terça-feira, abril 15

Em que ficamos?


Não me parece que se possa falar em novo fôlego. link
Mais me parece uma medida de suporte com vista a estabilização de uma situação crítica durante mais umas horas.
A ministra diz ter encontrado condições para o Dr. Pisco "se manter no cargo». O próprio, segundo o JP terá afirmado: apresentou demissão do cargo por considerar "ser incapaz de levar para a frente a tarefa de reconfiguração dos centros de saúde".

Em que ficamos?
Não teria sido melhor o silêncio? Ficamos a prazo ou a curto prazo?
Esta a única dúvida. Temporal, como se pode ver...

Melhor, penso que em boa verdade o Dr. Luís Pisco já saiu.
Nem ele notou, nem a Sr.ª ministra viu (...saiu pelas portas do fundo).
e-pá!

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6 Comments:

Blogger Clara said...

«De acordo com a acta da reunião a que o PÚBLICO teve acesso, Luís Pisco terá comunicado a intenção de “apresentar nesse mesmo dia ou no dia seguinte” a sua demissão à ministra da Saúde, ficando dependente, do resultado desta reunião, as condições e prazos para a cessação das actividades da MCSP, nomeadamente no que se refere às USF de modelo B. Nessa reunião esclareceu que, enquanto coordenador da MCSP, era “ incapaz de levar para a frente a tarefa da reconfiguração dos Centros de Saúde. “Por culpa própria eu não tenho condições para ir ao encontro da implementação das ACES e com estas pessoas será muito difícil; sem elas também, será difícil”.

Apesar de reconhecer a necessidade da implementação das ACES, enquanto ponto essencial para a concretização e desenvolvimento da reforma dos centros de saúde primários (CSP), o coordenador nacional da MSCP declarou “não ter condições pessoais nem estar disposto a mediar eventuais estratégias divergentes com as administrações regionais de saúde (ARS), admitindo a hipótese de se encontrar dentro da missão para os cuidados de saúde primários um novo coordenador”.»
JP 13.04.08

Face a este quadro desolador de esmagamento do coordenador da MCSP, o que poderá ter prometido a ministra da saúde a Luís Pisco?
a) está na calha a nomeação de um novo coordenador?
b) a ministra vai dar autonomia às ACES;
c) O processo de criação das ACES ficou adiado sine dia;
d) a ministra vai colocar os missionários à frente das ARSs;
e) A ministra da saúde receitou ao dr. Pisco uns prozacs;
f) é desta que vamos gramar com o Biscaia;
g) a ministra da saúde combinou com o dr. Pisco uma peregrinação a Fátima.

Conclusão: Este episódio de pedido de demissão do responsável da MCSP está a ser, a todos os títulos, lamentável.

8:47 da manhã  
Blogger Bicho said...

Tendo em conta todos os contornos da "história", concordo inteiramente com o que diz Clara.
Fica em causa a credibilidade da MCSP e do próprio Luís Pisco.
Embora desconhecendo que "compromissos" foram assumidos entre Luis Pisco e a Ministra da Saúde, não sei se a maior ou menor prazo, não será posta em causa a credibilidade da própria Ministra .

10:57 da manhã  
Blogger Carago said...

Ultimas noticias dos mentideros, quentes, quentes, a escaldar...um grupo de Missionários nacionais e regionais terá reunido em Coimbra e enviado uma carta a demitirem-se da MCSP não a quem os escolheu, Luis Pisco, mas sim à própria Ministra...e à mesma hora em que esta reuniu com a Ministra...e agora? Outra que corre é que o Secretário de Estado estará a tentar evitar um publico abandono dos Missionários afectos á FNAM/SEP para evitar que estas estruturas fiquem ainda mais mal vistas e ligadas ao golpe de estado...Enquanto isto Luis Pisco oscila, qual bem me quer mal me quer...Será que alguma vez esta carta de demissão será passada para a comunicação social do mesmo modo que o foi a tal Acta?

11:30 da tarde  
Blogger Clara said...

A ministra da Saúde aceitou hoje o pedido de demissão de vários membros da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, cuja equipa será agora reconstituída pelo coordenador nacional, Luís Pisco.

LP, afinal, foi buscar apoio à ministra da saúde para poder deitar borda fora alguns dos missionários.
Será que vamos gramar com o Biscaia?

9:35 da tarde  
Blogger tambemquero said...

INSTALOU-SE A BAGUNÇA !
Os deputados sociais-democratas Ana Manso e Carlos Miranda apresentaram, terça-feira, um requerimento à Presidente da Comissão de Saúde, Maria de Belém Roseira, para uma audição parlamentar do coordenador do MCSP, Luís Pisco, com a intenção de que sejam tornados públicos os motivos que o levaram a reconsiderar o pedido de demissão.

Ainda vamos ver o Litério a mandar bitaites sobre a MCSP.
Quanto tempo vai durar Luís Pisco?

Quais as demissões que se seguem ?!...
José Sócrates, ao demitir CC é o grande responsável por este desmoronar.

9:47 da tarde  
Blogger Unknown said...

Caros

Escrevi aqui há dias um post que o Xavier entendeu colocar em destaque em que dava a opinião acerca do que era visível neste processo. Hoje as coisas estão mais claras, apesar do jogo de sombras ainda não estar terminado. Parece que os Missionários (a maioria)se engalfenharam numa luta fratricida, egoísta, narcísica, muito ao jeito dos grupos m-l (nas suas diversas variantes) entre a linha justa e a menos justa, pondo de lado o essencial a "nobre" Reforma". Ao longo dos últimos meses, foram vários os sinais de afastamento entre o "grupo dos 8" e o coordenador da Missão, com a saída de CC sentiram-se à vontade para dar o golpe final "palaciano", acusaram em público e em privado as ARS's de cederem às pressões do aparelho partidário do PS, proposeram quotas para a linha justa, quiseram indicar nomes para os ACES, instrumentalizaram o "manifesto contra a partidarização dos ACES",dividiram para reinar na sombra dos gabinetes, embebedados pelo exercício do poder, mesmo que sempre negado à boa maneira, dos que estão dentro mas estão fora, dos que repetem que não querem ser poder mas estão danados para o assumir, mas sempre com a possibilidade de parecerem estar no contra. Nomeados por indicação do Coordenador da Missão, demitiram-se à Ministra para fazer valer a sua força e indicar um novo coordenador. Não se importam de deitar a Reforma pela pia abaixo, cientes da sua importância e iluminados pela razão. E que dizer de LP, aprisionado nesta teia, um dia demite-se noutro recua, deixando-se apunhalar por aqueles que tinha como seus braços direitos. Nos próximos dias estes jogos de sombras ficarão mais clarificados, será importante perceber com esta luta fratricida atingirá primeiro lugar a Reforma, veremos com que elementos LP recomporá a Missão, fala-se em Vitor Ramos, Rui Monteiro, Filipa Homem Cristo. Veremos que repercussões esta luta terá na elite da Medicina Geral e Familiar, que novos equilíbrios se criarão na APMCG, na FNAM e nos seus vários sindicatos, veremos que influencia tiveram António Branco e Eduardo Mendes em todo este processo. Veremos se os diversos intervenientes estarão disponíveis para salvar o essencial " A reforma dos CS". Finalmente como celebrizou a Cornucópia no final dos anos setenta ao levar à cena um colectânea de textos do cómico alemão Karl Valentin, "E não se pode exterminá-los".

11:39 da tarde  

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