HHs EPE, modelo fracassado?
CC não pára de nos surpreender.
Depois do despacho a proibir as administrações hospitalares de fazerem gastos para além dos necessários ao tratamento dos doentes, o ministro da saúde ameaça baixar de divisão os HHs EPE com pior gestão, de forma "a não beneficiar os infractores".
Segundo CC, nos HHs SPA “há um controlo mais estreito e mais rigoroso” da gestão. Os hospitais com gestão empresarial “têm uma grande margem de liberdade, podem nomear pessoas, podem contratar pessoal pagando mais, podem até colocar alguns afilhados, e podem gastar demasiado dinheiro em obras e carros."
Depois do despacho a proibir as administrações hospitalares de fazerem gastos para além dos necessários ao tratamento dos doentes, o ministro da saúde ameaça baixar de divisão os HHs EPE com pior gestão, de forma "a não beneficiar os infractores".
Segundo CC, nos HHs SPA “há um controlo mais estreito e mais rigoroso” da gestão. Os hospitais com gestão empresarial “têm uma grande margem de liberdade, podem nomear pessoas, podem contratar pessoal pagando mais, podem até colocar alguns afilhados, e podem gastar demasiado dinheiro em obras e carros."
Que grande regabofe. Espantoso !
Porquê esta preferência súbita pela centralização da gestão dos HHs do SNS ?
LFP e a Unidade de Missão, conseguiram restabelecer de algum modo o poder de intervenção da tutela na gestão dos HHs do SNS. CC decidiu seguir outros caminhos. Os actuais gestores hospitalares, preocupados com a sua realização pessoal, parecem mais interessados em cultivar o charme junto do poder das concelhias dos partidos e das autarquias, do que respeitar os compromissos das cartas de missão e cumprir as instruções do próprio ministro. É que, nestas coisas, é preciso acaulelar sempre o futuro…
CC, então, para fazer-se ouvir, tem de falar mais alto, subir a parada, emitir despachos extraordinários, ameaçar com despromoções, chamar a si maior intervenção, tentativa 'desesperada', destinada a corrigir o rumo dos acontecimentos.
Nós sempre defendemos o desenvolvimento de uma gestão pública forte, eficiente e moderna dos HHs do SNS. Mas não assim, de recurso, tábua de salvação e desespero.
Hospitais candidatos à despromoção: “Setúbal, Alto Minho, Vale do Sousa, Almada e Pulido Valente”. Para já. Mas cada caso é um caso. Depois, logo se verá !
MB, considera que “esta decisão política de Correia de Campos, que aguarda ainda a elaboração de um enquadramento jurídico formal, é um retrocesso no objectivo de transformar todos os hospitais em EPE até final da legislatura”. link
Eu penso que o reconhecimento da ineficácia do modelo de gestão EPE poderá constituir a principal justificação de CC para a introdução de novas experiências de gestão privada nos HHs do SNS.
Porquê esta preferência súbita pela centralização da gestão dos HHs do SNS ?
LFP e a Unidade de Missão, conseguiram restabelecer de algum modo o poder de intervenção da tutela na gestão dos HHs do SNS. CC decidiu seguir outros caminhos. Os actuais gestores hospitalares, preocupados com a sua realização pessoal, parecem mais interessados em cultivar o charme junto do poder das concelhias dos partidos e das autarquias, do que respeitar os compromissos das cartas de missão e cumprir as instruções do próprio ministro. É que, nestas coisas, é preciso acaulelar sempre o futuro…
CC, então, para fazer-se ouvir, tem de falar mais alto, subir a parada, emitir despachos extraordinários, ameaçar com despromoções, chamar a si maior intervenção, tentativa 'desesperada', destinada a corrigir o rumo dos acontecimentos.
Nós sempre defendemos o desenvolvimento de uma gestão pública forte, eficiente e moderna dos HHs do SNS. Mas não assim, de recurso, tábua de salvação e desespero.
Hospitais candidatos à despromoção: “Setúbal, Alto Minho, Vale do Sousa, Almada e Pulido Valente”. Para já. Mas cada caso é um caso. Depois, logo se verá !
MB, considera que “esta decisão política de Correia de Campos, que aguarda ainda a elaboração de um enquadramento jurídico formal, é um retrocesso no objectivo de transformar todos os hospitais em EPE até final da legislatura”. link
Eu penso que o reconhecimento da ineficácia do modelo de gestão EPE poderá constituir a principal justificação de CC para a introdução de novas experiências de gestão privada nos HHs do SNS.
2 Comments:
Acho que nesta área seria útil uma clarificação: as Administrações dos Hospitais (SPA ou EPE, tanto faz) deveriam ter lugares fixos e variáveis. Nos lugares fixos ficariam os AH tradicionais, parte do quadro de pessoal dos hospitais. Os lugares variáveis deveriam ser ocupados por gestores nomeados pelo governo após cada eleição. Deste modo, haveria uma responsabilização política directa do governo pelo desempenho de cada instituição. E os mandatos destes gestores deveriam ter a mesma duração de cada ciclo político, sem direito a indemnizações por despedimento. Naturalmente, e principalmente por uma questão de moralidade, cada hospital não deveria poder ter mais que o nº de viaturas necessárias à sua actividade diária e deveria ser proibido o uso pessoal dos carros pelos membros do CA.
A Unidade de Missão de LFP foi uma boa iniciativa, a que CC deveria ter dado continuidade (mesmo que com pessoal da sua área política).
Acho que não estão a ver a "bigger picture"... algo que me surpreende muito no Xavier!
Os hospitais da lista são os casos críticos da gestão SA. Hospitais que durante a era LFP, foram alvo de uma gestão danosa (para não dizer criminosa) pelos "gestores" nomeados. Actualmente, mesmo com novas administrações (algumas com nomes de peso no mundo dos AH), não se vão conseguir endireitar. Sendo EPE's, o Estado não pode "injectar" dinheiro para cobrir os maus resultados das administrações anteriores. A opção poderia passar por um reforço no capital estatutário, mas a Comissão Europeia iria interpretar isso como uma manobra de encobrir o défice (o tal que deve ficar abaixo dos 3%... lembram-se disso?).
A única solução, para os hospitais que não consigam encontrar meios de receber fundos suficientes através das verbas da convergência, será voltarem ao estatuto de SPA, onde o estado poderá "apagar" a dívida.
Simples, não é?
Relativamente à polémica dos carros:
Quantos dos leitores do blog estariam dispostos a abdicar do subsídio de férias para "bem do hospital"?... ninguém? Ok, e então abdicar da hora de almoço, para aumentar a produtividade do hospital? Também ninguém?... pois é isso que se está a pedir a um membro de um CA quando se critica a aquisição de um carro de serviço. São previlégios que são acordados como regalias do emprego, não é correcto pedir posteriormente que, para o interesse do hospital, se abdique destes DIREITOS.
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