quarta-feira, abril 16

Fim das PPP

O primeiro ministro, José Sócrates anunciou recentemente o fim da gestão privada dos HHs públicos do SNS. Com excepção dos HHs de Cascais, Braga, Loures e VilaFranca.
Perguntámos aos leitores da Saudesa se concordavam com a manutenção desta excepção.
A esmagadora maioria respondeu não concordar: 444 votos (81%);
Uma pequena minoria respondeu concordar: 104 votos (19%).
Senhor primeiro ministro, aqui tem uma decisão de grande impacto, a anunciar quando a campanha estiver mais adiantada. Verdadeira prova dos nove sobre a sua governação de matriz socialista.
Acabe de uma vez com esta marmelada das PPP.

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

DUAL BEHAVIOUR ?

É realmente espantosa a mudança de tom (e de timbre) sobre o H AS, sobre a atitude global do grupo José Mello Saúde, sobre ameças que foram mesmo "ameaças" e que agora se querem transformar, por "passes de mágica", em conselhos, advertências, conversas entre amigos.

A gestão clínica privada do H AS - mesmo tendo em consideração o tempo de exercício - não permite conclusões do tipo:
"O presidente do grupo José de Mello Saúde acusa o governo de ignorar os elevados benefícios que o hospital Amadora-Sintra trouxe à população e que garante seriam impossíveis num hospital de gestão pública".

Para quem anda no "metier", isto é, conversa fiada, é uma espécie de marketing, é uma amostra
(sem critérios de amostragem), despida de qualquer valor estatístico e muito menos conclusivo.
Depois a evocação de uma das "chagas" do momento:
o tempo de espera cirúrgico, sem contextualizá-lo.
Números "per si" é muito pouco.

Oh! Sr. Salvador de Mello já passamos peloo tempo camoniano da:
Ó glória de mandar!
Ó vã cobiça
Desta vaidade a que chamamos fama!"

Mais importante, golpes de asa ou exibição de saberes inauditos, irrefutáveis pelo comum dos mortais, é produzir estudos rigorosos, metodológicos, baseados em critérios de evidência, sobre o modelo de gestão das EPE, sobre os seus resultados e compará-los com outros.
Foi, segundo percebi, a fundamentação do PM na AR para retirar a gestão das novas PPP's.
Quando se faz avaliações entre gestões (pública/privada) numa perspectiva de gestão e da qualidade da prestação a situação começa a esclarecer-se."
E se conseguirmos utilizar um "indicador agregado de avaliação da eficiência e da qualidade" as surpresas podem ser maiores.

Ninguém percebe como um Hospital com uma gestão coesa , homogénea possa ter crescido nos últimos três meses 17 % na actividade. Eureka. Ou descobrimos a polvora em 2008 ou tivemos uma gestão deficiente durante 12 anos (não é 12 dias!).
Os receios sobre a transição entre a gestão privada e pública, são infundados. O Estado não os invocou quando entregou a gestão do H. Amadora-Sintra ao Grupo Mello.

Neste momento em relação às contas sobre os custos da gestão:
existe um diferendo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa sobre os números apresentados.
O grupo Mello diz esperar não ter de recorrer ao Tribunal Arbitral.
Não me parece. Em 2003, apesar do parecer contrário do Tribunal de Contas, o Estado.
Em 2003, o Estado foi obrigado a pagar 43 milhões de euros.
Desta vez pode ser pior.

Numa sociedade de cidadãos comuns, por quotas, como há milhares em Portugal, só os contantes desencontros de contas entre parceiros, levaria - como grande probabilidade - à sua dissolução .
Será esta banalidade que está a acontecer?


A não ser que existissem outros objectivos, outras ambições como p. exº.: a hegenomia das PPP's hospitalares em Portugal...

Nesse caso os "estragos" poderão ser maiores do que parecem...

5:59 da tarde  

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