domingo, março 6

HH, dispensa medicamentos oncológicos

«O consumo de medicamentos oncológicos sofreu variações importantes neste período. Manteve-se o aumento do consumo de medicamentos, em quan­tidade, mas agora com aumento também dos cus­tos associados.
Como esperado o aumento de custos é particular­mente importante nos fármacos novos.
Mais preocupantes são os dados referentes ao pri­meiro semestre de 2015. Quando comparado com o período homólogo de 2014 nota-se um aumento de 9,8% em custos, associado a um aumento ape­nas de 4,5% em quantidades. Estamos a assistir a uma deriva significativa no sentido do consumo de fármacos mais caros, colocando pressão muito sig­nificativa sobre o SNS
PORTUGAL, Doenças Oncológicas em Números – 2015, Pag. 30  link
Este estudo conclui que custo da dispensa de medicamentos oncológicos em meio hospitalar aumentou 9,8%, no primeiro semestre de 2015, enquanto o crescimento do consumo, em quantidade foi de apenas de 4,5%, o que traduz a opção de prescrição de medicamentos  mais caros.
«aumento da despesa com medicamentos é preo­cupante, particularmente com os novos fármacos. A necessidade de monitorizar, de forma sistemática, a efetividade terapêutica dos mesmo, é indispen­sável para conseguirmos aferir os ganhos reais em saúde, face ao custo crescente dos mesmos. Esta monitorização deve ser realizada através do regis­to oncológico nacional, instrumento que carece de implementação.» Pag 55
«A comparação com os dados europeus, em termos de mortalidade, coloca-nos numa posição confortá­vel. Não devemos esquecer, que beneficiamos de um histórico de menor consumo de tabaco em Por­tugal, a que corresponde uma menor taxa de can­cro do pulmão e de mortalidade associada. Se que­remos continuar a beneficiar deste efeito, temos de ser mais ativos na evicção e promoção da cessação tabágica. Também neste capítulo temos assimetrias que não devemos esquecer, sendo gritante a situa­ção dos Açores, onde urge tomar medidas.» Documento de leitura indispensável.
Entretanto, ACF, confirmou na sua última intervenção na AR, o anúncio feito anteriormente  link da decisão do governo em mudar a distribuição dos medicamentos oncológicos e HIVSIDA para as farmácias comunitárias.
O ministro não referiu. Ninguém manifestou interesse em saber. Não conseguimos ver no portal da saúde. Quanto vai custar esta medida (taxa de comercialização das farmácias).  
Certo é que descem os encargos dos hospitais. Cresce a despesa das ARS. Manda-se o princípio do prescritor pagador às malvas (fruto de alguma reforma power point  que terá escapado ao ministro?).  
As farmácias agradecem.
drfeelgood

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