Pôr termo às PPP
Modelo de gestão hospitalar «está fatigado»
«Nos últimos anos foram muitas, talvez excessivas» as experiências de modelos de gestão hospitalar experimentados em Portugal, frisou Adalberto Campos Fernandes, lembrando as experiências de concessão da gestão pública no Hospital Fernando da Fonseca, os modelos de unidades locais de saúde, de parcerias público-privadas e de gestão hospitalar em modelo S.A. e EPE sem que, até hoje, tenha sido feita qualquer avaliação dos resultados de qualquer uma destas experiências.
«Há de facto em Portugal muitas experiências, temos muitos modelos de hospitais, mas temos um baixíssimo nível de avaliação e temos de parar para pensar e parar esta tendência infernal de produzir leis, criar instituições, criar modelos e é isso que estamos a fazer: procurar aproveitar o que de melhor existe, mas não estar constantemente a criar situações novas”, explicou aos jornalistas à saída do encontro «Os Hospitais – Reforma do Serviço Nacional de Saúde», que decorreu no passado dia 21 em Lisboa, onde acabou por reconhecer igualmente que o actual modelo de gestão hospitalar «está fatigado» e precisa ser reinventado.
«O problema não é tanto de financiamento é um problema de organização», explicou à margem do encontro, acrescentando que o cidadão não pode ter «um percurso de martírio quando anda no sistema de saúde e ser obrigado a circular atrás do sistema e não ser o sistema a estar ao serviço dele».
Todavia, estando neste momento a tutela em período de avaliação do que há no terreno, a perspectiva do ministro da Saúde é que no segundo semestre deste ano se possam tomar as primeiras iniciativas no âmbito hospitalar.
TM 22.06.16 link
Estamos de acordo com ACF.
Chega de inventar. É necessário apostar no que melhor existe. Por termo às más experiências. Pôr termo às PPPs. Que apenas servem aos grandes grupos para acrescentarem escala e transferirem benefícios para as suas unidades privadas.
Como refere Constantino Sakellarides: “não há nada que seja defensável para a manutenção das PPP. Não se percebe como empresas do outro lado do mundo (China, Brasil ou EUA), cujo interesse é retirar dinheiro, têm maior sensibilidade do que o Estado para defender o SNS”.
Clara Gomes
Etiquetas: Clara, Parcerias da Saúde
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