Não é Castigo, mas sim Salvação
CHAM
Acho que não estão a ver a "bigger picture"... algo que me surpreende muito no Xavier!
Os hospitais da lista são os casos críticos da gestão SA. Hospitais que durante a era LFP, foram alvo de uma gestão danosa (para não dizer criminosa) pelos "gestores" nomeados. Actualmente, mesmo com novas administrações (algumas com nomes de peso no mundo dos AH), não se vão conseguir endireitar. Sendo EPE's, o Estado não pode "injectar" dinheiro para cobrir os maus resultados das administrações anteriores. A opção poderia passar por um reforço no capital estatutário, mas a Comissão Europeia iria interpretar isso como uma manobra de encobrir o défice (o tal que deve ficar abaixo dos 3%... lembram-se disso?).
A única solução, para os hospitais que não consigam encontrar meios de receber fundos suficientes através das verbas da convergência, será voltarem ao estatuto de SPA, onde o estado poderá "apagar" a dívida.
Simples, não é?
Relativamente à polémica dos carros:
Quantos dos leitores do blog estariam dispostos a abdicar do subsídio de férias para "bem do hospital"?... ninguém? Ok, e então abdicar da hora de almoço, para aumentar a produtividade do hospital? Também ninguém?... pois é isso que se está a pedir a um membro de um CA quando se critica a aquisição de um carro de serviço. São previlégios que são acordados como regalias do emprego, não é correcto pedir posteriormente que, para o interesse do hospital, se abdique destes DIREITOS.
Os hospitais da lista são os casos críticos da gestão SA. Hospitais que durante a era LFP, foram alvo de uma gestão danosa (para não dizer criminosa) pelos "gestores" nomeados. Actualmente, mesmo com novas administrações (algumas com nomes de peso no mundo dos AH), não se vão conseguir endireitar. Sendo EPE's, o Estado não pode "injectar" dinheiro para cobrir os maus resultados das administrações anteriores. A opção poderia passar por um reforço no capital estatutário, mas a Comissão Europeia iria interpretar isso como uma manobra de encobrir o défice (o tal que deve ficar abaixo dos 3%... lembram-se disso?).
A única solução, para os hospitais que não consigam encontrar meios de receber fundos suficientes através das verbas da convergência, será voltarem ao estatuto de SPA, onde o estado poderá "apagar" a dívida.
Simples, não é?
Relativamente à polémica dos carros:
Quantos dos leitores do blog estariam dispostos a abdicar do subsídio de férias para "bem do hospital"?... ninguém? Ok, e então abdicar da hora de almoço, para aumentar a produtividade do hospital? Também ninguém?... pois é isso que se está a pedir a um membro de um CA quando se critica a aquisição de um carro de serviço. São previlégios que são acordados como regalias do emprego, não é correcto pedir posteriormente que, para o interesse do hospital, se abdique destes DIREITOS.
El Unclo
3 Comments:
É tudo simples demais.
A memória também é uma coisa simples. Quando foram criados os primeiros SA's, muitos dos gestores dos SPA, foram nomeadas para administradores dos SA. Houve alguma razão para os salários terem passados de cerca de 700 para 2000 contos? Certamente que foi negociado. E porque é que os tais administradores que, até essa data andavam com Renault passaram a andar em Saab? Se isto é a diferença entre SA e SPA, começou bem mas, claro, sabia-se que ia acabar mal! O resultado está à vista.
Claro que os gestores do SA's só para lá foram devido às condições salariais novas... Caso contrário teria sido impossível ter tão brilhantes gestores na administração hospitalar. Óbvio!
Não chega mudar de nome se, em muitos casos, se mantêm as mesmas pessoas.
Em minha opinião, a grande responsabilidade da falta de controlo financeiro e, por outro lado, de alguma falta de preocupação com o cliente (doente), advém do facto do recrutamento dos gestores ser feito, maioritariamente, pela cor do cartão de militante.
É absolutamente impossível melhorar a qualidade da gestão se os gestores escolhidos forem meramente "indicados" pelo governos sem qualquer avaliação técnica dos candidatos. Tem que haver um processo selectivo em que se escolham os melhores candidatos aos lugares, do mesmo modo que uma qualquer empresa faz. De outro modo, que moral (e que motivação) têm os governos para responsabilizar os seus nomeados? Regra geral, são os governos seguintes que dizem cobras e lagartos dos gestores anteriores mas, como facilmente compreende, a sua credibilidade é absolutamente nula, pois em muitos casos, tratam-se de processos para por na rua os que não têm a sua cor partidária.
A análise do El Unclo é realmente bastante arguta e provavelmente correcta. No entanto, a questão dos carros não pode ser posta dessa forma, pois com base no pressuposto dos direitos adquiridos seria impossível qualquer alteração às mordomias existentes. Além disso, o principal problema da aquisição de carros nem sequer é o impacto dessas medidas no orçamento dos HHs, mas sim o mau exemplo que as chefias transmitem ao resto da Organização. Salvaguardando as devidas proporções, o caso é semelhante ao dos milionários da indústria têxtil que passeiam de Ferrari enquanto têm salários em atraso nas suas fábricas. Ou seja: quem gasta 20 ou 30 mil euros do dinheiro do HH na aquisição de um carro para si deixa de ter moral para pedir contenção de despesas a quem quer que seja, o que no caso dos elementos do CA de um HH é gravíssimo, pois contraria a própria natureza do cargo desempenhado. Calculo que estes gestores devam assistir a coisas do género:
- Ó Sr. Lopes da Silva, anda a gastar muito dinheiro em fotocópias...
- Pois é, Sr. Presidente do CA. Mas se investíssemos em fotocópias os 35.000 € que V. Excia. gastou na sua viatura para uso pessoal, ao preço de 0,02€ a fotocópia, seria possível tirar 1.750.000 fotocópias! São tantas, que se as estendêssemos todas seguidinhas no chão, dava para fazer uma passadeira de mais de 500 km!!!
El Unclo tem razão até falar na questão dos pópós.
Também é gestão danosa (logo crime) um conselho de administração ir comprar pópós mesmo antes de saber quais os investimentos necessários que o seu Hospital necessita para melhor servir os seus utentes.
A compra de pópós por qualuqer conselho de administração nunca poderá ser um investimento prioritário num Hospital porque nenhum doente será mais bem tratado pelo facto do Sr. Presidente do Conselho de Aministração se deslocar numa nova viatura.
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