DGS, programa de prevenção
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resistências aos antibióticos
«Vários estudos epidemiológicos demonstram uma associação consistente e estatisticamente relevante entre o nível de consumo de classes específicas de antibióticos e a resistência a essas mesmas classes de antibióticos.» DGS, CI 06.05.08
As práticas de prescrição de antibióticos variam, significativamente, entre norte e sul da Europa. Enquanto em França, o consumo de antibióticos ronda as 32 doses diárias por mil habitantes (DDH), na Holanda o consumo é de apenas 10 DDH. Portugal inclui-se no grupo dos países com maior consumo de antibióticos, 26 DDH (ano 2002) .
Por outro lado "na maioria dos países europeus, verifica-se uma utilização crescente de antibióticos mais inovadores - que combatem um largo espectro de bactérias - e um declínio da prescrição de substâncias mais antigas, como as penicilinas." Hermann Goosens, "Outpatient antibiotic use in Europe and association mith resistence: a cross-national database study".
«De acordo com os dados apresentados pelo "European Centre for Disease Prevention and Control", disponíveis em link, Portugal é um dos países da Europa que apresenta as taxas mais elevadas de resistência aos antimicrobianos, encontrando-se entre os nove países em que estas taxas apresentam tendência para continuar a aumentar.» DGS, CI 06.05.08
Para tentar inverter esta tendência a DGS vai avançar com um programa nacional de prevenção que prevê o lançamento de campanhas de promoção do uso racional de antibióticos dirigidas à população e apoio a acções de formação para médicos.
O Plano Nacional de Saúde 2004/2010 prevê um Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos, coordenado pelo INS que tem por objectivo
• Desenvolvimento de Orientações de Boas Práticas
• Institucionalização de uma política nacional de utilização de antimicrobianos
• Apoio de iniciativas de formação contínua dos prescritores ( hospitalar e ambulatório)
• Sistema de vigilância e monitorização do consumo de antibióticos e das resistências aos antimicrobianos.
Segundo dados do estudo acima referido, os médicos dos países do sul da Europa prescrevem antibióticos inadequadamente com prejuízo da saúde dos utentes. Este comportamento resulta da pressão da Indústria na indução do consumo de novas substâncias e de uma má prática clínica, nomeadamente a não efectuação de exames analíticos para determinação precisa do agente patogénico e escolha da substância activa mais adequada. O médico prescritor prefere atacar desde logo com um antibiótico de largo espectro sem a efectuação de qualquer ajustamento posterior do medicamento prescrito (por exemplo, depois de conhecer o resultado das análises efectuadas).
Este comportamento reflecte-se no aumento dos gastos com medicamentos ao mesmo tempo que contribui para a degradação do arsenal terapêutico disponível pela criação de resistências, que o anunciado programa da DGS visa combater.
As práticas de prescrição de antibióticos variam, significativamente, entre norte e sul da Europa. Enquanto em França, o consumo de antibióticos ronda as 32 doses diárias por mil habitantes (DDH), na Holanda o consumo é de apenas 10 DDH. Portugal inclui-se no grupo dos países com maior consumo de antibióticos, 26 DDH (ano 2002) .
Por outro lado "na maioria dos países europeus, verifica-se uma utilização crescente de antibióticos mais inovadores - que combatem um largo espectro de bactérias - e um declínio da prescrição de substâncias mais antigas, como as penicilinas." Hermann Goosens, "Outpatient antibiotic use in Europe and association mith resistence: a cross-national database study".
«De acordo com os dados apresentados pelo "European Centre for Disease Prevention and Control", disponíveis em link, Portugal é um dos países da Europa que apresenta as taxas mais elevadas de resistência aos antimicrobianos, encontrando-se entre os nove países em que estas taxas apresentam tendência para continuar a aumentar.» DGS, CI 06.05.08
Para tentar inverter esta tendência a DGS vai avançar com um programa nacional de prevenção que prevê o lançamento de campanhas de promoção do uso racional de antibióticos dirigidas à população e apoio a acções de formação para médicos.
O Plano Nacional de Saúde 2004/2010 prevê um Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos, coordenado pelo INS que tem por objectivo
• Desenvolvimento de Orientações de Boas Práticas
• Institucionalização de uma política nacional de utilização de antimicrobianos
• Apoio de iniciativas de formação contínua dos prescritores ( hospitalar e ambulatório)
• Sistema de vigilância e monitorização do consumo de antibióticos e das resistências aos antimicrobianos.
Segundo dados do estudo acima referido, os médicos dos países do sul da Europa prescrevem antibióticos inadequadamente com prejuízo da saúde dos utentes. Este comportamento resulta da pressão da Indústria na indução do consumo de novas substâncias e de uma má prática clínica, nomeadamente a não efectuação de exames analíticos para determinação precisa do agente patogénico e escolha da substância activa mais adequada. O médico prescritor prefere atacar desde logo com um antibiótico de largo espectro sem a efectuação de qualquer ajustamento posterior do medicamento prescrito (por exemplo, depois de conhecer o resultado das análises efectuadas).
Este comportamento reflecte-se no aumento dos gastos com medicamentos ao mesmo tempo que contribui para a degradação do arsenal terapêutico disponível pela criação de resistências, que o anunciado programa da DGS visa combater.
Mais despesa associada à prescrição incorrecta de antibióticos.
1 Comments:
Apesar de o consumo de antibióticos continuar muito elevado em Portugal, nos últimos anos tem-se registado uma diminuição no número das embalagens vendidas nas farmácias de todo o país. Entre 2000 e 2005, passamos de 9,3 milhões para 8,1 milhões de embalagens comercializadas em ambulatório (nas farmácias oficina), de acordo com os últimos dados disponibilizados pelo Infarmed. "A diminuição do consumo parece ser consistente desde há quatro anos", afirma Luís Caldeira, assessor do Infarmed para a área dos antibióticos. JP 10.05.08
Some countries have shown a marked increase in their outpatient use of antibiotics between 2002 and 2004 (Croatia: +1.3 DDD per 1 000 inhabitants and per day, Ireland: +1.2, Hungary: +1.1). Italy and Greece reported increases of +1.3 and +0.7 DDD per 1 000 inhabitants and per day, respectively, between 2002 and 2003. Conversely, some other countries have shown a marked decrease (France: -5.0 DDD per 1 000 inhabitants and per day, Slovakia: -3.1, Germany: -2.7, Portugal: -2.3, Luxembourg: -2.3). The decrease in France has been attributed to a national antibiotic plan, including a national public campaign, which has been run annually since 2001, and individual feed-back to prescribers on their antibiotic prescribing pattern. The remaining countries have only shown smaller variations (+/- 1 DDD per 1 000 inhabitants and per day) during this same period.
Annual Epidemiological Report on Communicable Disea ses in Europe
Report on the status of communicable diseases in the EU and EEA/EFTA countries
Este relatório (2005) está linkado no post acima, cujos dados têm vindo a ser actualizado (2007).
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