Alert
Dificuldades e falhas no software, pouca adaptabilidade à estrutura dos serviços e dificuldade de comunicação com outros programas informáticos foram alguns dos problemas apontados ao Alert pelos médicos do Serviço de Urgência do HUC, num debate organizado pelo SRCOM em Coimbra (TM n.º 1262, 22.10.07).
Não se pode exigir só do hospital o esforço de adaptação ao sistema. A empresa instaladora tem de desenvolver o sistema de forma a este poder adaptar-se melhor à instituição (Carlos Mesquita, director do SU).
Jorge Guimarães, o médico-empresário que lidera a Alert Life Sciences Computing, SA link responsável pelo desenvolvimento e instalação do Alert, defendeu-se como pôde, admitindo que há coisas a melhorar.
No HUC, o Alert entrou em funcionamento em Maio seguindo uma metodologia de instalação com sobreposição de registo em papel e no sistema informático.
Foram efectuados estudos técnicos em todos os serviços destinados a determinar os postos de trabalho e o tipo de terminais. A formação e o acompanhamento presencial decorre até o serviço estar apto a funcionar sem papel.
Não se pode exigir só do hospital o esforço de adaptação ao sistema. A empresa instaladora tem de desenvolver o sistema de forma a este poder adaptar-se melhor à instituição (Carlos Mesquita, director do SU).
Jorge Guimarães, o médico-empresário que lidera a Alert Life Sciences Computing, SA link responsável pelo desenvolvimento e instalação do Alert, defendeu-se como pôde, admitindo que há coisas a melhorar.
No HUC, o Alert entrou em funcionamento em Maio seguindo uma metodologia de instalação com sobreposição de registo em papel e no sistema informático.
Foram efectuados estudos técnicos em todos os serviços destinados a determinar os postos de trabalho e o tipo de terminais. A formação e o acompanhamento presencial decorre até o serviço estar apto a funcionar sem papel.
7 Comments:
Já por mais do que uma vez me referi ao "ALERT" nas páginas do Saúde SA. E fi-lo, nomedamente a propósito da forma como a sua contratação foi feita com o IGIFS.
E referi, também, já há muito tempo as críticas que alguns utilizadores vinham fazendo ao sistema.
Não pretendo dizer com isto que o "ALERT" não mereça ser destacado como um sistema inovador e útil enquanto instrumento de gestão de serviços de saúde. O que é verdade é que o mesmo tem sido "vendido" como um remédio absoluto para todos os problemas da gestão (em particular dos hospitais)e isso não é verdade. Nem o sistema é tão bom quanto tem sido apregoado, nem é, nem tem que ser, a solução única dos problemas de gestão dos serviços.
E além do mais tem custos demasiado elevados. Podemos estar mesmo, mais uma vez, perante a má utilização de fundos comunitários!
Depois há, como de costume, algo que tem sido esquecido (por conveniência ou ignorância): o sitema informático até pode estar bem concebido, sem prejuízo de melhorias e correcçõs futuras; mas só funciona correctamente se, também, correctamente dele se fizer uso.
Ora, nas minhas deslocações a um determinado hospital onde o mesmo está instalado, sucessivamente e durante vários dias, a mensagem na triagem era sempre a mesma:vermelho - 0; laranja - 10; amarelo - 60; verde 120; azul - 240; branco -indefinido. Eram assim informados os utentes dos tempos de espera. Simplesmente este tipo de informação, suportada no sistema ALERT, nada tinha de útil. Ao doente não são indicados os tempos de espera previstos em cada momento e em função do número de utentes em espera, mas sim os máximos prováveis. E aqueles máximos são facilmente ultrapassados. O problema é que aquela informação é fixa e bastaria que, numa qualquer parede fôsse colocado um cartaz (mais um) com amesma informação. Fazer passar, recorrentemente, os mesmos dados num painel elctrónico é mesmo só para "inglês ver"!
Se nada for feito, dentro de alguns anos há-de acontecer com o ALERT o que aconteceu com o SONHO.
Parece-me que estamos a confundir conceitos... o sistema de cores é o sistema triagem de Manchester que é expresso exactamente por esse código de cores...
Outra coisa é o Alert...
Quanto aos tempos de espera... tem de perguntar aos Directores de Serviço o porquê de eles não serem actualizados... talvez porque, tal como disse, os tempos são facilmente ultrapassados, aliás quase sempre ultrapassados, estes desincentivariam os utentes a permanecer`à espera e como sabe cada doente atendido numa urgência é um "ponto extra" na produtividade das UAG, que "recebe" em função dos utentes que atende...´mas isto é só uma teoria da conspiração.
Magistral estratega,
Não sei se sou eu que estou a confundir as coisas! Leia bem o meu comentário; acho que está claro. Quanto à sua "conspiração", não estou de acordo com ela. Mas a ser verdade que o utente desistiria, então isso seria bom para o SNS. Porque seriam os falsos urgentes os que certamente desistiriam. Mas a realidade, também, nem sempre é a mesma: no hospital a que me refiro, o afluxo às urgências é bastante variável e mesmo quando os tempos máximos de espera não são atingidos, a informação mantém-se imutável!
O sistema pura e simplesmente não tem um "gestor" e como tal não funciona.
Porque como sabemos, não basta adquirir os equipamentos e o software!
Mas ao ser bom para o SNS seria bom para a "produtividade" do SU?( e consequentemente para a UAG?
A única coisa que não funciona (além claro dos parâmetros que não foram incluídos e de um ou outro bug), é mesmo essa informação que é dada ao público... que pode facilmente ser corrigida se o utente se dirigir à sua respectiva área de espera e inquirir qualquer profissional da instituição sobre os tempos actuais de espera...
Há uns tempos perguntei... conhecem algum sistema melhor de informatização em SU do que o Alert? Por favor digam-me que eu desconheço(sem ponta de sarcasmo mas por ignorância).
De facto desconheço o que quer dizer por gestor do sistema...
Mas ao ser bom para o SNS seria bom para a "produtividade" do SU? e consequentemente para a UAG?
A única coisa que não funciona (além claro dos parâmetros que não foram incluídos e de um ou outro bug, mas penso também que não é desta problemática a que se refere), é mesmo essa informação que é dada ao público... que pode facilmente ser corrigida se o utente se dirigir à sua respectiva área de espera e inquirir qualquer profissional da instituição sobre os tempos actuais de espera...
Há uns tempos perguntei... conhecem algum sistema melhor de informatização em SU do que o Alert? Por favor digam-me que eu desconheço(sem ponta de sarcasmo mas por ignorância).
De facto desconheço o que quer dizer por gestor do sistema...
E esqueci-me de dizer... esse quadro onde indicava os tempos de espera... isso sim era um desperdício...pois tudo me leva a crer que só explicava o sistema da Triagem de Manchester... mas em vez de ser num cartaz... era num ecrâ plasma ou LCD... é que esses são exactamente os prazos estimados para atendimento dos utentes(o prazo até ao qual eles devem ser atendidos)... o que me leva a crer que essa mensagem na triagem não mostrava os tempos actuais de espera mas sim a explicação do sistema... às tantas tudo isto um malentendido...
Magistral estratega,
Apenas mais uma nota sobre esta matéria. O que escrevi foi que a informação sobre os tempos de espera (efectivos...e não máximos admitidos) é suportada pelo ALERT.
Seja como fôr, de nada importa qualquer sistema se não houver o cuidado de registar todos os dados previstos e exigidos. E no caso em apreço o que se verifica é que a informação não existe, e deduzo eu, porque não é tratada (ausência de registos) e é por isso que entendo que, como em qualquer outro sistema, deve haver alguém que assegure os adequados procedimentos (chame-se gestor do sistema ou qualquer outra coisa!)
Quanto à eficácia do ALERT continuo a pensar que não funcionará no nosso tipo de organizações onde, frequentemente, podemos dizer que "é tudo ao monte e fé em Deus".
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