sábado, setembro 26

ARS Norte: Inusitadas publicações em DR e uma tétrica nomeação…

Não! Não existe – para a ARS Norte - nada de extraordinário nestas inusitadas nomeações. link 
As inconformidades administrativas são para essa Administração absolutamente plausíveis e diligentes. Passam ao lado de qualquer negligência e não devem ser entendidas como suspeitas. 
Ora, a ‘história’, apesar desses ‘desejos’ e ‘vontades’ não deixa de levantar reflexões e questões. Os serviços públicos foram ‘depenados’ de meios humanos sob o garrote das restrições orçamentais, mas é suposto (ainda) não termos aportado ao descalabro de justificar um atraso de 3 anos nas publicações no DR. 
Na verdade, as nomeações feitas de supetão (20 publicadas no DR em 19, 20 e 21 de Agosto 2015) link; link link segundo a ARS Norte pretendem ‘regularizar’ o exercício de funções referentes a dirigentes há muitos anos em desempenho, sabe-se lá como. Resta saber em que se fundamentou, até aqui, esse exercício. E pior como (alguns) foram dispensados desses desempenhos de direcção sem qualquer nomeação legal prévia. É um pouco a ‘história da pescada’ (que antes de ser já o era). 
A inusitada catadupa de despachos levou até que uma dirigente fosse nomeada em DR, nesta ‘leva de Agosto’, já depois de falecida. O que sendo, humanamente, um lamentável incidente, altamente desrespeitoso (tétrico) para a família da nomeada, não deixa de ser, administrativamente, uma atitude de uma intolerável leviandade e reveladora de um infindável desnorte link Por outro lado, este monumental atraso levanta 'ab initio' suspeições associadas sobre a hipotética e velada intenção de escamotear as nomeações em causa do escrutínio público. Esta é uma das razões, para além da estrita obrigação legal, para o ocorrido tenha direito a outro tipo de justificações por parte da ARS-Norte. 
Urge também perguntar – e esta é outra interpretação possível – se a publicação de nomeações abrangendo um prazo temporal tão dilatado (3 anos) visa ocultar desconformidades e conflitos de interesses. Ou trata-se de uma exposição de ‘factos consumados’? 
As ACES foram desde o seu início um alfobre de acolhimento para ‘quadros político-partidários’, em trânsito ou em início de carreira, muito ‘influenciados’ pelas comissões partidárias, locais e distritais. Em 2012, também durante o período estival, a questão das nomeações para os corpos gerentes das ACES já levantou acesa polémica link;link; link. Para já verificamos que na ânsia de varrer lixo para debaixo do tapete até vale nomear alguém já falecido para um cargo dirigente nas ACES. Diz o ditado que ‘as cadelas apressadas parem os cães cegos’…, ou então, tornou-se necessário arrumar a casa antes do próximo acto eleitoral, não vá o diabo tecê-las. 
De notar que quando, em Setembro de 2012, surgiu uma circunstância verdadeiramente escandalosa que levou à demissão da directora executiva da ACES Grande Porto 1 (Santo Tirso/Trofa), por inconformidades e inexactidões curriculares, o Ministro da Saúde anunciou que as futuras nomeações passariam pelo crivo da CReSAP e que essa avaliação teria um ‘carácter vinculativo’. link
Noutros tempos era comum afirmar-se que até os mortos votavam. Agora, é o que se vê… e quase que não se acredita. 
E-Pá!

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