quarta-feira, julho 16

Projecções do BdP

O BdP prevê o abrandamento da taxa de crescimento do PIB de 1,9% (2007) para 1,2% (2008). Para 2009, uma taxa de crescimento de apenas 1,3%. link
Más notícias, portanto, para o nosso Sistema Público de Saúde.

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3 Comments:

Blogger e-pá! said...

Estou completamente preplexo!

A "injecção" efectuada pela Reserva Federal americana à praticamente falida empresa "subprime" Fannie Mae, na Europa, chamava-se uma "nacionalização"...

Ver isto num País campeão da doutrina de mercado livre é espantoso.

Todavia, vem confirmar de que maneira esse "mercado" pode ser viciado, manipulado e postoa funcionar ao serviço de interesses (não interessa quais).

Sei que me vão dizer se isso não fosse feito a recessão começava amanhã...
Entendo que seria mais honesto arranjar uma definição mais rigorosa para o grande fiel da balança económica dos sistemas políticos neo-liberais. Julgo que economias vivem da confiança dos cidadãos no sistema, i. e., da honestidade de processos. p. exº..

Entretanto, nós por cá (na Europa), ficamos à espera que os EUA resolvam a crise imobiliária, do crude, alimentar, etc.

O imperialismo no seu melhor estilo dá como resultado as actuais e escabrosas previsões do BdP.

God bless you, América.....!!!
Não é como se terminam os debates sobre assuntos sérios nos States?

11:42 da manhã  
Blogger tambemquero said...

...Torna-se assim imperativo inflectir rapidamente a trajectória actual, o que só se conseguirá por via de uma redução mais drástica da despesa pública do que aquela que vem sendo praticada. A terapia que será necessário introduzir encontrará, certamente, dificuldades resultantes do calendário eleitoral que se aproxima.

Em consequência, seria desejável que os principais partidos do apelidado arco governativo se entendessem, à partida, sobre a estratégia a adoptar sobre as contas públicas e os desequilíbrios externos, sem fazer disso um campo de batalha. Os principais partidos deveriam rapidamente reequacionar o papel do Estado na economia e na sociedade portuguesas, entendendo-se sobre as prioridades essenciais.
O Estado deverá, além disso, claramente distinguir a função de provisão de bens públicos da função de produção pública de bens públicos ou bens privados. Enquanto a primeira pode ser um imperativo sem escolha possível, a segunda deverá ser tendencialmente eliminada sempre que o sector privado o possa fazer em condições idênticas ou melhores. Na saúde, no ensino, no saneamento básico, no tratamento de resíduos ou nos transportes não existe, tecnicamente, justificação para que o Estado tenha uma presença dominante na esfera produtiva. A presença de privados não implica necessariamente que os cidadãos vejam os seus direitos ou benefícios diminuídos. Importará, obviamente, em tal circunstância, implementar mecanismos eficazes de regulação independente

DE 16.07.08, Amílcar Theias, Consultor do Forum para a Competitividade

Face à presente crise não vão faltar os arautos do desmantelamento do Estado a troco de coisa nenhuma.

8:46 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Dos números divulgados pelo Banco de Portugal na terça-feira, todos eles francamente maus, o que mais assusta não é o que nos diz que a economia vai, afinal, crescer muito menos este ano e no próximo. Nem aquele que nos diz que a inflação vai subir ou que as exportações vão desacelerar.
O que mais impressiona pela negativa é o défice externo da economia portuguesa, que vai atingir neste e no próximo ano valores que já não se viam há duas décadas e meia.
Em 2009, pelas contas do Banco de Portugal, os agentes económicos portugueses - bancos, famílias, empresas, Estado - vão pedir emprestado ao exterior o equivalente a 11,1 por cento do que vamos produzir.
Esta é a medida da nossa crise estrutural e dos nossos excessos do passado recente. Ou, se quisermos, é a quantificação da nossa incompetência colectiva das últimas décadas: de cada 100 euros que hoje gastamos só conseguimos pagar 88,9 euros com o que produzimos. O resto é comprado a crédito, obtido junto de bancos e empresas estrangeiras, na esperança de um dia aumentarmos a nossa produção e podermos amortizar as dívidas.
JP 17.07.08, Paulo Ferreira

9:03 da manhã  

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