativa;
em 2009, verificou-se uma variação de 39.6% na taxa de colocação de prótese do
joelho entre regiões. Para enfrentar o desafio que se aproxima de uma população
em envelhecimento e de um aumento da carga de doenças crónicas, mais reformas
estruturais são necessárias, com ênfase na transferência de cuidados dos
hospitais para cuidados comunitários menos caros.
O relatório da OCDE
também recomenda que Portugal:
Melhore os seus
processos clínicos, particularmente no que concerne o sector hospitalar, onde
as infecções associadas a cuidados de saúde são mais comuns que noutros locais
(com uma prevalência de 10.7% nos doentes internados em 2011/12, em comparação
com 6.0% da média da EU) e a taxa de cesarianas é ainda a quinta mais alta na
OCDE (apesar de uma redução notável);
Garanta a adesão aos padrões e normas clínicas acordados
para cuidados hospitalares e comunitários;
Reflicta sobre a orientação estratégica dos cuidados de
saúde primários que, após uma reforma impressionante, agora corre o risco de
tornar-se um sistema com 2 níveis, cada vez mais divergentes na qualidade de
cuidados de saúde;
Utilize os recursos humanos de saúde de forma mais efectiva,
através do alargamento de competências de enfermeiros e parteiras,
especialmente em cuidados de saúde primários.
Paulo Macedo, limitou-se a cortar a despesa a eito além das recomendações da troika.
Etiquetas: Crise e politica de saúde, Paulo Macedo
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