sábado, setembro 12

Saúde, debate morno

21h36 – "Temos de aumentar o orçamento da saúde e está prevista a evolução". O socialista volta a referir que, na saúde, o Governo foi além da troika. Taxas moderadoras são mais caras, lembra António Costa. Ao longo da legislatura, o PS baixará as taxas moderadoras, não se compromeendo com calendário nem montantes. "Disse uma coisa na campanha e fez o contrário", lembrou Costa para explicar porque não assume esses compromissos. "Para não estar dentro de quatro anos a ouvir o que teve de dizer a Passos Coelho", explicou.
21h34 – O SNS é "um dos maiores ganhos da nossa democracia". António Arnaut pai do SNS é do PS. Cuidados continuados é fonte de trabalho para o PS. "Foi o contrário do que fizeram". "Têm criado muitos postos de trabalho para enfermeiros mas no Reino Unido, não é cá".
21h33 – "Não tenho dúvida que tem mais qualidade", diz Passos Coelho, elogiando o serviço de saúde e os profissionais.
21h32 – "Temos um sistema de saúde mais robusto do que herdámos", acredita Passos Coelho. Lembra a queda no preço dos medicamentos. Objectivo para os próximos quatro anos: "melhorar a rede de oferta, fixando os nossos recursos, e creio que o importante é que haja um aumento de liberdade de escolha dentro do sector público".
21h31 - Passos Coelho assume não ter conseguido cumprir uma promessa: "Não conseguimos um médico de família para todas as famílias. Aumentar quase 700 mil, temos ainda 1,2 milhões de portugueses sem médico de família". E promete ser um objectivo para cumprir na próxima legislatura. "Estender a cobertura mais do que até hoje foi possível. Não conseguimos dar um médico de família a todos, mas temos mais hoje. Acho que vai ser possível completar na próxima legislatura esse objectivo".
JN
O sistema de saúde mais robusto que Passos refere ameaça ruir a cada crise sazonal. Perde profissionais e competitividade todos os dias para o sector privado. Vitima dos cortes a eito, para além da troika, e da inércia das políticas do ministro Paulo Macedo.  Que não teve tomates para fazer as reformas estruturais necessárias óbvias. Passos reconhecido mentiroso continua a querer fazer de nós parvos.
Carlos Costa, por sua vez, aborda os temas da Saúde com evidente embaraço. Limitando-se a repetir as dicas mal colados dos assessores de serviço. Sem ideias novas, promete baixar as taxas moderadoras. Sem compromisso de calendário e montantes. Não esclarece como os enfermeiros vão deixar de rumar ao Reino Unido. Como pretende atribuir médicos de família e melhor acesso aos cuidados de Saúde a todos os portugueses. A promessa de melhoria de orçamento da Saúde deixa-nos a esperança de cobrir todos estes objectivos. Se o crescimento do PIB deixar.

4 Comments:

Blogger Tavisto said...

Um debate sobre Saúde pobre, para não dizer um não debate. Uma subtiliza apenas, Passos Coelho fala do Sistema Nacional de Saúde fugindo à pergunta sobre o estado do SNS. Ele bem sabe a situação de penúria em que está o serviço público e para onde o irá conduzir caso haja a imprudência de lhe conferirmos novo mandato.
Saberá António Costa fazer diferente? Uma coisa me parece, com o País a pagar um serviço de dívida de oito mil milhões de euros anos, aproximadamente o orçamento para a Saúde, não chegam boas vontades.

11:28 da manhã  
Blogger DrFeelGood said...

Como já aqui se referiu a Saúde parece fugir ao tema central do debate destas legislativas.
O programa de Saúde do PS é muito pobrezinho. Sem ideias. Não equaciona devidamente os novos problemas que se colocam à sobrevivência do SNS resultantes da falta de financiamento: Acesso às novas tecnologias, envelhecimento da população, relacionamento público/privado (o financiamento do Estado descarado e por debaixo da mesa vai continuar ou não).
Uma única preocupação domina todo o programa: Não nos comprometam!
Quando ouvi um dos assessores da Saúde do PS repetir em diversos foruns que era preciso devolver o SNS aos utentes, pensei: É desta!
Afinal, a montanha pariu um rato.

3:13 da tarde  
Blogger SNS -Trave Mestra said...

Ponham o Galamba a assessoriar a Saúde.
O discurso da Saúde desta campanha está envelhecido.
Não certamente por causa do pai do SNS.
O CC está cansado e ACF é um "bocas" inconsequente.

3:32 da tarde  
Blogger Clara said...

Estranho as cerimónias do PS no tratamento da política desastrosa de Paulo Macedo.
Mesmo o falacioso êxito da política do medicamento fez-se à custa da falência de muitas centenas de farmácias. Até Julho 2015, o Infarmed autorizou 5.420 tratamentos inovadores a doentes com hepatite C. A Gilead cobrou 48 mil euros por cada tratamento. Este caso bem demonstrativo da fragilidade do Estado face às novas tecnologias num cenário de grave problema de financiamento para as próximas decadas.
Paulo Macedo fez abortar o programa de criação de USF. Reforçou o financiamento do sector privado por parte do estado. Não reformou coisa nenhuma preferindo a degradação progressiva do SNS face ao crescente poder do sector privado.

4:02 da tarde  

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